O jornalista Francisco La Scala Jr fez uma avaliação sobre o quê transpira do tucanato santista, no texto anterior a esta postagem, sob o título “Dilema Social-Democrata”. Posso afirmar que ele tem muita razão, quando identifica alguns cenários, um deja vu. Mas os antecedentes históricos do PSDB local sempre indicaram para a divisão e, portanto, para o envolvimento de cerca de 50% do partido nos projetos políticos na cidade. Os restantes sempre estão acomodados: não movendo uma palha pelas candidaturas colocadas ou realizando um trabalho surdo em prol dos adversários ou simplesmente torcendo pela derrota do candidato próprio.
Nesse quadro é preciso resgatar algumas palavras do presidente Fernando Henrique Cardoso, em recente encontro com a direção estadual do partido: “O PSDB não pode largar companheiros no meio do caminho. É preciso ter unidade na ação. O PSDB tem líderes, e liderança existe quando há capacidade de entendimento do processo político, para dar as mãos e caminharem unidos e organizados para as competições eleitorais. Partido que teme competição não está preparado para a disputa. A sociedade está de olho nesse comportamento; espera isso e pode ampliar o número de participantes do nosso exército, por isso é essencial a nossa conexão maior com a sociedade, para falarmos além de nós mesmos”.
Portanto, não há dilemas na social-democracia. Há uma profunda necessidade de unir mais para ser competitivo e mostrar a cara e o estilo de todos nós.
Estou postando este comentário, que pode até ser interpretado como levar para a opinião pública questões internas do PSDB de Santos; creio que por aqui (enquanto a direção local não toma a iniciativa de promover um debate sobre a conjuntura política atual e as suas perspectivas para o futuro) possamos fomentar um debate para que o partido assuma o seu destino histórico e responda à sociedade que tem muita expectativa e simpatia pelos ideais da social democracia brasileira.