De todo modo, o caso Isabella repercurte mais que a novela "Duas Caras". A diferença é que Agnaldo Silva pode escolher o fim dos personagens e do próprio folhetim, com a ajuda de pesquisas de opinião e dos índices de Ibope. Com o triste fim de Isabella, me incluo na torcida silenciosa para que não se confirmem os seus pais, tios, avós e madrasta, como responsáveis por esse crime medonho. A família brasileira, apreensiva a cada capítulo vazado para a imprensa, não merece um choque dessa ordem.
Mas a imprensa vem cumprindo um papel maduro, longe do modelo que gerou vítimas para sempre, como no episódio da Escola Base, em São Paulo. É inegável que os repórteres queiram apresentar fatos novos. Nos últimos dias, várias emissoras de televisão apresentaram cópias extra-oficiais dos inquéritos policiais, como se fossem de posse exclusiva, um pretenso furo de reportagem.
Creio que o leitor deste blog também foi contagiado pelos capítulos dessa "novela" de final infeliz. É impossível não perceber o assunto, que tem merecido destaque nos sites, jornais, telejornais e programas de rádio. Ninguém pode estar indiferente com a angústia que deve estar povoando a imaginação de nossos filhos, com a comparação inevitável: "pais que matam filhos inocentes?"
Surpreende sempre as próprias notícias de pais que matam filhos culpados. Pais nunca poderiam matar filhos. E nesse caso, então, como aceitar que uma menina calma, bastante boazinha e meiguinha poderia sofrer uma violência como essa? Como pode um cenário tão restrito, importar tantos testemunhos, se nos prédios há vizinhos que nem se conhecem e pouco se importam com o mundo exterior?
Dá a impressão que a polícia mobilizará quarteirões de testemunhos, como se fosse para apenas para retardar a resposta que ela não quer aceitar. Essa é uma demonstração do nosso atraso científico. Porque tamanha demora nos resultados de impressões digitais, análise de DNA e outros vestígios?
Bem que esse desfecho poderia culpar um pesadelo, uma fatalidade, diante da primeira versão que o pai de Isabella a deixou só, por alguns momentos, no seu quarto de visitas. Crianças pensam muitas vezes que podem voar. Quem sabe, Isabella, ao se ver sozinha, refém da imaginação de criança, gritou sem se desvencilhar do seu próprio destino.
Polícia de São Paulo, por favor, nos surpreenda!!!
Raul,
Infelizmente, as palavras que você maneja com tanta facilidade, não podem se sobrepor as fortes evidências.
Os indícios são maiores no sentido oposto. Mais uma vez o ser humano é derrotado pelo seu ego profundo. Em se confirmando as hipóteses levantadas esse pai terá muito tempo para refletir sobre o imponderável.
abç
Julio Penin
Me somo à esperança de que esta tragédia não fora provocada pelo pai. Que risco poderia oferecer uma menina de 5 anos a ponto de precisarem eliminá-la, e ainda de forma cruel, como de fato foi? Sou também pai de uma menininha de idade equivalente e não consigo aceitar que isso possa ser real, embora neste mundo tudo seja, infelizmente, possível. O problema são as circunstâncias encontradas, que eliminam as teses de invasão do apartamento por estranhos ou até mesmo um suposto suicídio inocente, como você aventou. A perda é irreparável. E esta fatalidade não atingiu mortalmente apenas a pequena Isabella, mas toda sua família, em especial os irmãos, que agora vêem sua adorada irmã morta e os pais na condição de suspeitos de assassinato. A essas duas crianças, sobreviventes físicas da tragédia, ficarão as marcas de um trauma que não se apaga. Principalmente se for confirmado o que ninguém espera que seja. Resta a todos nós apenas rezar para que histórias tristes como essa não se repitam.
O caso Isabella, de forma bastante expressiva, tomou conta de todos os noticiários nos últimos dias. A história contada (como bem disse, Raul) em capítulos nos dá conta da barbárie humana. Desculpe-me caro amigo, mas pais matam filhos sim e de inúmeras maneiras tanto quanto os filhos matam os pais (por exemplo para ficar com a herança).
A sociedade carece de formação moral e ética, carece da noção de família, carece de religião (da crença em um Deus), carece de princípios coletivos. A máxima cristã, AME AO PRÓXIMO COMO A TI MESMO, há muito caiu por terra (ao menos para a maioria). O que notamos é uma postura egocêntrica, na qual nos preocupamos apenas conosco – o outro – que se dane e que não venha me trazer problemas (explica por exemplo, os vizinhos do mesmo andar de um edifício que nem se cumprimentam).
