O movimento grevista de estudantes e professores da Unifesp – Universidade Federal de São Paulo, nos campi de Santos e Guarulhos, começa a desnudar a propaganda enganosa do atual governo federal do PT, sobre o seu compromisso com o ensino superior público e gratuito. Na última campanha eleitoral, o presidente Lula e a sua então candidata Dilma Rousseff desafiavam os seus opositores em relação aos números de universidades federais criadas. Nessa estatística alardeavam que foram 13 novas instituições, mas nunca se encorajaram em abrir as suas portas e revelar as condições em que as mesmas foram instaladas. Milhares de desavisados “compraram” e ajudaram a defender um modelo de instituição de ensino meia-boca, que irá comprometer a qualidade da formação profissional devido à oferta de aprendizado de baixa qualidade.
Os alunos reclamam de estudar em prédios improvisados e provisórios. Essa realidade vem sendo percebida nos últimos cinco anos, quando a Unifesp começou a se expandir. Em Santos, por exemplo, os estudantes do curso de educação física não tem quadra nem piscina para aulas práticas; enquanto os do curso de fisioterapia tem aulas práticas dadas por slides, também ressentindo a falta de piscina e clínica. No campus de Guarulhos, falta sistema de transporte, a atual biblioteca está instalada em espaço físico pequeno e as obras de prédio próprio, prometidas para concluir em 2007, ainda nem começaram.
Esse quadro caótico na Unifesp se repete em maior e menor escala em praticamente todas as 13 novas universidades federais que o governo Lula afirma ter criado. Nunca antes na propaganda lulopetista o governo federal esclareceu que, dessas 13 universidades, 9 são resultado de fusão, desmembramento ou ampliação de instituições ferais de ensino superior existentes. Os números mostram que as unidades implantadas no governo Lula criaram vagas mal planejadas, que não atendem à demanda real de cursos nas regiões em que foram instaladas.
O movimento grevista de agora está proporcionando o conhecimento da realidade. Não basta assinar leis e decretos ou construir prédios, para justificar o compromisso com o ensino superior, a criação de universidades ou a ampliação do número de vagas nas instituições existentes. A implantação de uma universidade requer planejamento, alocação de recursos e de todas as condições de infraestrutura necessárias. Do contrário, a exemplo da Universidade Federal do ABC, vítima da mesma precariedade que se expõe hoje na Unifesp, os jovens estudantes desistirão de prosseguir em seus cursos (entre 2006 e 2009, cerca de 42% dos alunos desistiram).
O número de matrículas nos cursos de graduação nas universidades federais cresceu no governo do PSDB a uma taxa anual duas vezes maior do que no do PT. Houve mais matrículas novas nas federais apenas nos quatro anos do segundo mandato de FHC do que em 6 anos de governo Lula: 158 mil novas matriculas entre 1998 e 2003, contra 76 mil entre 2003 e 2008. Nos cursos noturnos – que interessam aos mais pobres que precisam trabalhar e estudar – a matrícula cresceu 100% no Governo FHC e apenas 15% nos seis primeiros anos do Governo Lula.
O que cresceu no governo Lula foram vagas mal planejadas e ociosas e a evasão escolar – além de gastos e contratações de pessoal. Entre 2003 e 2008, diminuiu em termos absolutos o número de formandos nas federais: foram 84.036 em 2008, contra 84.341 em 2003. Em número de formandos, é enorme o contraste com o governo FHC. Entre 1998 e 2003 – ou seja, considerando-se apenas o segundo mandato de FHC – houve aumento de 40% de formandos nas federais.
A universidade pública é responsável por mais de 90% da produção científica e tecnológica brasileira. Os indicadores governamentais reconhecem essas instituições de ensino superior como as melhores no país. A expansão do ensino superior público no Brasil deve continuar e oferecer formação e qualificação de qualidade. Sem educação adequada não será possível o desenvolvimento do país. Esse tema deve ser tratado como uma urgência. Em São Paulo e Minas Gerais há uma linha de ação que contempla todas as etapas do conhecimento e formação das novas gerações. Infelizmente, no país, com essas raras exceções, a Educação ainda não está bem encaminhada.
Raul: concordo plenamente com o teor do seu texto. pois o PT vive (vou usar o mesmo termo da Dilma Roussef nos debates com José Serra) de factóides, enganando, por incrivel que pareça, cidadãos (inclusive das classes A e B) por toda a nossa Nação. O que não entendo, é porque tal situação por você postada, não foi explorada com profundidade, durante a campanha eleitoral. Talvez, se o assunto em questão viesse à público, como tantos outros que envergonham pessoas lícitas, teríamos como Alto Mandatário deste País para os próximos 04 (quatro) anos, uma pessoa séria, comprometida, de carater íntegro e, acima de tudo, habilitada e qualificada para o exercício de comando de um País cheio de desigualdades como o nosso.
