Não me cheira bem essa onda de intolerância, racismo, preconceito, conflitos de interesses regionais, censura – à imprensa, livros paradidáticos e Internet, patrulhamento religioso e ideológico, desde a última campanha eleitoral de 2010. Cientistas sociais já indicavam, durante a provocação desses temas com o superficial debate sobre a legalização do aborto e o apartheid social no país, que a sociedade brasileira não estava preparada para discernir sobre esses valores devido à dependência social e às deficiências do nosso sistema educacional. Partidos e seus marqueteiros deram de ombros e mandaram seguir a linha sem um alerta mais duro contra a enxurrada de mensagens inventadas e/ou superdimensionadas nos meios virtuais na Internet.
O uso das ferramentas da Internet nas campanhas eleitorais serviu para disseminar com uma força avassaladora as velhas táticas de guerrilha política dos boatos e maledicências. Por esse caminho, as “vítimas”, candidatos ou partidários de candidatos, ficaram sujeitas à depreciação de imagem, ética, moral e das suas próprias histórias de vida. Não faltaram perfis, blogs, fakes, em todas as redes sociais, a espalhar boatos, documentos, vídeos e fotos manipulados, colocando adversários políticos em situações muito constrangedoras.
Esse baixo nível das campanhas saiu dos ambientes privados, em casa, nas lan houses, notebooks e smartphones, para as ruas e para o clima comportamental do país, sendo alvo dos mais variados e descontrolados comentários e reações. Isso não deixa de configurar uma espécie de bullying na vida de todos aqueles que se enveredam em participar do debate sobre os rumos para o futuro do Brasil. Sem o privilégio de uma perseguição em maior ou menor escala dos que defendem os pensamentos à esquerda ou à direita, se assim quiserem situar as trincheiras, é necessário que os líderes políticos nacionais reprogramem as suas estratégias com foco maior na discussão de políticas públicas e alternativas a essa confusão quase que mental.
Longe de levantar a bandeira da censura aos meios de comunicação, como sugerem alguns incomodados com a democracia, acho oportuno pautar o momento do enfrentamento de questões voltadas à Educação para uma convergênia cidadã e para a compreensão das inúmeras diferenças, exemplificando o contexto histórico de cada manifestação. E a Justiça diante de todos esses feitos e fatos, é mesmo cega e burra? Alguma coisa acontece neste país e devemos aprender a conviver mais com os novos tempos que já foram inaugurados há mais de uma década. Estancar a abordagem séria dos temas distorcidos pela falta de Educação melhor para todos pode legar o país ao reles papel de uma Nação na vanguarda do atraso.
Querido Raul,
Na escola tratamos a questão do Bullying cuidando de quem sofreu a intimidação com palavras positivas: falando bem dele em todas as turmas, elevando sua auto estima e valorizando o que ele tem de melhor. Fazemos sempre o caminho contrário, pois coibir não leva a um resultado positivo. Já na política não podemos usar o a mesma abordagem, pois falar bem compromete e ninguém quer se posicionar perante um universo imenso que são as redes sociais. Enfim, num processo de competição tipo ganha/perde é muito mais fácil e menos prejudicial expor as pessoas do que reconhecer que são boas, capazes e éticas. Infelizmente!
Tendemos a ‘partidarizar’ a justiça, as leis, as regras na política, a educação, etc, como se tudo tivesse que servir só nossos próprios anseios. E é aí, na minha modestíssima opinião, que nos fragmentamos, nos tornamos mais um dentro desse imenso contexto que é um país tão maravilhoso como o nosso, mas que oferece pouco à maioria, enquanto uma minoria se beneficia da fragilidade do povo que não conhece seus direitos, não cobra de seus representantes, e não fala a mesma linguagem…
Dificil afirmar, mas não creio que se caracterize como Bullying, apenas um jogo de interesses.
Jogo esse, perfeitamente dominado pela classe política do país. Com rarissimas exceções.
Sempre bom ler o que vc escreve, Raul.
Abçs, Chris
Bullying é o que lula faz com Fernando Henrique e José Serra, insultando, caluniando, difamando injustamente.
Suas fofocas repercutem e influenciam as “massas”.
Não importa se a vítima é uma criança inocente, que é “zoada” pelos malandros, ou se é um adulto de sucesso, ninguém tem o direito de lideral um movimento focado na destruição de um ser humano, principalmente plantando mentiras.
Ruth Cardoso não aguentou o golpe contra sua honra.
FHC e Serra resistem porque são altruístas, têm sentimentos nobres demais para revidar e descer ao nível de seu algoz.
Talvez isso incomode mais seus admiradores do que a eles próprios, mesmo assim é cruel.
A propósito, sei que lula nunca cumpre o que promete, mas eu gostaria de saber se vai continuar amarelando e fugindo do debate com FHC.
A BAND propôs e lula negou duas vezes.
Quer falar sozinho, sem o direito de defesa.
Pois deveriam marcar e convidar, já que FHC propôs e se dispôs a participar.
Pois então que confirmem e, se lula não comparecer, que cedam o horário para que Fernando Henrique possa, de uma vez por todas, desmascarar cada mentira proferida por lula em seus discuros maldosos.