O nome Isabella, tanto no hebraico quanto no espanhol, significa “a casta” e originário da Bíblia significa “que se dedica a deus”. A covardia do ato, em matar uma criança é descomunal e matar sua descendência que nos eterniza geneticamente, é no mínimo matar a nos mesmos. Absurdo!!!
A demora nos resultados das perícias feitas é normal em todos os casos. E na minha vasta experiência de mais de 20 anos neste ramo, tenho a informar que em tese, acredito ter sido sim ambos os pais – um autor e o outro co-autor. Agora, tenho visto algumas das cenas mostradas pela imprensa e acredite Raul, a gama de exames periciais que estão sendo feitos, a repetição das idas dos peritos ao local (três, quatro vezes) é para mim figura de ficção.
Isto somente está ocorrendo dada à repercussão do fato. Normalmente o Instituto de Criminalística manda uma equipe que vai ao local de crime e não possui na maioria dos municípios material para colher sequer impressões digitais. No muito, o perito comparece com o fotografo, recolhem alguns objetos (os mais evidentes), tiram-se algumas fotos, fazem-se algumas medições e mais nada.
Os exames de busca de vestígios nas roupas, o uso de substância “luminol”, etc. dá a falsa idéia de que estamos tão bem preparados como nos filmes da série CSI dos Estados Unidos. Estamos anos luz desta realidade. A realidade brasileira é totalmente inversa a esta analogia. Veja sequer o local foi devidamente preservado pelos policiais militares que lá chegaram para atender a ocorrência – despreparo.
Em tese, creio que realmente tenha ocorrido alguma discussão, asfixiaram a Isabella e acreditaram que ela estivesse morta. Para tentar se eximir do crime, ambos tentaram forjar uma história e jogaram-na pela janela ainda viva. Veja, o pai e a madrasta ligaram para “n” pessoas quando viram o ocorrido e NÃO ligaram para o resgate, para a ambulância que seria o procedimento esperado em qualquer pessoa – prestar socorro imediato.
Sem mais delongas – lamento esta tragédia, mas como tantas outras passará e esta indignação coletiva também e só o tempo passar ou surgir fato mais recente – basta esperar para ver. O momento deve ser aproveitado para refletirmos sobre a realidade em que estamos inseridos e propormos ações para iniciar uma mudança (que levará décadas) na visão que temos hoje do que seja viver.
Por fim, que a JUSTIÇA seja feita pelo homem, pois Deus cuidará do resto!!!
ERNESTO DONIZETE DA SILV
PSDB/SANTOS
Amigo Raul
O que me espanta é a dimensão publicitária do jornalismo a serviço da Industria Cultural Capitalista…tudo pelo lucro (audiência…
logo grana…a sensiblização para o medo e a revolta emocional coletiva do povo brasileiro)
Um casal em plena insanidade(do mal) comete essa atrocidade e todo mundo passa a torcer contra, as empresas de comunicação percebem o filão de ouro…priorizam “ad infinitum” tal assunto, qual a real finalidade? Lucros etc…
Infanticídio bestial…fazer o quê? Apurar, e daí…evitou-se o linchamento, e daí? Estará
como alvo de MKT. o resgate da Justiça Moral?
Sei lá…e os outros Poderes que estão podres na maioria dos membros corporativos desse tal
neo fascismo cultural que tomou conta da vida nacional?
Em tempo: O Papa, não virá pra América do Sul pra se desculpar perante as Nações Indígenas pelo papel histórico dos jesuítas que vinham abençoar os extermínios genocidas? Além da catequisação mercantilista de uma época que não se foi pras calendas…antes…continua a vigir nas atuais lendas de países nos quartéis
dos concentradores do Seu Abrantes S/A.
Um abração.
Ivan Alvim
Raul,o assassinato de crianças é um crime hediondo ainda mais quando é realizado no interior da família, aí a torcida para que os Nardoni sejam inocentes. Mas a família onde se deveria ter proteção pode ser lugar de violencia contra crianças e mulheres.Assisti neste final de semana o filme “Baixio das Bestas” que relata esta realidade.A expressão”em briga de marido e mulher ninguém coloca a colher” demonstra de uma certa forma como a sociedade encara esta realidade.Tem havido avanços, mas temos muito a caminhar.Abraço,Betão
Caro Raul,
Realmente o caso incomoda. Concordo em quase tudo com você. Só não concordo com o papel que a imprensa vem realizando. O que saiu de matéria desmentida é impressionante. O que acompanho é um jornalismo especulativo e não investigativo. Espero também que a polícia não se precipite somente pelo clamor do momento. Até porque também custo a crer que o pai possa ter cometido ou acobertado o crime.