Raul: teu texto está repleto de mágoas e desejo de vingança. Tb. me senti assim quando Alkimim venceu em S. Paulo. Posso levantar mil questões como essas que levantas, só que contra o PSDB. Mas, pergunto: o que a imensa maioria do povo injustiçado ganha com tal postura? Ranhetice para um lado, ranhetice para o outro…Nossa preocupação é ter razão ou é contribuir para a felicidade de todos? Porquê não fazer uma oposição serena? Serena não significa covarde, frouxa, mas lúcida, propositiva. Porquê não discutimos todos juntos um Projeto de Nação Solidária? Acredite, estou me esforçando para que meu espírito tenha a idade de meu corpo (será um espítito já
velho…). Esta minha reflexão começou há tempos, mas surgiu forte quando assisti ao filme “Invictus”, sobre Mandela. Todos deveriam assisti-lo.
abrs, Pascoal.
O Vaz exagerou, creio. Raul sempre falou sobre os erros do governo e não seria ele a reinventar o conceito de oposição.
Tudo o que foi escrito é verdade. E quanto mais pessoas souberem mais será feito pelo acerto, pelo caminho justo.
Mas, agora com o amigo Raul, não existem problemas só nas instituições mantidas pelo estado. Se considerarmos que para uma faculdade funcionar é necessária autorização do MEC, todas tem chancela federal.
Bem,conversamos pessoalmente sobre a situação de algumas delas, particulares, confessionais. Sou professor universitário, Raul, desde 1982. São quase 30 anos vendo um modelo subdesenvolvido ir cada vez mais para o ralo da incompetencia. Ver as nulidades de tornarem reitores. Ver doutores e mestres serem demitidos pois portam títulos acadêmicos, são pesquisadores em instituições cujo norte fica na conta bancária. Pesquisa custa e doutores, mestres, só atrapalham diretores e coordenadores sem preparo ou vocação para a lida.
Raul, você tem razão.
Acabo de recordar-me de Plínio Marcos, que em um de seus textos descrevia a vida em uma cadeia. Nesse texto, a contrapartida à má qualidade da comida era a quantidade: o importante é que era muita. Salvo engano, o título dessa obra é “Anjos caídos”.
Os súditos de Lula, não encontro outro termo para tamanha submissão e lealdade, não conseguem aceitar fatos. O pior é que, na improvável hipótese de uma epifania coletiva, a vice-presidencia é do PMDB. Só nos resta clamar e contar com a Divina Providência!
Vi, noite dessas, matéria sobre três pesquisadores brasileiros – um rapaz e uma moça – q analizavam o núcleo d uma célula d pessoa autista. Concluiu-se que ele é maior q um núcleo de célula não-autista e suas ramificações são em menor número e mais curtas. Chegaram, então, a uma droga – mas os efeitos colaterais são devastadores. Enfim: continuam seus estudos e estimam encontrar outra solução em cerca de 10 anos, salvo um desses milagres da biomedicina.
Ora, os três são brasileiros, são jovens e realizam suas pesquisas na Universidade da Califórnia, EUA.
Brasileiros são brilhantes, criativos e a qualidade de nossos cientistas são motivo de orgulho – mas têm que sair do país prá se debruçar em seus estudos…
A questão educacional no Brasil começa bem antes da Universidade e vai além dos diplomas. Tenho 38 anos e isso é assim desde que tenho consciêcnia de ser gente – escolas públicas são uma bagunça e uma afronta ao conceito Educação – e nem me referi à segurança dentro delas. Escolas particulares custam uma fortuna e nem sempre oferecem qualidade. Universidades Federais não oferecem vagas suficientes e as particulares pipocam em toda esquina e Raul já discorreu sobre a qualidade delas.
Multinacionais abrem vagas de emprego e não temos mão de obra qualificada suficiente, o que contribui para um Brasil cada vez mais dos estrangeiros e menos dos brasileiros… mas quem se incomoda – ou quem, de fato, se considera brasileiro e mais – quem considera que o problema de todos é seu problema??
Cuidado Raul. A tua pregação está parecendo muito com a defesa de educação de qualidade para poucos, que aliás é a marca do PSDB no estado de São Paulo. Escolas técnicas de boa qualidade, mas para pouquissimos. A defesa desse sistema é a defesa do passado. Afinal a escola pública no passado era de excelente qualidade, mas para poucos, somente os filhos da riqueza e alguns pouquissimos pobres que circunstancialmente se destacavam nos vestibulinhos e exames de admissão. Era uma escola de muito boa qualidade, de fato, mas extremamente elitista. A universalidade do ensino público arrastou para baixo a qualidade, mas garantiu educação para todos ou quase todos. E não acredito que você também defenda que escola boa para poucos seja melhor que escola não tão boa para todos. Claro que é sempre muito melhor termos escola muito boa para todos, ideal que se deve buscar. E acredito que o Brasil chegará lá. Sem dúvida é muito mais fácil lutar para melhorar a qualidade das vagas largamente oferecida à população do que brigar para que as vagas existam. E não vejo Universidades sendo criadas sem qualidade. Você deveria verificar como estão as que foram instaladas pelo governo Lula. O filho do Luiz Gonzaga, amigo advogado que certamente você conhece, entrou na Universidade do ABC e fala muito bem da instituição. Aliás, pouco tempo atrás saiu na Folha uma matéria relatando os elogios da Unesco à Universidade do ABC, como modelo da universidade do futuro, em que os estudantes não precisam escolher a carreira ao ingressarem na universidade, podendo fazê-lo ao longo do curso. Por fim, caracterizar greve de servidores como sinal de incompetência do gestor público é carimbar todos os governantes do PSDB de SP com a pecha de ineptos, já que professores, policiais, servidores do judiciário etc. vivem às turras (e com razão) com os mandatários tucanos.
