Blog do Raul

Fernando Haddad

Atributos de Serra dão vitória a Serra!

José Serra é mais capaz.
Quando li os resultados do Datafolha, sobre o peso dos atributos de cada candidato na disputa do 2.º turno eleitoral para a Prefeitura de São Paulo, inclusive a conclusão do instituto de pesquisas de que a imagem de Fernando Haddad (PT) é vista como mais positiva de que a do José Serra (PSDB), encontro uma resposta óbvia: o trabalho de marketing funcionou mais para o candidato do PT.
Ora, toda campanha eleitoral hoje em dia precisa ter estratégias definidas a partir de pesquisas qualitativas e quantitativas. Campanhas dissociadas da ciência estão mais fadadas ao insucesso. Portanto, ao observar os números do Datafolha, atributos que sempre destacaram o José Serra dos demais candidatos, em todas as eleições que ele foi cogitado a participar ou participou, foram aparentemente abandonados para amplificar o foco na turma partidária de Haddad (condenada pelo STF com seis anos de atraso) e na desconstrução de suas habilidades formatadas pelo mais puro marketing.
Crianças e adolescentes conhecem as dificuldades de Fernando Haddad na gestão do Ministério da Educação, porque foram atingidos frontalmente pela estagnação das medidas para a melhoria da qualidade do ensino em nosso país, bem como pela incompetência na realização do importantíssimo ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio. Os prejuízos para essa geração estão sendo sentidos, mas acobertados pela massificação da publicidade oficial do governo federal, que apresenta uma realidade educacional retirada dos contos da carochinha.
Recentemente fui interrompido, quando comparava feitos dos governos FHC e Lula no setor da Educação, com números de escolas técnicas e universidades criadas durante a gestão de Fernando Haddad, argumentando que as escolas estavam criadas por Paulo Renato Souza (ministro de FHC) no segmento de parcerias comunitárias e que as universidades públicas foram criadas sem um plano de estruturação e manutenção.
Os meus interlocutores petistas são incansáveis em martelar mentiras até que elas se tornem verdades parciais. Não me esqueço de estudo e pesquisa realizados pela cientista social Lourdes Sola, em que Lula aparece como o criador do Plano Real e da estabilização da moeda brasileira, quando na verdade ele e o seu partido votaram contra todas as medidas para encerrar a inflação, criar o Fundef – Fundo de Desenvolvimento da Educação e Valorização do Magistério e a Lei de Responsabilidade Fiscal, dentre outras iniciativas que hoje se apropriam e se comportam como se fossem pais.
Não me esqueci do Prouni, um programa importantíssimo de compra de vagas nas faculdades privadas para os estudantes pobres. Imagino se FHC e Paulo Renato tomassem essa iniciativa. Seriam alcunhados de privatistas do ensino superior e por aí afora. Essa discussão sobre atributos ou da desconstrução de virtudes geradas pelo citado puro marketing pode virar uma tese, mas tenho uma eleição a mirar e a pensar nos próximos passos para justificar a minha crença na virada e na vitória do José Serra.
Tomando como base as questões estimuladas e únicas na pesquisa sobre atributos pelo Datafolha, minhas notas ao Serra não seriam inferiores a 7, nos quesitos mais moderno e inovador, mais defenderá os pobres, mais preparado para cuidar da área da Educação, mais preparado para cuidar da área de transporte, mais preparado para cuidar do trânsito, mais preparado para ser prefeito de modo geral, mais inteligente, mais realizador, menos indeciso.
Hoje à noite teremos debate definitivo para reafirmar princípios, experiências e valores, no começo da madrugada, com transmissão pela Rede Globo. É o momento de resgatar aquilo que foi um grande cochilo na campanha do PSDB em 2012. Ainda há tempo para virar e vencer esse jogo!

