O Brasil e o Mundo acompanham os movimentos da onda de violência no Rio de Janeiro. As primeiras cenas foram marcadas desde domingo passado por ataques e incêndios contra cidadãos comuns em seus lugares de trabalho, veículos pessoais e coletivos. Ao longo da semana, todas as mídias exibiram essas cenas e os principais especialistas em segurança pública compartilharam informações estratégicas da megaoperação policial e das forças armadas no complexo de favelas do Alemão na Capital carioca.
Na campanha eleitoral recente, o tema segurança pública não mereceu o debate que se exigia dos candidatos a presidência da República, embora estivesse sempre entre as maiores preocupações da população. No segundo turno, houve momentos em que a proposta de José Serra para a criação de um ministério específico para cuidar dos assuntos de segurança nacional foi ironizada e a atual política de segurança do Rio de Janeiro trazida à opinião pública como exemplar para todo o país.
O momento exige uma reflexão sobre a situação da segurança em todos os Estados e em especial das condições atuais da vigilância das fronteiras do país, que não consegue impedir a entrada de drogas, armamento pesado e outros bens de consumo em contrabando. A unidade das polícias, que se observa hoje no Rio de Janeiro, deve servir de exemplo, pela somatória de conhecimento e recursos empregados na operação, bem como da eficiência com que as ações estão acontecendo sem afetar a integridade física da comunidade.
É lógico que estamos vivendo e assistindo a esse momento com perplexidade. Mas, de saber que essas atitudes não são isoladas em nossas vidas, urge questionar sobre o que fazer fora do Rio de Janeiro para a prevenção e a preservação da sensação de segurança para todos os cidadãos. Em São Paulo, por exemplo, faz quatro anos, testemunhamos espetáculo parecido diante de ações protagonizadas pelo crime organizado, mas naquela ocasião, no início da campanha eleitoral que reelegeu Lula presidente da República, o assunto insegurança pública foi partidarizado e até hoje é tratado como se fosse um fracasso da polícia paulista.
Desde então tivemos mudanças importantes na política de Segurança Pública de São Paulo e o governo federal não se posicionou para intensificar a descentralização dos recursos e de políticas que deveriam estar previstas para tranqüilizar o Brasil. São Paulo de ontem e o Rio de agora pontuam ações estratégicas isoladas, aparentemente descontinuadas, que não garantem impedimento à involução dos fatos que estão nos aterrorizando.
Além disso, quando enfatizamos como um mantra, que Educação é tudo, o país precisa tratar desse tema global não apenas como uma prioridade nos discursos de campanhas eleitorais. A pobreza e a falta de educação configuram numa violência do Estado contra a população e podem abastecer a criminalidade. A Educação é uma urgência e, com esse tratamento prioritário de fato, não tenho dúvida que as demandas com a segurança pública reduzirão com um país menos desigual e em paz.
Muito bom, recomendei e retuitei!
Caro Raul – interessante é (re)lembrar que , cerca de um dois meses atrás, o atual governador do RJ e a candidata do Lula andavam (“circulavam”) tranquilamente pelos morros cariocas, em campanha eleitoral, sem serem perturbados pela bandidagem, que , claro, já existia por lá. Só não explicam pq não fizeram essa ação no RJ , ANTES DAS ELEIÇÕES….Vai ver que não tinham “problemas” …Agora, só falta o governo federal explicar como resolveram os problemas de contrabando de armas e tráfico de drogas, em tão pouco tempo !!! É hilário toda essa encenação no RJ, prá inglês ver, antes de Copa de Mundo !!!!!
Trabalhei no Rio recentemente por quatro meses, com escolas situadas nesses locais de conflito e pude vivenciar um pouco do problema.
Quando vejo o as forças armadas na Rua para combater bandidos que saem correndo em bando, largando para trás armas, drogas e veiculos, me pergunto. Cadê a Polícia ??
As cenas que vimos ao vivo é o testemunho da falência de um modelo cantado em verso e prosa na ultima campanha eleitoral como exemplo a ser seguido. Será ??
Testemunhei o grau de corrupção da Policia carioca até mesmo na Rua com quadrilhas de “flanelinhas” no Centro da cidade tomando dinheiro de quem usa os estacionamentos de Rua para pagar caixinhas aos guardas.
Mudar tudo isso não é uma questão só de força …. mas de comportamento da sociedade. O “glamour” da esperteza, da malandragem e a pouca importância dada as “pequenas” transgressões, com o tempo leva a isso.
Infelizmente o carioca se habituou a famosa “lei de Gerson” que com o tempo deu no que deu.
A situação do RJ, é o de Guerrilha Urbana, sem dúvida alguma; no entanto, cabe destacar que o povo carioca, está colhendo o que foi plantado pelo Ex-Governador do RJ, LEONEL BRIZOLA, quando para vencer, expandiu desordenadamente as favelas e PROIBIU a incursão da polícia nestes ambientes. Assim, foi um prato cheio para a instalação e fomento do TRÁFICO DE DROGAS e demais ilícitos decorrentes.
O surgimento, das chamadas facções criminosas e também do aumento vertiginoso da CORRUPÇÃO policial e política, serviram de amalgama para que o cenário que vemos hoje se formasse. É lógico, que nas comunidades cariocas, na grande maioria são pessoas cidadãs do Estado Brasileiro e que mereciam se ficar livres da criminalidade e da angústia do silêncio imposto.
Nos demais estados brasileiros, a situação não é diferente. A corrupção campeia todos os setores da sociedade, inclusive os órgãos da Segurança Pública, os salários são baixos, não existem concursos internos de acesso, não há valoração do ser humano, inexiste logística e interação entre os setores vitais deste seguimento, dentre tantos outros tópicos.
Já na questão social, é lógico que defendo o vetor da EDUCAÇÃO, no entanto, não posso ficar alheio, a fatores que surgem antes: alimentação, saúde e moradia. O que adiante termos uma educação de primeiro mundo (que está longe de ser o caso brasileiro), se muitas famílias não têm acesso ao mínimo de nutrientes, pois sua alimentação é precária? Em muitos casos há inclusive o comprometimento do desenvolvimento cognitivo! De que adianta, se não existe uma rede pública de saúde, que permita fazer com que nossas crianças alcancem a idade escolar? Muitas morrem antes. Como vou fazer para que uma criança permaneça na escola, quando sequer possui um lar digno?
Realmente a situação é muito mais ampla e não teríamos como considerar todas as variáveis aqui. Deixo o acima exposto, com alguns poucos pontos para uma reflexão mais profunda e no meu entender, NECESSÁRIA!
Acorda Povo Brasileiro!
Ernesto Donizete da Silva
PSDB/SANTOS
Gosto muito do seu blog; os posts são sempre interessantes e motivam à leitura. Continue com o excelente trabalho. Shirley de Souza Flores
O dever de.quem zela pela segurana pblica manter a estabilidade social. As altas autoridades do Ministrio de Segurana Pblica.seguiram a linha dessa lei e fizeram uma declarao ou anncio.pblico sobre o Falun Gong.
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