Quanto ao comentário do sr. Odair, lembro que quem teve o estoivado e estrambólico Índio da Costa e seu avacalhado Pefelê como vice, não pode criticar Michel Temer e o PMDB. É o roto falando do esfarrapado. Ofende a inteligência de qualquer um.
Petralha não tem jeito. Até quando se analisa uma greve e demonstra-se que as coisas não estão como disseram na campanha eleitoral, o petralha acha que é um erro. Oh, amiguinho, não foram voces que gritaram “Fora FHC!” Imagina se o sociólogo tivesse feito um mensalão da vida? Vs teriam pedido um linchamento. Ainda bem que existem pessoas como o Christiano anos revelar as mazelas dos petralhas.
E as coisas na educação do estado de São Paulo, estão como os tucanos propalaram na campanha???? Confusão no saresp, alunos que ficam 6 meses sem professor em uma ou mais matérias… Esqueceram de combinar com a imprensa???? Ou para as mazelas do governo da tucanalha há sempre explicação e para as dos outros não????
Ainda bem que sou suficientemente esclarecida para não precisar que alguém me informe o que devo pensar!!
Sr. Augusto Coelho, não precisa imaginar “se o sociológo tivesse feito um mensalão da vida”. Ele fez!!! Ao menos um foi descoberto, aquele da reeleição. Você não lembra não???? Ou não ficou sabendo porque só lê o que os tucanos escrevem????
Boa Tarde ! não me surpreende esses desmandos dos petralhas la em Mossoro no rio grande do norte eles dizem que construiram uma universidade federal e vejam os senhores a mesma ja tem mais de 30 anos de sua criação o que eles fizeram foi mudar de nome de ESAM (ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA DE MOSSORO) PASSOU A SE CHAMAR DE (UNIVERSIDADE FEDERAL DO SEMI ARIDO UFESA) ESSE E O GRANDE FEITO DE LULA NO OESTE DO RIO GRANDE DO NORTE.OBRIGADO.
Ô senhor João Ferreira de Lima, não faça isso não. Coisa feia!!! Conte a verdade sobre a Ufersa, Universidade Federal Rural do Semi-Árido. Você só reparou na mudança de nome, foi?? Não percebeu então que a Escola Superior de Agricultura de Mossoró, instituição municipal de ensino, tinha somente um curso de graduação, o de Agricultura, mais nada? E que a Universidade Federal do Semi-Árido tem 16 (dezesseis) cursos de graduação: Administração, Agronomia, Biotecnologia, Ciência e Tecnologia, Ciências Contábeis, Ciências da Computação, Direito, Ecologia, Engenharia Agrícola Ambiental, Engenharia de Energia, Engenharia de Pesca, Engenharia de Produção, Engenharia Mecânica, Licenciaturas, Medicina Veterinária e, por fim, Zootecnia. Tem também cursos de Pós-graduação lato sensu (sentido amplo) e sctricto sensu (sentido estrito), sendo eles “Especialização em Gestão da Qualidade e Vigilância Sanitária de Alimentos” e “Especialização em Higiene e Inspeção de Produtos de Origem Animal” (lato sensu) e “Ciência Animal”, “Ciência da Computação”, “Ciência do solo”, “Fitotecnia”, “Irrigação e Drenagem” e “Produção Animal” (stricto sensu). Não dá para comparar, caro tucano. Isso sem falar que agora a Universidade tem Hospital Veterinário, Fábrica de ração, Laboratórios em vários cursos, museus etc. Mas se você acha que é a mesma coisa, então tá!!! Tucano só acha mesmo bom aquilo que ele ou outro tucano fazem. Isso quando não se apropriam da obra alheia, como no caso do plano real (Itamar Franco, não FHC), dos genéricos (Jamil Hadad, não Serra), do seguro-desemprego (Getúlio Vargas, não Serra), do FAT, fundo de amparo ao trabalhador, que viabilizou o seguro-desemprego (Jorge Uequed, não Serra)
Raul, serei breve.Enquanto não focarmos a educação e sua abrangencia como ponto de partida para o desenvolvimento, não seremos mais que meros ‘coadjuvantes’ no cenario Global. LU.
eu elogiu a ufersa sou trabalhadora rural e meus 2 filhos tiveram a oportunidade de estarem cursado egearia um mecanica e o otro pesca
elogio a ufersa por ser trabaladora rural e meus fihos etarem cursando engearia na ufersa en mosoro terem a vila para rsiderem esguransa