Conforme os números dessa pesquisa, 61% nunca haviam assistido a uma peça teatral; 89% nunca assistiram a um concerto de ópera ou música clássica; 75%, dança; e 71%, exposições de pintura e escultura em museus. Sobre o tempo livre de segunda a sexta-feira, 58% dos entrevistados preferem se dedicar a alguma atividade em casa, chegando a 34% nos finais de semana; nos sábados e domingos, 34% buscam atividades culturais e 9% dedicam-se a práticas religiosas.
Os coordenadores desse levantamento, realizado no mês de setembro de 2013, em 139 cidades de 25 estados brasileiros, a pesquisa teve um questionário respondido por 2.400 pessoas com mais de 16 anos e moradoras de centros urbanizados. E ficou evidente que os hábitos culturais são muito pequenos, correspondendo com os baixos índices obtidos pela Educação no Brasil.
Durante as avaliações institucionais do ensino, Saeb (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica), pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos), realizado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o país continua desigual na comparação entre o desempenho dos estudantes nos estados da federação e entre os piores países em Educação. O Brasil ocupa o 58.º lugar entre os 65 países que participaram em 2012 do Pisa.
Enquanto os alunos brasileiros saíram de 356 pontos, em matemática, em 2003, para 391 pontos em 2012, a nota de leitura melhorou apenas 1,2 pontos por ano. Esse aspecto também pode ser constatado na pesquisa do SESC, em relação à literatura: a maior parte, 58%, não leu nenhum livro e, entre os que leram, 42%, registraram uma média de 1,2 livro durante os seis meses antes da consulta.
É patente que a falta de hábito cultural demonstra que a sua importância para o desenvolvimento do país como um todo é desconsiderado, comprometendo diretamente a evolução da Educação, da ética, cidadania e dos meios de produção e geração de renda.
Não creio que a causa maior sejam os orçamentos públicos para o setor da Cultura, historicamente menores, nas três esferas de governo (municipal, estadual e federal), sujeitando as oportunidades de políticas culturais e a formação de público / plateias, às leis de incentivo e ao grau de mobilização dos movimentos de artistas independentes locais, que nem sempre contam com políticas de divulgação e acessibilidade mais eficientes.
O Vale-Cultura, criado recentemente pelo Ministério da Cultura, pode ser uma alternativa para suprir o poder de compra de ingressos, CDs e livros pelos trabalhadores, mas o Estado não pode se desincumbir do seu papel de provedor das atividades artísticas e culturais para além dos centros urbanizados, garantindo o livre acesso às apresentações e também ao conhecimento e formação artísticas.
Entendo que o Brasil capilarizará a sua perspectiva de desenvolvimento, com uma Educação melhor, com hábitos culturais normais a exemplo do que acontece em todo o Mundo.
Gostei do texto. Números desalentadores de fato. Há um único caminho, o da educação. Devemos chegar ao ponto em que exista apenas educação. Não ‘educação artística’, separada do todo, divorciada do dia a dia do sujeito, mas apenas ‘educação’. E quando falo de educação incluo aí a família, que dá o primeiro exemplo e cria os hábitos. Um sujeito que tenha recebido boa educação, em casa e na escola, que veja os pais e irmãos lendo e que na escola seja educado por professores apaixonados também por cultura (em seu sentido mais amplo) terá uma perspectiva de mundo e de vida muito diferente. Não é um trabalho fácil nem para poucas gerações, mas ele precisa começar a ser feito. Criamos uma geração apaixonada pelos livros, criamos uma segunda, uma terceira e a partir de então as coisas ficam mais fáceis, com estes leitores formados dando o exemplo em casa e na escola para as gerações seguintes. Falo apenas de leitura porque acho que ela é a base, o início de tudo, de todos os gostos. Um sujeito que lê habitualmente é mais inteligente e mais esclarecido e vai procurar, por conta própria, bons filmes, boas peças de teatro, vai querer ouvir boa música. Como disse o Monteiro Lobato, de quem nem gosto muito, “um país se faz com homens e livros”. É por aí.
Com a educação que nos é fornecida nas escolas públicas, não é de se esperar grandes coisas. Governantes deixam de investir em educação porque não lhes convém ter uma população com sabedoria e culta. Preferem corromper a massa e tratar o povo como rebanho !
Tenho descendência franco portuguesa e me sinto a vontade de expressar o que meu pai, além de dentista também historiador comentava… Temos que formar nossa cultura, nossa história remete de exploração portuguesa. As raízes de muitos costumes culturais deixamos de ter por esta exploração. Sim, exploração e não colonização. Os ingleses por identidade e pela super população colonizaram e levaram sua cultura onde pisaram; Estados Unidos, Canadá e Austrália. Pecaram na África do Sul pelo conflito com os boers, mas estão superando esta estupidez do racismo. Infelizmente a maioria da população brasileira pela falta desta cultura opta pelo “tudo pronto” e a TV evidentemente por motivos econômicos incentiva esta “cultura”. Enfim, o Brasil, como a Secretaria tem feito, deve insistir nestas formações culturais, assim como na Roma Antiga importaram os deuses gregos… E diga-se de passagem FUNCIONOU!
Desde que nascemos, a Educação que nos é dada, tem que andar de braço dado com a Cultura!
desde que nascemos, EDUCAÇÃO QUE NOS É DADA, EM PRIMERO COM OS NOSSOS, PAIS, PROFESSORES,TEM QUE,SER EM CONJUNTO COM A CULTURA, DE DIVERSOS, POVOS,EX. DANÇAS, TEATROS,MÚSICAS, TER HÁBITOS DE LER. QUE É MUITO IMPORTANTE.
Antonio Bitencout,
Oh muito obrigada! Chamo-me Magda França Afonso e sempre tive curiosidade em saber a origem da família da minha mãe.
Sou angolana,e sei que tenho descendência portuguesa.Ouvi historias na família que somos descendentes de um filho bastardo de um conde de França com uma portuguesa pobre, que se fixou em Portugale Brasil . Um abraço a todos os franças do brasil, saibam que também têm familiares em Angola.