Pelo menos uma vez por mês, a imprensa abre espaço para os recordes batidos pelo governo Lula no uso dos cartões corporativos. Parece até um Bolsa Família exclusivo para custear os serviços dos altos escalões do lulo-petismo. O governo não trata o assunto com transparência e há notícias sobre saques, por funcionários da presidência da República, de R$ 20, R$ 30 mil. Ficam no ar algumas perguntas: que serviços são esses que não podem ser explicitados? Porque a sociedade não pode conhecer as faturas com os gastos detalhados? Já imaginou um cidadão, num caixa eletrônico qualquer, sacando essa permissividade?
Os gastos são considerados sigilosos, mas, no atacado, é possível saber de algumas ações específicas – o censo agropecuário e a contagem populacional de pequenos e médios municípios realizados pelo IBGE, ligado ao Ministério do Planejamento, e atividades de inteligência da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), ligada à Presidência da República, antes e durante os Jogos Pan-Americanos – foram os grandes responsáveis pelo aumento no volume total e nas retiradas em dinheiro. Juntos, os dois eventos representaram gastos de R$ 40,2 milhões, que foram pagos quase integralmente em espécie. Quarenta milhões de reais!
Implantados sob o argumento de que são instrumentos ágeis, eficientes e transparentes para realização de pequenas despesas, os cartões apresentam uma espécie de buraco negro em sua prestação de contas eletrônica: a maioria dos gastos é feita a partir de saques em dinheiro. Como ficam os gestores que se especializaram em procedimentos burocráticos de compras por meio de pregões eletrônicos e certames licitatórios que observam obrigatoriamente os princípios da transparência e da publicidade?
Em 2007, o governo federal mais que dobrou suas despesas com cartões corporativos. O Portal da Transparência, mantido na Internet pela Controladoria-Geral da União (PGU), mostra que R$ 75,6 milhões foram gastos por intermédio dos cartões, 129% a mais do que em 2006. Se compararmos com o desempenho do Bolsa Família, o limitado e compensatório "cartão corporativo" dos pobres, veremos que a expansão desse programa social, no ano passado, foi de 14,6%. Nos últimos anos, o aumento dos gastos com cartão é crescente. Comparada a 2004, a despesas é 4,3 vezes maior.
Segundo o conteúdo deste comentário, extraído em sua maior parte de matéria publicada no jornal "O Estado de São Paulo", deste domingo, o deputado federal Duarte Nogueira (PSDB-SP) apresentou requerimento pedindo que o Tribunal de Contas da União (TCU) aumente a fiscalização dessas despesas. Para o deputado federal Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA), que investigou na CPI dos Correios as despesas realizadas pela presidência da República, usando cartões corporativos, "são abusivas e ferem a moralidade".
Até quando ficaremos sem explicações?
Ora Raul, deixa de implicar com o “Inácio”, tadinho!
Não sei qual é a irregularidade que você percebe no uso dos cartões corporativos da Presidência da República. Gastaram apenas R$.75,6 milhões. Nesta semana teremos o sorteio do Concurso 935 da Mega-Sena (dia 16/01), que por estimativa da CEF deve pagar cerca de R$.15.000,00 – pois já está acumulado a alguns sorteios.
Ao traçarmos um paralelo, o valor corresponde em ganhar apenas 5 vezes neste concurso…mal dá para fazer a feira. Puxa Raul! Para de achar este fato singelo de absurdo.
Estamos em um novo ano – 2008. Estas contas já são pretéritas, como diria o nosso amado ministro e fiel escudeiro do “Inácio”, Guido Mantega. Já no ano de 2005, no dia 16/08, chegou ao gabinete do ministro Ubiratan Aguiar (Tribunal de Contas da União), um “pedido de devassa em todas as prestações de contas com cartões de crédito corporativos de funcionários do Governo Federal, sob o número 011.825/2005 e que tramita na SECEX-6 (6º Secretaria de Controle Externo) e que foi juntado a outro processo sob nº 016.236/2005-6.
Nesta oportunidade, os saques de dinheiro em espécie surpreenderam todos os ministros do Tribunal de Contas. Apenas um dos funcionários da Presidência da República, o funcionário Clever Pereira Filho, CPF 265.787.941-53, lotado (na época dos fatos) junto ao presidente, era o campeão absoluto dos gastos. Suas faturas naquele período somaram mais de R$ 1 milhão – sendo que os saques em dinheiro vivo foram de R$ 226,9 mil. A propósito Clever era o ecônomo titular do presidente “Inácio”.
Naquele ano estávamos falando em apurar os gastos astronômicos da ordem de R$.10.268.310,98 – atualmente este pequeno número foi aumentado em 700% (setecentos por cento)R$.75.600.000,00, mais uma vez Raul, estou inconformado com o seu inconformismo!!!
Ernesto Donizete da Silva
PSDB – Santos
Ai é que tá Raul, ainda fazem brincadeirinhas com coisas sérias.
Com maior respeito ao agravante tema, só temos a lamentar a cada dia, ou a cada escandálo nos meios políticos,ou nos três poderes, Etc.etc.etc.
Ao eleitor só resta exigir que seu deputado, senador,vereador prefeito e governador, tomem partido do interesse de seus eleitores, e unindo-se aos partidos de oposição,comparessam excessivamente as barbas da justiça, exigindo que tais fatos sejam de conhecimento da população, e que esses atos escandalosos, sejam de fato punidos. Pois só assim, começaremos a acreditar que esse país tão maravilhoso tenha um final feliz.