A situação do Senado Federal é desesperadora e relembra aquele ditado antigo, que alerta: "Em casa onde não tem pão, todo mundo grita e ninguém tem razão!" Em tese, o Senado deveria ser formado pelos políticos mais experientes, íntegros, conselheiros, educadores. Todas essas hipóteses na verdadeira acepção da palavra. Mas as últimas revelações indicam que eles estão servindo muito mais à nivelação da política por baixo, decepcionantes, sem rumo, chegando ao ponto crítico de desmanchar o seu próprio Conselho de Ética. Aliás, se não há um fio de ética nesse parlamento, porque haveria de existir um conselho para analisar e punir os desvios de conduta dos seus membros ?
Ontem o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), pateticamente e com duas semanas de atraso, resolveu de maneira brilhante a criação de um símbolo para essa situação. Foi à tribuna do Senado e mostrou um cartão vermelho para José Sarney, alegando que a sua renúncia era o melhor caminho para retornar à normalidade política e permitir a volta aos seus trabalhos normais. Sem dúvida nenhuma, Suplicy, como sempre, tem o mérito de apresentar saídas marqueteiras desde o seu primeiro mandato de deputado estadual, nos idos de 1978. É inevitável que se chancele nele a marca do oportunismo, justamente porque todos quantos acompanham a crise política nacional observam que ele não moveu uma palha para fortalecer a posição quase sempre revogável do seu líder Aloysio Mercadante ou para contestar o presidente Lula.
O mesmo senso de oportunidade teve o senador Heráclito Fortes (DEM-PI), no bate-boca com Suplicy, socializando o destino do mesmo cartão para Lula. Heráclito verbalizou a opinião de muita gente, ao atribuir ao presidente da República a responsabilidade pelo alongamento dessa crise, dado o seu grau de interferência na atuação do Senado. É evidente que Lula não morre de amores por Sarney, basta ver, ouvir e ler suas manifestações sobre ele e seus familiares, desde a sua militância sindical nos anos 70. Lula só pensa em obstruir os trabalhos da CPI da Petrobrás e que se lixe o Senado.
A reincidência desses episódios, com o governo federal protagonizando sempre as desavenças, expõe a desarmonia entre os três poderes. Faz tempo que não se sabe da discussão e votação de projetos para justificar a existência do Poder Legislativo, por exemplo. O Executivo promove a invasão do Congresso Nacional por Medidas Provisórias e o Judiciário, na ausência de legislação sobre alguns temas de organização institucional, interpreta e legisla a seu modo. Nesse cenário, o Legislativo vem acentuando a sua perda de razão e pode experimentar nas eleições do ano que vem a maior rejeição de sua história.
A avaliação atual dos parlamentares eleitos em 2006 e com dois anos e sete meses no poder, piora em relação à verificada em maio deste ano; enquanto 19% consideravam o desempenho de senadores e deputados ótimo ou bom há quase três meses, essa taxa caiu para 14% agora, ao mesmo tempo em que a parcela dos que avaliam o desempenho da instituição como ruim ou péssimo subiu de 34% para 44%. Para 36%, o desempenho é regular, ante 41% observado em maio, pelo Datafolha. O recorde de rejeição ao trabalho do Legislativo registrado pelo Datafolha foi de 56%, em novembro de 1993, época do escândalo dos anões do Orçamento, quando foi apontado o envolvimento de dez parlamentares no desvio de recursos do Orçamento da União.
Com o símbolo – cartão vermelho – do basta a Sarney, Lula, vergonha e todos quantos representam a frustração da sociedade em relação ao cenário político atual relembram com saudade a existência da UNE – União Nacional dos Estudantes, que em outras épocas coloria multidões de verde e amarelo, por um Brasil que vote sério da próxima vez, para mudar de verdade, irrevogavelmente !
Foi somente um passe de vergonha…Uma vergonha para a nação, este acontecimento, e um desastre politico, este insistir de Sarney, em ficar no poder. Desgasta o PMDB, envergonha o PT e transforma o Senado da Republica, em piada nacional!
A Culpa?
A culpa é de todos nos, que permitimos isso acontecer, não renovando o Senado da Republica, permitindo o perpetuar de Casiques nesta toca de indios malandrops, e corruptos!
