Hoje faz 20 anos que o PSDB nasceu para mudar um país mergulhado numa inflação que alcançava a marca dos 84,32% ao mês e que apostava suas fichas numa reforma constitucional considerada o remédio para todos os males. Do ponto de vista político, o PSDB surgiu para repudiar a corrupção que desmoralizava algumas instituições na época e para exigir a retomada do projeto por eleições diretas já para presidente e o fim do governo de José Sarney, que desdenhou a opção de se tornar o primeiro governo da Nova República, para ser o último da Velha República. Essas lembranças da história do Brasil, a partir dos anos oitenta, são importantes para explicar que o PSDB nasceu para ser diferente, longe das benesses oficiais e perto do pulsar das ruas.
É comum lembrar as suas principais lideranças, algumas das quais longe de nós, mas ainda inspirando um modo de fazer política que a sociedade brasileira se ressente. Quem não tem saudade de figuras como Mário Covas, Franco Montoro, Afonso Arinos, José Richa, José Roberto Magalhães Teixeira, Sérgio Motta, Artur da Távola e Rubens Lara ? O Brasil não esconde a crença e o respeito por Fernando Henrique Cardoso, José Serra, Aécio Neves, Sérgio Guerra, Tasso Jereissati, Teotônio Vilela, Yeda Crusius, Marcello Alencar, Pimenta da Veiga, Paulo Renato Souza, Mendes Thame, Geraldo Alckmin, Arthur Virgílio, Marconi Perilo, José Aníbal, Luiz Paulo Velozo Lucas, Gustavo Fruet, Antonio Carlos Pannunzio, Raquel Teixeira e Koyu Iha ?
Não é possível escrever sobre o PSDB sem considerar as suas principais marcas de governo, porque como um partido de quadros ele nasceu pronto para executar políticas que recheavam o quê chamávamos de um projeto de "Salvação Nacional". Foi por esse motivos que muito cedo, com apenas seis anos de existência, chegou à presidência da República, com Fernando Henrique, e venceu as eleições em muitos Estados importantes – São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro.
Em 2003 descrevi o seu processo de formação no livro "De Volta ao Começo – Raízes de um PSDB Militante que Nasceu na Oposição", que tem ajudado a mobilizar a juventude para conhecer um pouco mais da história do Brasil. Acho fundamental resgatar sempre a condição do PSDB como um partdo que ainda precisa completar o seu ciclo histórico, criando vinculos com organizações comunitárias e movimentos sociais, dos estudantes aos trabalhadores. Essa tarefa ainda é devida pelo PSDB, para que se consolide como um partido social-democrata.
Entretanto ainda há muitos equívocos quando se pretende explicar a sua história, partindo do pressuposto que nasceu de cima para baixo, em razão de se estruturar na reta final dos trabalhos de elaboração da "Constituição Cidadã", essa carta que orienta para ações democráticas, assegura conquistas sociais históricas, além de garantir direitos individuais reclamados na luta intensa contra os governos autoritários de 1964 a 1985. Poucos historiadores dão relevância aos movimentos regionais, que gravitavam em torno das principais lideranças políticas nos Estados, integrantes das correntes que se identificavam como progressistas no PMDB. Uma maioria expressiva dos fundadores do PSDB militou no MDB e no PMDB.
Entendo que algumas tarefas, como a inserção do PSDB nos movimentos sociais e a retomada das discussões sobre a implantação do Parlamentarismo no país, são vitais para que o partido resgate o seu espírito mobilizador da época de lutas contra o regime autoritário, por meio de suas bandeiras concretas do que já realizou a favor do Brasil, com a estabilização econômica, a responsabilidade fiscal, as reformas educacionais e da área da saúde, os avanços nas telecomunicações, a rede de proteção social e a consolidação da democracia. O PSDB caminha rumo à maioridade, preparado para retomar a presidência da República em 2010, porque ainda há muito a fazer.
Caro Raul: hoje (infelizmente) ao ver reportagem na TV sobre o falecimento de Ruth Cardoso, o Gov. José Serra – emocionado – afirmou que perdemos uma militante social.
É disso que o PSDB requer – mais políticos que pensem – e ajam – pelo compromisso social no Brasil.
