Blog do Raul

Rubens Lara

“Novo PSDB” com Paulo Alexandre

Paulo Alexandre, o 1.º prefeito de Santos pelo PSDB
A vitória no primeiro turno das eleições para prefeito de Santos, do deputado estadual Paulo Alexandre Barbosa, é histórica para o PSDB. Ela acontece pela primeira vez desde a fundação do partido em 1988 e há fatores políticos exemplares que trago à discussão, principalmente aos simpatizantes, filiados e dirigentes tucanos em todos os níveis e localizações.
Inicialmente é preciso situar o Paulo Alexandre no cenário político atual, tanto em Santos, na região metropolitana da Baixada Santista e no Estado de São Paulo. Deputado estadual, no exercício do seu segundo mandato, entre os mais votados em 2006 e 2010, Paulo foi convocado pelo governador Geraldo Alckmin para missões estratégicas na sua atual gestão: inicialmente na Secretaria de Desenvolvimento Social, transformou em medalha governamental a rede de proteção das pessoas; depois, na Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, elevou os índices de novos empregos e de trabalhadores qualificados para a ocupação dessas vagas.
O mesmo Paulo, na gestão anterior de Alckmin, foi secretário adjunto da Educação e responsável pela implantação e execução do Programa Estadual “Escola da Família”. Os resultados de ontem e os mais recentes foram bastante exitosos, fortalecendo ainda mais o projeto político do PSDB, que construiu o seu nome como virtual candidato a prefeito de Santos, desde o dia seguinte das eleições municipais de 2008.
É sabido que o PSDB em Santos, que teve um dos primeiros diretórios políticos organizados no país, também é conhecido pela diversidade de correntes internas, que em eleições passadas colheu insucessos eleitorais, por sua desunião política. Foi assim logo em 1988, com a candidatura de Nelson Fabiano; em 1992, com Koyu Iha; em 1996 e 2000, com Edmur Mesquita; e em 2004, comigo Raul Christiano.
Em 2008 esse quadro começou a se modificar, quando o partido decidiu pela composição com o prefeito e então candidato a reeleição pelo PMDB, João Paulo Papa, ocupando a vice Prefeitura.
Rubens Lara, falecido antes das convenções que homologaram essa decisão, não conseguiu testemunhar os resultados advindos desse momento novo. Também não imaginou que Paulo Alexandre, um jovem e mais recente quadro político tucano, se aprofundasse na busca da convergência de objetivos com todas as lideranças das suas correntes, para fortalecer o PSDB com a união necessária de todos os seus pares.
Nessa nova fase do PSDB, testemunhei e participei de incontáveis encontros entre Edmur Mesquita, Bruno Covas e Paulo Alexandre. Os projetos políticos foram planejados nos níveis municipal (Santos) e regional (Baixada Santista), respeitando-se as vocações e disposições de candidaturas a deputado e às prefeituras, com base no empenho e construção de consensos.
Foi desse modo que, pela primeira vez na história do PSDB, Paulo Alexandre concorreu a Prefeitura de Santos com o apoio de todas as correntes internas. Louve-se que Paulo contribuiu para essa tendência harmônica durante todo o processo, desde as ações pré-eleitorais à elaboração de um programa de governo participativo e à consagradora vitória no dia 7 de outubro de 2012.
Essa atitude vitoriosa representa um exemplo para o PSDB, que ainda enfrenta dificuldades em muitos locais no território nacional, por conta da ambição de projetos pessoais e da falta de capacidade de buscar o diálogo, o entendimento e a convergência de objetivos políticos, antes mesmo de se utilizar os meios democráticos de participação e decisão partidárias, com primárias, prévias e convenções municipais.
Paulo Alexandre venceu a eleição municipal no primeiro turno, com 57,9% dos votos válidos. Disputa das mais difíceis, porque aconteceu com as participações de dois ex-prefeitos, de um candidato apoiado pelo prefeito mais bem avaliado da história de Santos e por um político com grande inserção nos meios estudantis da cidade. Sua campanha terminou do mesmo jeito em que se iniciou, exalando unidade e força internas do PSDB e dos 10 partidos que se uniram também para elegê-lo.
Leio que o presidente Fernando Henrique reafirma a avaliação de sacudir o PSDB com a renovação de ideias e para escapar da fadiga de material na maioria dos partidos hoje em dia. A intenção deste artigo é ratificar o ditado de que “uma andorinha só não faz verão!”