A Culpa, é de todos nos, metidos ou não na politica brasielria!
A Culpa é minha, a Culpa é Tua Raul, somos todos nos culpados, por Omissão. Pelo ato de não vermos que este pais estava a afundar, a cada dia, para este mar de lama, que agora estamos vendo bri=otar, dia a dia, no Senado da Republica!
Nos permitimos, com a nossa omissão, o acontecer destas coisas…
Permitimos, não colocando nossa cara a tapa em candidaturas que se não ganhassemkos, pelo menos, atrapalhavamos e muito, a estes malfeitores da nação!
Permitimos, que uma corja de maus brasileiros, se apoderassem de cadeiras do Senado, e de la, comandassem verdadeiros imperioos de corrupção e desmando.
Permitimos, Raul…Fomos nos que permitimos, que isso acontecesse, e agora, não adianta lamentar…É engolir o sapo, e tentar mudar as coisas, na proxima eleição. Dificil? Por certo,. mas ja passamos por coisa pior….
Impossivel, erro grave, e ate crime de leza patria, será não tentarmos mudar a situação!
…Caro Raul,
O Senado há muito envergonha a Nação, não é de agora não! ( não pude perder a rima…), a diferença é que ultimamente tem extrapolado e muito suas negociações espúrias e tenebrosas. Realmente, o senador Suplicy chegou com atraso, como tem sido de costume ultimamente, mas com muita razão. Sim, a culpa é de muitos e também do presidente Lula, que fez acordos com Sarney, Collor, Calheiros e outros mais para ter a tal da “governabilidade” a seu favor. O que mais podemos esperar? Creio que todos gostaríamos que as discussões urgentes que a Nação tem, como por exemplo aumentos dignos aos aposentados de qualquer faixa de benefícios, salários e mais postos de trabalho para os trabalhadores, melhorias no ensino e extensão da gratuidade as universidades, transportes ( por que não voltam os trens? por que tiraram os trens, tão comuns na Europa, Canadá, Eua….), saúde gratuita e de ponta para todos ( não só para quem pode pagar os grandes hospitais de São Paulo…), habitação, segurança, etc. Enquanto se é necessário criar CPI’s para investigar praticamente tudo, o resto fica parado, por que? Porque o Senado e a Câmara Federal dá margem para que haja sempre o que investigar.
Por falar em UNE, por onde anda e para que serve a mesma???
Abs., David
CARTÃO VERMELHO DEVE TOMAR O SR. “INÃCIO”, único responsável pelos desmandos e escândalos que assolam o país. Responsável direto sim, por negociar com o PMDB seus interesses e dos seus adeptos – o povo; ninguém está nem ai para o povo.
O chamado Conselho de Ética dissolvido, agora deve ser formado por parlamentares acima de qualquer suspeito, com conduta apropriada na vida pública e privada e que não tenha as suas contas rejeitas… A tentativa séria e necessária foi motivo de chacota por parte de um ex-presidente do senado que asseverou: “Ora estão procurando anjos e aqui não tem nenhum”.
A política atual, companheiro Raul, não está sendo nivelada por baixo não. Ela na verdade está baixa, o “status quo” não é de exceção, mas sim de rotina. Quase a metade dos parlamentares responde a acusações e denúncias, as mais esdrúxulas, e temo que a outra metade não responda ainda por não ter “caído na malha fina”.
Já a UNE, e os movimentos estudantis, hoje são de propriedade da PETROBRÃS e leia-se PT. E que o diga a Lina Vieira e demais pessoas exoneradas ou que colocaram os cargos à disposição… a disposição do PT, por não admitirem a ingerência política que REINA neste país de “súditos” e não de povo… de um povo cidadão.
ESTUDO IBOPE SOBRE CORRUPÇÃO (Para conhecimento geral)
Em um estudo, realizado pelo IBOPE em Janeiro de 2006, denominado “Corrupção na Política: Eleitor Vítima e Cúmplice”, o Ibope propõe a reflexão sobre até que ponto os problemas éticos enfrentados pela sociedade brasileira estão de fato concentrados em suas elites e lideranças políticas ou se trata de uma conduta social presente em todas as camadas e grupos da sociedade brasileira. Destaco alguns aspectos do estudo:
TOLERÂNCIA – A cientista social que coordenou o estudo do Ibope, Silvia Cervellini, conclui que o estudo mostra que o brasileiro tolera a corrupção política porque também comete seus deslizes éticos. “Essa ferramenta enriquece ainda mais nossas análises sobre marketing político e subsidia a tomada de decisão especialmente nas campanhas estaduais e federais, como as deste ano”, afirma.