Abraço
Raul,
Não posso concordar quanto à cobertura da imprensa. O caso é triste e sem dúvida merece ser averiguado corretamente , e para se chegar a algo conclusivo , sem margem para tendensionismo ou manobras, é necessária uma atuação científica que nossa polícia está longe de conhecer.
O fato é triste demais e sinto uma invasão por parte da imprensa, uma ânsia mercantilista por “furos jornalisticos” , uma vontade de virar celebridade por parte de alguns que deveriam se ater as evidencias sem elocubrações.
Tenho muito medo do desfecho deste caso. Tenho receio de que a pressão popular leve a julgamento precipitado.
Há que se temer o envolvimento de vizinhos e desconhecidos que queiram se transformar da noite para o dia em entrevistados aparecendo no jornal das oito! Co-autores de uma história real!
Eu , particularmente tenho evitado o assunto pois há especulações demasiadas.
Por outro lado, há tanta falta de assunto assim??? O Brasil inteiro não fala em outra coisa. A imprensa martela o tempo todo a mesma tecla.
Enquanto isso, os brasileiros nem se dão conta do movimento mundial que a passagem da tocha olímpica vem provocando, tãopouco a grave situação China-Tibet.
Nossa polícia agiu de forma descuidada, sequer interditou o local de um possível crime. Uma pena não terem chamado o CSI! E seja qual for a conclusão do inquérito nossa lei diz que eles serão apenas indiciados, pois o julgamento deverá ocorrer por juri popular daqui a muiiiiiiiiiitos anos.
Um abraço,
Fernanda Favier
Prezado Raul,
A caso me causa tanta tristeza, fico sem palavras.
Desculpe-me
Abraços.Sinceros
Dr. Carlão.Biomédico
Raul,
Você busca algo inatingível quando pede que a polícia lhe surpreenda.
Até o Lula sabe (!) como e quem deu fim à vida da menina. Só não pode ser afirmado porque a Justiça ainda não pronunciou.
São tantas as ameaças de processos por injúria, danos e perdas, caso se ventile a possibilidade de algum familiar ser o autor da atrocidade que imagino este caso como mais um crime sem autor, como o caso da Rua Cuba, lembra?.
Mas há outras coisas que podemos especular à vontade, como o caso dos apartamentos de altíssimo luxo, de frente para o mar, comprados por um policial, parente de alguém muito importante, etc, etc, etc.
Abração,
Guido.
Amigo Raul.
Sempre que me deparo com realidades como esta da pequena Isabella, lembro do poema de John Donne: “A morte de todo homem me diminui porque sou parte do gênero humano. Por isso, não me perguntes por quem os sinos dobram. Eles dobram por ti”. Morremos um pouco com a menina, morremos um pouco com os assassinos, porque somos atingidos na nossa condição humana. Uma porque morreu. Outros, porque mataram.
A se confirmar o assassinato pelo casal hoje suspeito, a dimensão que nos afeta é ainda maior. Porque à criatura cabe proteger a cria, e não tirar-lhe a vida, qualquer que seja o pretexto. Para a mente consciente, não há resposta que preencha tamanho espanto, pois escapa à lógica, à natureza, à preservação da espécie.
Mas naquela outra dimensão do indivíduo, aquela que os estudiosos da psique chamaram de inconsciente, naquela dimensão existem “pessoas” que desconhecemos, que vez por outra se mostram em nossos sonhos e pesadelos, fazendo coisas que assustam o ego consciente. Por isso esses acontecimentos atraem tanto a nossa atenção, despertam as pessoas de forma quase doentia (e a mídia toda devolve correspondendo exatamente a essa expectativa, a esse apelo) e mobilizam reações as vezes extremadas. É que nos vemos no outro, amigo Raul. Inconscientemente, sabemos que no mais profundo de nós, na zona sombria à qual só se tem acesso em trabalhos profundos de autoconhecimento, habita um ser capaz de tudo. Esperamos ansiosamente conhecer os culpados, porque assim saberemos que não fomos nós. E podemos então aquietar as vozes da nossa sombra. Lembremos do célebre romance Dr. Jekill e Mr. Hyde…
Hoje, penso mesmo é na mãe de Isabella, que não verá sua flor desabrochar e jamais preencherá o colo e o abraço vazios da sua pequena. Os outros? Os outros passarão…
Raul,
Eu também não queria acreditar na simples conivência do pai de Isabella, mas as evidências estão aí e parece que vamos, sim, ter que nos decepcionar de novo com o ser humano e vermos que a madrasta começou e o pai completou a barbárie.