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Não sou candidato a nada !

Há outras formas de participar, além dos mandatos.
Escolhi outro rumo para minha vida, como cidadão e político posso participar ativamente dos acontecimentos, sem que necessariamente precise gastar energias irrecuperáveis numa campanha eleitoral. Nas disputas eleitorais que participei consegui votações expressivas, insuficientes para a minha eleição, porque faço parte de um partido – PSDB – muito forte. Numa eleição para deputado federal obtive 82 mil votos, que me credenciaram inclusive a disputar a prefeitura de Santos em 2004. Mas confesso a minha dificuldade em lidar com o atual modelo das campanhas, principalmente em relação ao financiamento delas. Não consigo os recursos financeiros para bancar os custos cada vez mais elevados, não somente dos materiais necessários, como também do preço político de esquemas profissionais de lideranças comunitárias, sociais e político-partidárias. Concluo, sem nenhuma presunção, que seria um ótimo político, mas um péssimo candidato.

Acumulei experiências que orgulhariam os meus eleitores, se conquistasse um mandato de deputado, prefeito, vereador. Não precisaria, como aquele candidato e hoje deputado Tiririca, ser eleito para ir lá ver como funciona e depois contar para todos. Sei como funcionam as engrenagens dos poderes Legislativo e Executivo, para poder cumprir as melhores expectativas da sociedade brasileira. Mas hoje tenho a tranquilidade de dizer aos meus amigos, e a todos que sempre confiaram nas minhas ideias e propostas, que disputar eleições não é o meu forte. Quero que saibam que estou desistindo desse objetivo sem um pingo de frustração. Estou muito resolvido, principalmente porque vejo com clareza inúmeras formas de contribuir para a melhoria da vida e da cena política nacional, pela Educação, fundamentalmente, e pela disposição de participar presencial ou virtualmente.

Sou um militante virtual bastante ativo atualmente. Nunca fugi à luta. Quem conhece a minha história política, sabe que sou praticamente um homem de um partido só. Militei na minha juventude no MDB, depois ele se transformou em PMDB, que em virtude de uma dissidência interna fui impelido a sair e ser um dos fundadores do PSDB. Jamais deixarei o PSDB. Sou dirigente estadual e nacional do partido. Participo de todas as suas atividades no país e ainda busco contribuir com a formulação de ideias e propostas de ação. Como intelectual, escritor, escrevi a história do PSDB em livro publicado em 2003 – “De Volta ao Começo, Raízes de um PSDB Militante que Nasceu na Oposição” – que deve ser reeditado este ano, ampliando os seus conteúdos.

O fato de não aceitar ao convite do Paulo Alexandre, Bruno Covas e Edmur Mesquita, para ser um dos candidatos a vereador nas eleições de 2012, não significa que deixarei de atuar na campanha municipal para a Prefeitura de Santos e para os candidatos a vereador do PSDB e dos partidos aliados ao projeto liderado pelo Paulo Alexandre. Ajudarei da melhor forma que os meus líderes locais julgarem necessário. Ninguém ousaria duvidar da minha lealdade e empenho favorável à eleição do melhor projeto para Santos hoje.

Recentemente assumi a Pró-Reitoria Comunitária da Unimes – Universidade Metropolitana de Santos e essa tarefa também está exigindo o melhor de mim. Não posso falhar na área que mais estimo e me dedico. Devo isso ao saudoso amigo ministro Paulo Renato Souza (Educação), com quem trabalhei durante os oito anos do Governo Fernando Henrique Cardoso em Brasília. Sei também que outro amigo saudoso, Rubens Lara, que foi professor da Unimes, aplaudiria a minha decisão. Por isso é que estou convencido da escolha do melhor rumo, para mim, minha família, amigos e todos quantos sempre acreditaram que posso ou poderia fazer o melhor pelo bem comum.

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