Temos muito a comemorar , mas ainda resta muito a fazer pela sociedade e pela consolidação da democracia .
Parabéns pelas colocações companheiro Raul, você costumeiramente fala com propriedade sobre o tema, até por se confundir com a própria história do partido.
Verifico em suas palavras a necessidade premente de que o PSDB, acorde realmente, no sentido de AÇÃO – acredito que precisamos discursar menos e agir mais. Esta ação deve começar pelo próprio partido, unindo os grupos (não para se ter unanimidade), mas para se focar objetivos claros e precisos para a todo o povo brasileiro.
Devemos fortalecer nossas bases, devemos valorar as pessoas mais diversas, as quais, compõem nossos valorosos quadros – afinal, o ponto fraco de qualquer corrente e o seu elo mais fraco!!!
Faz-se necessário, não vivermos somente do passado, nem somente do que pode vir a ocorrer no futuro – mas, sobretudo, termos nossa ação no presente, nas questões apresentadas na contemporaneidade. Agindo assim, com certeza nosso passado continuará grandioso e o nosso futuro também será opulento, pois toda boa semente dá bons frutos.
Um adágio popular que muito me agrada: “Mais vale uma ação que mil palavras”. Parabéns ao PSDB, pelos seus vinte anos – vamos à ação, rumo à vitória!!!
Ernesto Donizete da Silva
PSDB/SANTOS
raul para variar seu blog não postou minha mensagem.
juro que estava bem escrita, jundamentado, com citações de frases e de exemplos típicos tucanos, porém não vou conseguir repetir.
então, falo ao amigo e leitor André o seguinte: o PSDB não precisa de políticos que pensem no social, o PSDB precisa de militância, precisa sair dos gabinetes, das benesses oficiais e voltar a pensar e ouvir o pulsar das ruas.
o racha no PSDB de são paulo, na minha opinião, é irreparável, avassalador.
esquemas de “caixas de laranjas” como vc mesmo falou um dia, não podem mais ser admitidos no partido, não importa quantos votos essa caixa irá trazer.
nos falta ética e coerência.
nos falta militância e humildade.
nos falta cheiro de gente.
não sou e nunca fui defensor da mediocridade ou defensor do culto a ignor6ancia, muito pelo contrário.
porém, não estamos longe das benesses oficiais, muito menos perto do pulsar das ruas.
abraços
…Caro Raul,
Você escreveu bem: o partido precisa ter ações sociais, estudantis e sindicais p/ ser realmente um partido social-democrata, como ocorre em países da Europa e Oceania, já que na América Latina, segue o ideário liberal de partidos conservadores. Vide Venezuela com Carlos Andrés Peres, Peru com Alan Garcia, etc.
Infelizmente vc. e alguns poucos enxergam isso dentro do partido. É hora de mudar! Abs.
Raul querido,
Entrei para o nosso partido levada pelo meu queridíssimo e tão saudoso amigo Grama, José Roberto de Magalhães Teixeira. Com ele aprendi a conhecer o PSDB e também pessoas como as que você citou. Sempre tive orgulho, orgulho enorme de ser tucana. Sempre defendi nosso partido com amor, como o amor de família. Os valores éticos, morais, eram os mesmos que eu sempre tive. Mas, aos poucos, com tantas perdas, de pessoas tão íntegras e de lideranças tão fortes, comecei a questionar o que havia mudado. Eu não mudei no que penso e no que quero para minha família e para meu país. Mas o partido…Muitas vezes tem sido difícil defender o indefensável, mas sempre tento, dando crédito ainda a algumas lideranças nas quais acredito, que continuam tendo os mesmos valores que eu tenho. Mas são algumas, deveriam ser todas. Muita coisa mudou.Não vejo mais o idealismo, a paixão. Pena!
Beijo
Parabéns ao PSDB!
Amigo Raul
Você sabe o tanto que sei, por ter participado
da formação do PSDB com os ideais e metas de vir a ser um partido da ação transformadora da cultura política brasileira, firmada nos reais princípios da liberdade, na busca da igualdade, mediante o uso moral das máquinas do poder.