Abraços
Paulo Pontes
Oi…Raul.
A Nação está unida em uma torcida única, sofrida, preta, na maioria das vezes silenciosa, á favor daquela que já se foi. Pequenina, indefesa, alegre, apenas criança.
Alguem que não devemos acusar, rompeu a vidinha de Isabella não permitindo todos os degraus que ela tinha por direito de almejar.
Foi-lhe tirado o direito a vida, e consequentemente a formação de uma família….a dela.
Vamos torcer fervorosamente para o mais rápido possível chegarem(Polícia) a conclusão do assassinato.
Bjs.
Silvia Helena Campos
A violência contra a criança está na ordem do dia da sociedade com o Caso Isabela, que vem ocupando grande parte do noticiário na TV, rádio e jornais. No jornal Folha de São Paulo de hoje Carlos Heitor Cony faz uma comparação entre este caso específico e as notícias que comumente ocupam o noticiário policial. Cony escreve:
“Em tempos outros, anteriores à violência urbana, as balas perdidas e as tropas de elite, volta e meia havia casos assim, escabrosos. Homens que serravam mulheres e as colocavam dentro da mala ou as enterravam no quintal, tarados seriais que nem iam para a cadeia, mas para hospitais psiquiátricos (…) Eram crimes personalizados e, por isso, mais horripilantes. Tal como o da menina que foi atirada ou caiu da janela. A culpa não é social. É dolorosamente humana.”
Com todo respeito que tenho pelo cronista quero discordar da análise feita por ele. Por mais que existam os componentes pessoais, psicológicos em casos com este há sim causas sociais motivando muitos destes crimes. E se há causa social a questão é passível de ser enfrentada pela Estado através de políticas públicas que ajudem a identificar, prevenir e controlar a violência contra as crianças.
Em todo o mundo, em especial nos países desenvolvidos, tem aumentado os casos deste tipo de violência contra crianças e adolescentes. Ao lado de distúrbios psiquiátricos e outros desarranjos de natureza psicológica tem aumentado o número de casos em que situações de extrema violência ocorrem de forma banal e por motivos fúteis, tanto em termos de violência domésticas, cm na pedofilia e nos casos de bullying ou de reações violentas ao bullying como no Caso Columbine.
A escalada da violência contra as crianças é um sintoma de uma doença social, que deve ser diagnosticada e tratada pelo bem do nosso futuro.
Em primeiro lugar temos de reconhecer que apesar da superexposição do assunto na imprensa a abordagem do assunto tem contribuído muito pouco com uma discussão mais séria do assunto. Mesmo ocupando longas horas e páginas d noticiário, todo o espaço tem sido ocupado na descrição de procedimentos jurídicos ou forenses e depoimentos emocionais.
Esta exploração dos fatos cria o paradoxo de ao invés de se enfrentar a violência ela seja estimulada. Ao invés de estimular a reflexão sobre as raízes desta violência contra as crianças a superficialidade da imprensa tem estimulado a formação de turbas raivosas propensas a um linchamento.
Em segundo lugar é necessário aprender com as experiências, aprimorar as ferramentas que já existem. É este aprendizado que faz com que a tragédia não seja em vão, porque quando se aprende com as lições dos erros e omissões se retira mesmo das piores experiências alguns ensinamentos.
Tanto no caso da empresária que torturou inúmeras crianças e adolescentes em Goiás com no caso de Isabela havia antecedentes de agressões ou suspeitas registrados em boletins de ocorrência. A Sociedade Brasileira de Pediatria chegou a editar um manual para que suspeitas de violência domésticas possam ser identificadas e possam ser recomendadas providências. Creches e escolas podem ser também pontos de detecção e enfrentamento destas suspeitas e ameaças se os funcionários tiverem o treinamento adequado. Além disso, a Lei Maria da Penha oferece um importante arcabouço jurídico para enfrentar a violência doméstica, embora ainda seja pouco conhecida dos cidadãos.