Segundo a pesquisa, 69% dos eleitores brasileiros transgrediram alguma lei ou descumpriram alguma regra contratual para obter benefícios materiais, de forma consciente e intencional. 75% acreditam que cometeriam pelo menos um dos 13 atos de corrupção avaliados pelo estudo, caso tivessem oportunidade. Entre as práticas ilegais citadas no questionário, 55% afirmam comprar produtos piratas e 14% dariam caixinha ou gorjeta para se livrar de uma multa.
70% dos entrevistados afirmaram que o brasileiro, de forma geral, age pensando em benefício próprio. No entanto, 97% dos entrevistados consideram-se honestos, sendo que 65% deles descreveram-se como pessoas que agem pensando no bem comum e 94% caracterizaram-se como cidadãos solidários.
A pesquisa conclui que 82% dos eleitores entrevistados consideram a classe política desonesta. 87% acreditam que os governantes agem pensando somente em benefício próprio.
Acorda Povo Brasileiro!!!
Ernesto Donizete da Silva
PSDB/SANTOS
Raul,
Sem dúvida alguma e com poucas palavras digo o seguinte: a Câmara Alta acabou!
Forte abraço.
Fábio Lopez.
aplausos p/ ele!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Raul, caro amigo, a enquete sobre os partidos me fez rir, só tem leitor tucano no seu blog, tem que dar um jeito de ampliar o leque dos seus admiradores. Sou um deles, mas não tucano, que é um partido bom de bico, ao menos no Estado de São Paulo, onde vivemos.
Caro Raul, ainda bem que nem tudo está perdido no tucanato paulista, sua presença nele é sinal de que há esperança de que um dia o partido mostre mesmo ao que veio além de fazer política. Desculpe a sinceridade, o povo está perdido, ter que escolher para presidente um tucano ou um petista é não ter opção, melhor anular o voto.
Meu abraço de brasileiro muito desiludido.
Antonio Claudio Soares Bonsegno, advogado e jornalista em Santos
Caro amigo Raul, realmente o título do artigo nos remete a pensar no VOTO e sem duvida as consequencias que o mau uso desse direito nos causa. Só espero que a população no ano que vem, mais uma vez não seja tomada de uma subita amnesia e escolha novamente esse tipo de politico para representar nosso país.
Forte Abraço
Nicola
Todo cuidado é pouco com a popularidade artificial.
O povo brasileiro tem uma índole boa, mas é imaturo e dependente de guias que orientem seus passos.
Assim, torna-se presa fácil a qualquer tipo de liderança que se apresente.
O problema é esse. Que tipo de lideranças temos no país?
Políticos, religiosos, autoridades, celebridades, chefes de quadrilha, não há discernimento, pois qualquer um que tenham destaque e seja enaltecido pela propaganda, mesmo que seja uma enganação, passa a servir de referência aos valores e ao comportamento da massa facilmente modelável que habita nossa nação.
Por isso, não é justo valorizar, idolatrar e enaltecer a popularidade artificial, porque isso é o veneno que ilude e conduz o povo para esses desvios, para a banalização do mal, para a falta de compromisso com o bem comum, afinal, essa é a mensagem e o exemplo dos líderes de plantão.
Assim, surgem criaturas sem escrúpulos, capazes de aderir aos piores projetos de poder, nos quais grupos organizados e mal intencionados costumam empenhar todas as suas forças e adotar os métodos que achar conveniente.
Neste tipo de cenário, surgem tiranos como Hitler, que descreveu no livro Minha Luta: “Tive a oportunidade de falar diante de uma grande audiência e o que eu sempre pressenti se confirmava: eu sabia falar”. E sabia mesmo. Filiou-se ao pequeno Partido dos Trabalhadores da Alemanha e chegou rapidamente ao posto de porta-voz. Em pouco mais de um ano o número de membros de seu partido passou de cerca de 60 para mais de 2 mil pessoas graças ao impacto de seus discursos .