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SP no melhor caminho

Duas siglas. Duas histórias.
A seis dias do segundo turno para a escolha do próximo prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB) aparece nas pesquisas eleitorais em desvantagem do candidato do PT, Fernando Haddad. Minha opção é evidente pela vitória do Serra, não só pelos meus vínculos políticos e partidários com ele, mas com a responsabilidade que tenho com a coisa pública.
Nos últimos dias tenho lido manifestações de voto em ambos os candidatos, assim como venho acompanhando o desenrolar do julgamento do Mensalão para pagamento de parlamentares da base aliada do governo do ex-presidente Lula da Silva (PT). Convivo com pessoas interessadas no desfecho das eleições na Capital paulista, que se mostram preocupadas com a possibilidade real de vitória do candidato do PT, pelo que ele representa em relação às experiências do seu partido na Prefeitura paulistana.
Luiza Erundina (1988-1992) e Marta Suplicy (2001-2004) desgovernaram a maior cidade do país. Agora, a perspectiva Fernando Haddad, também aflige em função das suas relações com esses governos e da sua passagem pelo MEC – Ministério da Educação, com o caos na gestão do ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio, que atingiu negativamente milhares de estudantes brasileiros, quase desmoralizando por completo esse importante instrumento de avaliação criado durante o governo FHC.
Não bastasse isso, é evidente que a escolha do seu nome, a pretexto de renovar quadros políticos nas disputas eleitorais, significa apenas uma cunha para o PT alcançar o poder em São Paulo e uma tentativa de prevalecer o discurso populista de Lula sobre a repercussão internacional das condenações do Mensalão. E o próprio Lula, discursando em Diadema, contradisse a sua estratégia para tentar eleger Haddad, o novo, argumentando que é importante que o povo não entre em uma aventura.
Pesam contra José Serra dúvidas se ele permanecerá durante os quatro anos do mandato de prefeito. Esse fator tem sobressaído mais do que as suas virtudes, de gestor sério e impecável nas soluções administrativas e de gestão pública. Se pesasse contra o Serra dúvidas sobre o seu caráter ou sua idoneidade, com razão seria um dos primeiros, mesmo entre os seus partidários, a questionar essa posição internamente no PSDB.
Afora esses pontos, ainda busco entender qual o motivo para os índices elevados da sua rejeição eleitoral, se não paira sobre José Serra qualquer acusação que nos envergonhe. Penso que a sua retidão e intolerância à partidocracia, elementos da agenda atual da sociedade, também seriam suficientes para uma revisão de posições nessa disputa eleitoral. Por isso espero que nessa reta final o eleitor paulistano reflita melhor sobre a sua escolha para os próximos quatro anos.
Politicamente, gostei muito da ideia de se programar e realizar uma caminhada do José Serra juntamente com o governador Geraldo Alckmin e o senador Aécio Neves, candidatos naturais à reeleição ao Governo do Estado e a Presidência da República, respectivamente, em 2014. Estou confiante na virada dos resultados pré-definidos pelas pesquisas de opinião. Dia 28 de outubro, São Paulo não estará se definindo entre o PT e o PSDB, mas vai se comprometer com o caminho melhor para São Paulo.

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Ministro Haddad mente ou tergiversa?

Princípios do Ministro da Educação?

De um ministro de Estado da Educação, a sociedade sempre espera exemplos que contribuam para a melhor formação das novas gerações. Porém, esse princípio foi desviado por Fernando Haddad, logo no começo de sua campanha antecipada para a Prefeitura de São Paulo, pelo PT. Numa reunião com sindicalistas e militantes do seu partido, na região do Grande ABC, o ministro Haddad aproveitou a onda de realizações e sucesso do governo estadual do PSDB paulista, com a ampliação do número de Etecs e Fatecs (escolas técnicas e faculdades de tecnologia) do Centro Paula Souza, para se apropriar dela com a sua prancha de surfe e, ao mesmo tempo, revelar o velho truque petista da mentira, tentando ganhar uma discussão na história, com críticas gratuitas ao governo FHC.

Fernando Haddad, a exemplo da então candidata a presidência da República, Dilma Rousseff, usa os palanques para afirmar que os tucanos não dão importância ao ensino técnico profissionalizante, com uma ressalva oportunista sobre as políticas dos governos de José Serra e Geraldo Alckmin, em relação à Educação para o trabalho. Segundo o ministro, “é preciso reconhecer a excelência da Paula Souza”, emendando que o governo federal pretende apoiar a autarquia estadual para ampliar o número de vagas nas Etecs e Fatecs. Ora, se está há vários anos no mesmo cargo, porque essa disposição é anunciada apenas agora, na véspera da sua desincompatibilização para a disputa eleitoral?

Assumindo um lado empreendedor sobre as experiências bem sucedidas dos governos tucanos, o ministro utiliza o ardil de acusá-los sem qualquer fundamento, falseando o exemplo de que “FHC preferia prejudicar a população a apoiar governadores e prefeitos que não fossem de partidos da base aliada”. Não tenho dúvida que essa “lembrança” agrade aos seus comuns de memória curta.

Não encontro outra explicação para essa versão fantasiosa e mentirosa, senão um artifício para tentar esconder a sua incapacidade de gestão no MEC, que, dentre tantos desacertos, o mais gritante é o fracasso sucessivo na realização do Enem. Essa catilinária frontal contra FHC é pura tergiversação, com fundo de mentira; um comportamento inadequado para alguém que pretende dirigir a maior cidade do Brasil.

O PT é useiro e vezeiro nesse expediente. E Haddad, que não conhece bem São Paulo e sabe menos de FHC, consegue logo na sua primeira experiência eleitoral concentrar em uma única figura o pior exemplo que se tem dos políticos, o descompromisso com a verdade.

Exercitando a boa memória, relembro que num determinado período do governo federal do PSDB (2001), o atual ministro era assessor da ex-prefeita petista Marta Suplicy, e hoje duvido que ele não tenha colaborado para tentar impedir que o Programa Bolsa Escola chegasse às famílias carentes do município. Mas não creio que aja mais por ignorância, do que por uma lapso de memória, quando não registra o apoio recebido de FHC pelos governos estaduais petistas do Distrito Federal (Cristovam Buarque), Acre (Jorge Viana) e Espírito Santo (Vitor Buaiz), que apenas serve para contrariar a sua esperteza.

