A distribuição de renda fez mais efeito na vida dos trabalhadores da construção civil, dos serviços domésticos e no comércio, em 2010, de acordo com levantamento realizado a partir da Pesquisa Mensal de Emprego. Segundo especialistas, a elevação da renda de quem ganha os salários menores está atrelada ao reajuste real do salário mínimo em que os ganhos baixos estão vinculados. Por outro lado, há escassez de mão de obra para movimentar a economia dita mais sofisticada, diante dos avanços tecnológicos e da multifuncionalidade, colocando o Brasil diante do seu maior e mais presente desafio de sempre: a Educação!
Não é possível dizer que a Educação está bem encaminhada, como externou a presidente eleita Dilma Rousseff nas suas primeiras entrevistas após a sua vitória nas urnas. O nosso país vai demorar em ter justiça social, justamente porque depende muito da integração dos esforços nacionais pela educação em todos os níveis. Os resultados das provas do PISA – Programa Internacional de Avaliação dos Alunos ainda não foram animadores, mas oferecem informações empíricas para dar base a pesquisas e políticas públicas para o sistema educacional brasileiro.
O aumento das exigências das novas atividades econômicas e dos próprios empregadores esbarra nos índices elevados de pessoas desqualificadas para encontrar um emprego formal e contraditoriamente na escassez também de trabalhadores dispostos aos serviços que independem da escolaridade. Estes, quando concordam com a oportunidade de trabalho, estão recebendo mais, somando com os programas sociais (Bolsa Família, maior exemplo), que melhoram as suas condições de renda e sobrevivência.
Desconsidero a maioria das críticas dos resultados do PISA, como se a posição atual, ainda desfavorável, representasse um divisor de águas entre governos de partidos diferentes. Não é possível encontrar o fio da meada para a evolução do conhecimento e das habilidades dos estudantes, no meio do caminho da sua formação educacional (20 mil meninos e meninas brasileiros de 15 anos responderam aos testes em leitura, matemática e ciências), com a descontinuidade de políticas públicas bem sucedidas na Educação.
É evidente que os próximos governos precisam perseguir o enfrentamento e a vitória do desafio da melhoria da qualidade do aprendizado. O exemplo asiático é sempre trazido para justificar que a justiça social passa necessariamente pela Educação. De acordo com o Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), no período compreendido entre 1978 e 2007, 235 milhões de chineses deixaram de viver na pobreza extrema, como menos de US$ 1 por dia. Eram 250 milhões em 1978, considerando apenas a zona rural, e passaram a ser 15 milhões há três anos.
A receita para o Brasil responder à Educação passa pela melhoria dos salários e da formação dos professores, consolidando essas condições essenciais com um plano de carreira que valorize a meritocracia e melhore também as suas condições de trabalho. Poder de compra aquece a economia, mas essa possibilidade não pode ser artificial, momentânea. A justiça social só será sentida quando todos tiverem acesso a uma Educação que nos prepare para reduzir tamanha desigualdade em nosso país.
òtima abordagem, Raul. Isso mesmo: A justiça só quando todos tiverem acesso a Educação; a ponto dos políticos, matricularem seus filhos nas mesmas instituições de ensino que a maioria da população… Parabéns!
Ótima, rs…
Querido Raul,
infelizmente quem faz a revolução da educação, que forma estudantes para desempenhar papéis sociais e assumir responsabilidades comunitárias, que leva a educação da arte para a prática da cidadania, que envolve a comunidade do entorno da escola em projeto de revitalização dos espaços de abandono social, que interage a comunidade escolar e a comunidade do entorno na responsabilidade de cumprir os quatro pilares da educação: aprender a conhecer, a fazer, a ser e a conviver, a fim de imprimir menos as desiguladades sociais, não pode aplicar os recursos recebidos pelo PDE ESCOLA nessas ações, pois alegam não serem ações pedagógicas. Entendo que comunidades humanas dependem de uma diversidade de talentos e não de um conceito de habilidades. Fica a pergunta Educação no melhor caminho?
Excelente artigo, parabéns Raul !!
Causa-me indignação ver como a Educação tem sido tratada no nosso país, principalmente nos últimos 50 anos ….
Na minha opinião, a Educação na década de 50 era boa, e atendia às necessidades da época ….
Eu estudei sempre em Escola Pública, e guardo na lembrança aquela época em que os professores eram vistos pela Sociedade como pessoas dignas, como se fossem autoridades ….
É preciso fazer uma reforma completa da Educação, e esse é um trabalho hercúleo que requer o comprometimento de toda a Sociedade ….
Por exemplo, se as empresas se beneficiam de uma boa Educação, por que então elas não podem participar desse desafio ?!
O mesmo se aplica a todos os outros segmentos da Sociedade: Igreja, Agremiações, Organizações Diversas, Clubes, etc.
Para mobilizar toda a Sociedade com relação ao estratégico tema Educação, uma forte campanha de marketing deveria ser deflagrada, liderada pelo PSDB, o #NovoPSDB ….
O desafio está lançado, estamos à disposição do partido !!
Saudações democráticas tucanas !!
@BobWebBB
02/09/2008 – 14:12
EDUCAÇÃO = Inclusão, economia, desenvolvimento…
Santos, 02 de Setembro de 2008.
Exmo. Sr.
José Serra.
Governador do Estado de São Paulo.
Prioridade Educação.
Participamos da Audiência Pública para discussão da proposta orçamentária do Estado de são Paulo, realizada pela Secretaria Estadual de Economia e Planejamento, no dia 02 de Setembro de 2008 às 09:00 horas, rua XV de Novembro, nº 137, no auditório da Associação Comercial de Santos.