Qual era o conteúdo desses discursos eletrizantes? Aparentemente, nada de especial. “Para conseguir suporte das massas, foi decisiva a articulação de medos, fobias e expectativas espalhadas pela população. E, quando a questão era representar, Hitler era inigualável”.
Em meio à crise econômica e ao sentimento de humilhação trazidos pela derrota da Alemanha, grande parte da população já estava disposta a aceitar as idéias de qualquer líder populista.
Assim como o brasileiro é um povo fanático, que se deixa levar com facilidade pelo caminho do misticismo, havia, desde o século 19, a busca quase religiosa por um líder que uniria a Alemanha e a levaria à grandeza. A profecia se fortaleceu após a derrota na guerra, principalmente entre os protestantes, bastante nacionalistas.
“Hitler construiu para si a imagem de ser o escolhido, no sentido bíblico da palavra. A insistência dele em um poder e um mistério quase do outro mundo tinha um grande apelo, o que lhe deu a sensação de ser de fato o salvador”. Em seus discursos, não era apenas a sua vontade que o levava a querer reconstruir a Alemanha – seus feitos e sua missão seriam obra da providência divina.
O perigo é justamente quando não há contestação, isto é, propaga-se uma idéia e todos aderem seu questionar. Assim, em todos os comentarios, nas reportagens, nos debates, enfim, propaga-se uma informação como se fosse a mais absoluta verdade, sob efeito da propaganda, que consegue impor e determinar a opinião das pessoas.
A Alemanha foi um caso extremo, que só foi resolvido nos campos de batalha, com muito sangue derramado.
No Brasil, ainda não chegamos a esse ponto, ainda há espaço para o combate das idéias e dos argumentos. Ainda temos espaço para negar a idolatria e a mentira.
O problema é a omissão de lideranças que teriam condições de mudar esse quadro, mas que se acomodam numa zona de conforto, para fugir das críticas e do confronto.
Mas, se ninguém enfrentar e tentar romper as barreiras da maldade, tudo estará definitivamente perdido.
O apoio do cidadão consciente e dos possíveis convertidos não cairá do céu, tem que ser conquistado, com coragem e determinação.
O vote e uma coisa seria de tão seria que não devia ser obrigatório
O Senado brasileiro, apesar do festival de escândalos, semelhantes aos que ocorrem na Câmara Federal e no Executivo, tem desempenhado um papel importante na defesa de direitos da população, que não podemos negligenciar.
Cito alguns exemplos, como a derrubada da CPMF, que seria uma excelente solução para os problemas da saúde se fosse usada para o propósito a que foi criada, mas, infelizmente, sabemos que isso não aconteceu.
Outros exemplos podem ser citados, como a luta pela recomposição do salário dos aposentados e pensionistas e as investigações sobre as denúncias de desvios e superfaturamento das obras do PAC e na Petrobrás.
Os cargos distribuídos a parentes devem ser investigados?
Claro que sim, tanto quanto a distribuição de cargos aos milhares de companheiros no país inteiro.
Quem abusa do poder e dos privilégios deveria ser punido?
Também, assim como quem abusa no gasto com cartão corporativo.
E assim por diante.
Mas a quem interessa enfraquecer o poder que ainda preserva algum sinal de independência e centralizar o poder nas mãos de um “iluminado”?
Meus Caros,
Essa crise no Senado é facil acabar com ela…. é só fazer como na Câmara … o Governo tem maioria folgada, faz toda a mesa Diretora, aprova tudo …..e não tem crise …LAMENTÃVEL ! ! ! !
Essa pauta, já esta desgastada, senadores corruptos, deputados, enfim a classe política atualmente só só tem destaque no foco da vergonhosa corrupção.
Usam de artemanha para enganar o povão.
ódá-me náusea só de ver os corruptos tentando se defender, das maracutaias.
Exemplo mais recente foi a absorvição do Ex, Ministro Palocci, e olha que ele foi réu confesso no escândalo do caseiro, se não fosse culpado, não renunciaria como fêz.
Só os Nobres Ministros so STF não entenderam asssim e o consideraram inocente.
É mais uma vergonha.
Basta!!!