Por fim é preciso ir mais fundo nesta questão da violência doméstica, em particular da violência contra a criança esforçando por eliminar a violência latente na sociedade, estimulando as formas pacíficas de resolução de conflitos pelo diálogo – como fazem os círculos de Justiça restaurativa, por exemplo, estimulando as pessoas a enxergar e entender o outro ao invés de permanecerem insuladas em si mesmas.
É a partir deste esforço passaremos da visão fatalista segundo a qual casos como de Isabela são inevitáveis para a visão de que é possível prevenir e controlar a violência doméstica através de políticas públicas.
Alexandre Gomes, 39, é jornalista
Do blog Poder da Palavra: http://www.poderdapalavra.com.br
Caro Cristiano, causa repulsa a todos nós brasileiros este crime…
Raul, não me surpreendo mas me estarreço a cada constatação da amplitude da repercussão deste caso, mediante a admiração que carrega. Sim, os expectadores tem inveja, ódio e amor aos autores, reflexos de sua própria condição de esmagamento não apenas social – mas nas classes elevadas. Tudo em função de um sistema econômico que coisificando os sentimentos cria seres violentos e que reagem com estas expressões. A análise sociológica não cabe por ser fator isolado, gota deste mar de maltratos a milhões de crianças – em atitudes que consideramos justas, hipócritamente – e também adultos explorados e raivosos.A desconstrução de tal modelo prescinde de visões tímidas e reformistas e se adefronta como uma obrigatoriedade moral e coletiva de impactar pelos melhores métodos da comunicação esta prole imensa – e assim transformá-la! Mãos à obra! Hannah, abre os olhos!
Paulo Matos
Caro Raul, adorei seu blog, realmente é super interessante.
Concordo plenamente com seu ponto de vista.
TODOS os artigos são maravilhosos.
Um forte abraço
Adelina Alcantara Machado
Raulzinho
Volto-me no tempo e passo pelas lembranças . A tristeza do pai era ver o filho triste quando voltava da escola e lá ia saber do acontecido . Era cruel ganhar um pisão sem querer e o cínico era o professor {vc pode ter esquecido mas eu não }Hoje é o pai que maltrata e que mata por querer e para prazer de uma companheira.Ahh se fosse mentira ,bem que gostaríamos.Bjsss
OLÃ, Raul??
Como gostaria de que tudo que ocorreu em relação a Isabella seje um pesadelo, um grande pesadelo, mas amigo, creio não ser.E sim uma imensa monstruosidade e egoísmo em um pessoa só,egoísmo sim, para se livrar rápido, antes de ser pego em fragante e aprodecer na cadeia. Não adianta irão aprodecer na cadeia mesmo assim.
Só nos resta esse vazio imenso…essa impotência…
Abraços, Fátima
Raul,
Eu sou jovem e me incomoda bastante a tendência autoritária que observo nas pessoas com as quais eu convivo. São todos donos da verdade e condenam à pena máxima quem ousa pensar ou ser diferente.
Há uma inversão de valores que tende a se tornar perigosa, porque tudo aquilo que “incomoda” passa a ser descartado com facilidade, inclusive crianças, nascidas ou não. (muitas nem têm a oportunidade de nascer)
O casal Nardoni,culpados ou não, vem utilizando a desculpa do malandro que nunca sabe de nada e todos perdoam.
Assim, o exemplo da elite,que age exatamente assim, está se refletindo no comportamento do povo brasileiro de maneira desastrosa. Essa mentalidade medíocre está se tornando um padrão na sociedade, onde quem comete erros ou até crimes se apresenta como vítima e quem condena tais atos é que recebe o rótulo de algoz.
Isso provoca danos irreparáveis, inclusive nos aspectos emocional e mental. Basta verificar a grande procura das pessoas aos tratamentos psicológicos, psiquiátricos ou terapias alternativa. Se essas mudanças, que alegam ser características da modernidade, fossem tão boas, as pessoas deveriam ser mais resistentes as frustrações e saberiam resolver seus conflitos com mais sabedoria, sem violência, que é tão primitiva.
Portanto, as autoridades, as celebridades, as lideranças e os formadores de opinião deveriam tomar mais cuidado com as suas atitudes e palavras, para que não estimulem a desunião, a indiferença, o desprezo com o próximo e, pior ainda, a violência.
As verdadeiras lideranças são aquelas que demonstram calor humano (não vale teatrinho) e promovem a integração entre os semelhantes e os diferentes.