Quem não se perguntou sobre o volume do dinheiro movimentado com a crise econômica mundial, as cifras altíssimas dos saques na boca do caixa à época do mensalão em Brasília, os dólares na cueca do assessor parlamentar, as malas do pastor, os gastos com bilhetes de avião ? Exceto os funcionários da Casa da Moeda de todos os países e os tesoureiros de caixa dois de algumas campanhas eleitorais, creio que poucos conseguem imaginar o espaço que essa dinheirama ocuparia fora da sua própria carteira. Então, compartilho com os leitores habituais deste blog, um texto excepcional do jornalista Paulo Schiff, que fez esses cálculos para responder a dúvida de seu filho mais velho: "O trilhão de dólares cabe na sala ?"
"Meu filho mais velho teve uma dúvida interessante no domingo: um trilhão de dólares cabe na sala de uma casa?
A quantia ficou banalizada no noticiário da crise financeira internacional do ano passado. É um trilhão para cá, outro trilhão para lá… geralmente escorregando dos cofres de governos (dos Estados Unidos, do Japão ou de União Européia) para mega-empresas endividadas. Ou para super-bancos quebrados. Que logo depois, com surpreendente descaramento, distribuem uma parte dessa grana como gratificações para os executivos que produziram a quebradeira.
Será que cabe na sala? O que você acha?
Apelei para os conhecimentos da época do cursinho vestibular para calcular (aproximadamente) o volume dessa montanha de dinheiro.
É uma montanha mesmo.
Imaginando que a nota de cem dólares tenha mais ou menos 105 cm2 de área e que uma pilha de 01 cm de altura seja constituída de 100 cédulas, US$ 10 mil ocupariam um volume de 105 cm3. O trilhão, nessa conta, ocuparia 10 500 m3. Ou seja do chão da rua até o piso do décimo-segundo andar de um prédio com 10 metros de largura e 30 de comprimento. Térreo incluído.
Se você preferir imaginar um campo de futebol de 75 metros de largura por 100 de comprimento, as notas de 100 dólares empilhadas e uma ao lado da outra, apertadinhas, chegariam até a altura de um metro e quarenta, mais ou menos nos lábios do meia Madson, do Santos ou do deputado ACM Neto.
Visualizar fisicamente a dimensão das quantias envolvidas pode não inibir a voracidade dos mercados e dos pilantras que levaram o mundo a essa crise. Mas ajuda a gente a ficar mais consciente do perigo gigantesco que eles representam para o nosso trabalho, a nossa sobrevivência e o nosso sossego. Dá uma idéia da incompetência dos governos que deveriam fiscalizar movimentações irregulares desse bolo de dinheiro e não percebem nada. E também do apetite sem limites das empresas que abocanharam lucros fictícios desse tamanho.
Ou seja: ajuda a gente a adotar uma postura mais “esperta”."
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Parabéns ao Paulo Schiff pela exposição e construção do texto. Parabéns ao filho que “cutucou” o pai com uma questão que na maioria das vezes passa desapercebida. Nada como a curiosidade inata das crianças para nos remeter a situações como esta.
Ao nos tornarmos adultos via de regra, sufocamos a curiosidade tão manifesta numa criança. O hábito e a correria do cotidiano parece nos cegar para o óbvio ou quando muito funciona como antolhos que nos fazem olhar somente para uma direção.
Em relação a montanha de dinheiro, muitas são desviadas para paraísos fiscais, muitas são colocadas nos bolsos em inúmeros desvios do erário em todo o país. A “roubalheira” neste Brasil é institucionalizada. É impressionante.
Fico com uma das frases mais celebres de Rui Barbosa:
“De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.”
Para reverter esta situação crescente temos que AGIR, temos que sair de cima do muro, marcar posição clara. Isto sim é fazer a verdadeira política visando o bem comum. Assim finalizo com outra frase do mesmo autor:
“Maior que a tristeza de não haver vencido é a vergonha de não ter lutado !”
Acorda Brasil!!!
Ernesto Donizete da Silva
PSDB/SANTOS
Nada como um engenheiro de mão cheia para nos dar esta dimensão cúbica desta roubalheira.
ê realmente dinheiro prá caramba, impossível do cidadão comum, que trabalha para ganhar o miserável mínimo pago a grande maioria dos trabalhadores e aposentados do Brasil, tentar visualizar essa que seria uma montanha de cédulas.
Agora para os corruptos salafrálios políticos do Brasil, não é difícil a visualização, pois eles estão acostumados a desviar e muito, parte da arrecadação dos impostos pagos pelo cidadão trabalhador e na sua mioria ganhador de um mízero salário mínimo, conforme já citado.
Para com isso ,ops safados construirem castelos, presentearem seus familiares e amigos com passagens de avião para fazerem turismo no exterior, as custas de quem?
Coomo se não soubesse, claro que as nossas custas, trabalhador.
E AGORA???????????????????????????????/
Minha Nossa Senhora de Fátima (hoje é o dia dela)…que bela pilha de papel moeda! E pensar que a pilheria feita pelo governo com os altos impostos deixa apenas alguns míseros centímetros cúbicos na minha carteira (que nem aba para dinheiro tem…). Se ao menos a contrapartida viesse dessa montanha amealhada dos nossos esforços, menor seria a dor de ver essa montanha sendo “escalada” apenas por alguns alpinistas sociais.
E o pior é que muuuuuuitos ficam morrendo de INVEJA por estarem fora dos esquemas e de não poderem de tb meter as mãos nessa dinheirama toda!?…
Já perdi as contas de ouvir pessoas dizerem que fariam o mesmo no lugar deles ou então “Se eu não fizer os outros farão!”
As impunidades aos podero$o$, políticos, aos que dizem ser da lei,… acabam CONTAMINANDO os demais que pensavam diferente e sabe como é… “água mole em pedra dura…”
Cada dia um fato vergonhoso e faço a pergunta:até quando?
M. Sergio tem razão.
O grande líder, que profere aqueles discursos ridículos para conquistar a simpatia dos ignorantes e, subliminarmente, incutir a idéia de que certos crimes são normais, portanto, quem quiser está liberado, assim ninguém pode criticar os seus, consegue impor o “CALA BOCA” naqueles que são facilmente influenciados e naqueles que ficam indignados, mas acabam sofrendo uma espécie de “Síndrome de Jesus Cristo” e sucumbindo para salvar os pecadores.
Assim, aquele comentário de que para garantir o poder tem que colocar a mão na M…… passou a ser regra no nosso país.
Viva a malandragem!
Agora eles compraram a GM, já pensou se estivessemos na era FHC e comprassemos a Globo. Seriam capazes de usar isso para bravatear, desconsiderariam o particular e colocariam tudo nos mesmo patamar chulo da corrupção. Um abç Raul.