Também não é verdade que FHC decretou a proibição da expansão do ensino técnico federal, porque mais de 100 escolas e milhares de vagas foram criadas em modalidades diferenciadas de financiamento e gestão, que o PT aproveitou para federalizar como suas iniciativas. Durante o governo FHC, portanto, as novas escolas técnicas deveriam ser criadas pela União sempre em parceria com os Estados, o setor produtivo ou entidades não-governamentais.

Enfim, o ministro Haddad começa mal a sua participação eleitoral, mentindo e tergiversando, ao mesmo tempo.

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Enem, entre as boas notícias.

Exame Nacional em 2011, boa notícia.

Registro a minha satisfação ao constatar que o Enem – Exame Nacional do Ensino Médio foi realizado no último fim de semana de maneira tranqüila, quase exemplar como na época em que foi criado e bem sucedido no governo FHC. Em todas as mídias, durante o domingo (23), era possível reconhecer que as provas aconteceram sem sobressaltos, porque desta vez o MEC – Ministério da Educação foi feliz na gestão, executada pelo consórcio formado pelo Cesp/UnB – Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília e pelos serviços especializados da Fundação Cesgranrio, reocupando o espaço reservado às boas notícias.

Normalmente esse espaço é muito inferior, se comparado com os acontecimentos durante o governo Lula, do vazamento de provas, erros de impressão e edição de cadernos, desqualificação de empresas coordenadoras, insegurança institucional, universidades descredenciando o uso das notas do exame, prejuízos vultosos para os estudantes, as famílias, o MEC e o país. Neste ano, os incidentes foram os normais por ocasião de grandes concursos: estudantes atrasados, alguma confusão com o lugar da aplicação das provas, uso indevido de celulares, abstenção de mais de um milhão de inscritos.

Cerca de 5,4 milhões de estudantes estavam inscritos, cada um com o seu sonho e objetivo traçado, numa época em que a crença nos rumos da Educação no Brasil ainda continua em baixa.

Quero acreditar que os erros espetaculares no Enem (já relacionados), que comprometeram a credibilidade do MEC e do Inep – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, serviram para os acertos e a tranqüilidade. Isso não quer dizer que devemos esquecer as necessárias mudanças para tornar esse acontecimento educacional uma prática ainda mais bem sucedida.

Li nas redes sociais, a opinião de governistas lulodilmaPTistas, comemorando o feito deste ano, com a mesma arrogância dos tempos em que o presidente Lula não reconhecia a reincidência de erros, atribuindo à imprensa (ou PIG – Partido da Imprensa Golpista, como caricatura dos atuais representantes de esquerda festiva) como responsável pela identificação ou criação de notícias sobre os insucessos passados.

Sei que o ministro Fernando Haddad e o Inep apostaram alto nesse resultado positivo, que a meu ver teve a concentração de competências e esforços da Fundação Cesgranrio, bem sucedida em edições de muitos anos atrás. Não vou promover o fato do sucesso, como se fosse o teste de fogo do atual ministro da Educação, que neste momento está bastante preocupado com a sua pré-candidatura a prefeito de São Paulo pelo PT, ou que a influência da presidente Dilma Rousseff foi determinante para os cuidados maiores.

Já escrevi em outra oportunidade sobre a opinião de especialistas educacionais e do ex-ministro Paulo Renato Souza, que foi o responsável pela implantação do Enem, criado em 1998, de que a origem da maioria dos problemas do exame nacional estava na mudança do caráter do mesmo. Ele foi concebido para aferir a habilidade e a competência que os jovens deveriam ter no final do ensino médio, porém o governo federal, a partir de Lula, tentou transformar o exame em vestibular nacional, como num estalar de dedos, sem adotar as devidas medidas preventivas para tanto.

Ao final de 2002, o Enem já tinha uma base de dois milhões de alunos; agora conta com quase três vezes mais estudantes inscritos. Pelo que se observa, importa menos a habilidade e a competência da juventude diante da qualidade do ensino oferecido, para seduzir aos milhares em direção à habilitação para as bolsas do ProUni ou para o ingresso nas universidades.

Por fim, confesso que, quando o tema é Educação, reduzo a zero as preocupações de natureza ideológica e partidária. Políticas bem sucedidas para o setor não devem ser descontinuadas. Aposto e quero que dêem certo, porque assim vamos ter um país melhor de fato, com valores privilegiados e uma Nação caminhando sem sustos. Acredito que o ex-ministro Paulo Renato, a quem tive a honra e o orgulho de assessorar no MEC de 1995 a 2002, onde quer que esteja, deve estar feliz com essa percepção e este registro singular.

O seu idealizado Enem está voltando às origens, pelo menos em se tratando da sua organização e aspectos operacionais, da boa notícia. Salve, Educação do Brasil!

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