Exclusão social.
Milhares de trabalhadores de Santos e Região perderam os empregos com a modernização das empresas onde trabalhavam, ( Porto, Cosipa, Estiva… ) porque o poder publico se omitiu, não os preparando para a mudança.
As escolas públicas estaduais não se modernizaram e piorou a qualidade de ensino. Dificultando a inclusão dos filhos desses trabalhadores no mercado de trabalho.
Nos queremos uma escola pública nova, que ofereça: qualificação, ensino de qualidade, oportunidade, igualdade e prepare os alunos para o desenvolvimento.
Para ter uma escola pública nova é importante a participação de todos os envolvidos com a educação, principalmente os alunos e comunidade, na apresentação e discussão de propostas. O poder público deve permitir e incentivar a participação, priorizando as mudanças.
Propostas educação.
Implantar cursos técnicos e profissionalizantes em todas as escolas estaduais.
Oferecer alternativas para que os alunos descubram suas vocações e desenvolvam seus talentos
Priorizar a educação, informatizar, ampliar recursos.
Audiências Públicas visando um projeto novo para a educação. Incentivar a participação dos alunos.
Escola Estadual Padre Bartolomeu de Gusmão. Bairro do Saboó, Santos.
Tem 15 computadores, todos quebrados.
No período da tarde não há aulas.
Há menos de 12 classes no período da manhã e da noite.
Ocupa um terreno de 5000 metros quadrados, mas não tem estrutura física que ofereça alternativas aos professores e alunos.
O dia a dia da escola é tenso e preocupante.
Solicitamos.
Cursos técnicos e profissionalizantes.
Projeto na estrutura física da escola que atenda demandas e amplie oportunidades.
Profissionais especializados que atenda alunos com dificuldades. Ex. disciplina, relacionamento, aprendizado, saúde e outras
Ginásio com toda infra-estrutura, que ofereça espaço para atividades culturais, esportivas, sociais, educativas.
Entendo. E como haverá mudança no ensino (propriamente dito), descartando a organização – uma vez que esteja articulada, como o senhor me explicou – ? Tenho um interesse gritante por este assunto, pois sou aluna de uma escola estadual em MG e simpatizante do PSDB. Os professores estão desanimados e fazem uma oposição ferrenha ao partido no que diz respeito à educação.
Bem, sobre a idéia do Haddad: não acho que concurso seja o melhor caminho. Os professores das escolas estaduais são concursados e muitos não são hábeis nas salas de aula. A não ser que esse concurso (proposto pelo ministro) seja diferente dos que já são aplicados para a contratação dos profissionais na rede estadual.
Talvez seja melhor passar a cobrar itens que estão ausentes nas provas atualmente aplicadas. Creio que seja uma deficiência que se estenda além da educação. No funcionalismo público, por exemplo, convivemos com o descaso dos funcionários – concursados.
Li o texto. Acho importante a questão do PSDB aplicar o mérito. Sou a favor deste, mas ainda tenho minhas incertezas. Bem, acho que é um tema que deve ser tratado desde já, com sua devida urgência. Assim como o senhor, penso que a educação é tudo e, com certeza, decisiva no rumo do país.
oi, tens uma página muito boa, adorei Lê-lo, e novamente aqui estou pois já que estamos no natal Feliz Natal, e que para 2011 venham muitas postagens a todos os blogues, sendo estes os votos de alegria dos bloguers!
Bom Natal e um fantástico 2011
Excelente artigo, parabéns Raul !! Causa-me indignação ver como a Educação tem sido tratada no nosso país, principalmente nos últimos 50 anos …. Na minha opinião, a Educação na década de 50 era boa, e atendia às necessidades da época …. Eu estudei sempre em Escola Pública, e guardo na lembrança aquela época em que os professores eram vistos pela Sociedade como pessoas dignas, como se fossem autoridades …. É preciso fazer uma reforma completa da Educação, e esse é um trabalho hercúleo que requer o comprometimento de toda a Sociedade …. Por exemplo, se as empresas se beneficiam de uma boa Educação, por que então elas não podem participar desse desafio ?! O mesmo se aplica a todos os outros segmentos da Sociedade: Igreja, Agremiações, Organizações Diversas, Clubes, etc. Para mobilizar toda a Sociedade com relação ao estratégico tema Educação, uma forte campanha de marketing deveria ser deflagrada, liderada pelo PSDB, o #NovoPSDB …. O desafio está lançado, estamos à disposição do partido !! Saudações democráticas tucanas !! @BobWebBB
Raul,companheiro democratizante, o temer educativo ronda os governantes palacianos, mas muito alem de um reclame genoino, precisamos pactuar os limitrofes da atuação modificadora,não se pode deixar muros serem construidos isolando a legitimidade dos ‘representados’.
Só para não subjetivar e desatar as costuras feitas,vou a um cerne orçamentario;não se especifica o caminho,vias de mãos diversas,dos investimentos pactuados pela constituição de 88. Tenha como fato a obesidade educacional, não se tem ao menos educação em grade, o quanto se pode comer , o que se dever comer, cada qual em sua individualidade….Enfim se formos nos alongar ainda mais no tema acabamos por verificar a inacessibilidade a cadeia alimentar, aos produtos em seu consumo, Raul ,a podridão de alcançar o poder atraves de disputas eticas e politicas estabelecidas outroras contamina a sociedade e este mal não se trata com este modelo. Precisamos distinguir os caminhos a serem tomados, validarmos as iniciais projetoes de desenvolvimento, estabelecer os vinculos legais atraves da legitimidade do direito, não podemos mais tratar a educação por indices e deixarmos emergir naturalmente e como se encontra.
Sds LU….