Você, pelos cargos que ocupou e ocupa, veio a saber mais, (muito mais), das dificuldades na
condução desses objetivos que norteiam todos passos dos tucanos (da maioria) nas diversas esferas de poder pelas tradições egóicas e ou corrompidas das máquinas públicas, dentro dos regimes capitalistas de resultados lucrativos imediatos e centralizadores.
Com efeito, no meu entendimento humilde, mas esforçado, a égide da classe média por seus valores solidários e transformadores foi, e é
a matriz orientadora do PSDB. Ricos e pobres são conservadores tradicionais, nos nichos de
comportamentos sociais, vivendo o aqui, agora,
conforme demonstra o sociólogo”Yohans Gautung”
na Michigan University através de um trabalho de mesuração de aspirações e realizações de camadas sociais na sociedade capitalista.
Segundo esse pesquisador dos anos sessenta, a classe média(cada indivíduo)possui o potencial
revolucionário de poder conduzir uma Nação a mudanças significantes comportamentais, com seus reflexos diretos nas políticas publicas.
Não por acaso, temos o pleno conhecimento de que nos países mais evoluídos, o nível médio de igualdade na qualidade de viver cultural e de agir no meio social é a tônica dominante, nos ritmos da política e da economia deles.
O pensar o amanhã melhor para si e para todos é a idealização de uma justiça social melhor
instrumentalizada pelo/a/s cidadãos/ãs países em que a classe média é bastante prevalecente.
A social democracia, ao que parece, funciona de forma exemplar nesses países sem desníveis
sociais significativos.
Um abraço, e parabéns a você, um legítimo tucano desde a primeira hora.
Ivan Alvim ( PSDB – GUARUJÁ )
Parabéns ao PSDB pelos seus 20 anos.
Raul, voce disse que o PSDB começou de cima , e com apenas seis anos de fundação chegou a Presidência da República. Talvez seje esse um dos motivos, que alguns integrantes do partido só queiram viver nas benesses e bem longe do pulsar das ruas.
Outro motivo seje o desaparecimento de alguns fundadores brilhantes como voce já os citou.
O PSDB como todo partido considerado grande, não dá oportunidade as pequenas lideranças e portanto não se completam os quadros deixadosa pelos que se foram, pessoas se esquecem que não existe a eternidade e portanto há necvessidades de mudanças, e só com humildade de quem estar no poder para que as mudanças e oportunidades aconteçam de fato.
Também disseram que precisamos de mais Ação e menos discursos, o que concordo plenamente.
Começar por cima não é difícil, difícil é se manter todo tempo no poder, pois o poder na sua maioria deixa o ser humano vaidoso e muitas das vezes, não aceita opinião. E quando perde o poder, não é capaz de começar por baixo, porque não semeou o partido para colher bons frutos no futuro, viveram so do agora, e agora temos que comer muito pó, amassar muito barro, para que esse partido venha a ser o que estava designado na época da sua fundação.
Abs, amigo e companheiro Raul.
Dr. Raul Christiano,
É com muita satisfação que escreveu este, gostaria de fazer uma solicitação. Trabalhei quase 10 anos no Ministério da Educação, epóca ainda da sua gestão Dr. Paulo Renato, Edson Machado, Maria Helena Guimarães, Raul do Valle, enfim…Solicito sua interferência junto à faculdade IESB, cujo propietário é o senhor Edson Machado, a concessão de bolsa de estudos, já fiz vários contatos com a senhorita Manuela pessoa indicada para tratar desses assuntos, mas até o momento fui infeliz. Estou fazendo esse pedido por acreditar nos trabalhos que desenvolveu no Ministério da Educação, junto com a equipe.
No aguardo de retorno,
Abraços,
Cleonice
Parabens ao PSDB por ter colocado a Economia nos trilhos, Fico Feliz em poder dizer que o REAL é Mais que Real é Realidade de uma Moeda estavel e Forte , onde na qual este Governo LULA Não admite que somente esta governando com tranquilidade nossa economia Graças ao REAL.
Mas Sabemos que este Governo Vai e o REAL Fica
PARABENS REAL por SEUS 20 ANOS de PLENA SAUDE.