Como as punições previstas em lei no Brasil, para os casos de corrupção, escândalos administrativos e mau uso do dinheiro público, merecem pouco respeito porque não saem do papel, costuma-se justificá-las como letras mortas. Os desvios de finalidades dos cartões corporativos foram qualificados de equivocos, e as últimas denúncias que envolvem a Casa Civil de Lula para regularizar o quadro societário e livrar o comprador da Varig das dívidas antigas ou a Anatel de Lula para permitir a compra da Brasil Telecom pela Oi/Telemar ? Qual a justificativa, se há uma completa falta de transparência e promiscuidade em negócios entre a administração pública e os interesses privados ?
A democracia brasileira vive uma verdadeira contradição com a falta de transparência dos seus atores, tamanha as sensações e constatações de privilégios em todas as esferas de atuação. Sempre que uma história cheia de evidências avança para os capítulos finais e o resultado celebra a impunidade, outros casos ganham impulso para desmoralizar mais a classe política, os partidos e a própria democracia. Há uma inversão de valores, um mau exemplo para os nossos filhos: legal agora é se espelhar nos bandidos ou naqueles que levam vantagem sempre ?
Faz tempo, um velho amigo comentava que à época da ditadura militar no Brasil, o autoritarismo e a perseguição dos governantes de plantão eram mais fortes contra o empresariado que aos políticos. A economia sofria influência regulatória instâvel e comumente era atingida por torpedos de exceção com a finalidade de atender interesses de grupos de negócios privados. Economistas aliados daquele regime se auto-proclamam hoje de nacionalistas.
O governo Lula, que exerce controle quase que majoritário do Congresso Nacional, com menor intensidade no Senado Federal, recorreu a esse período nefasto da nossa história para dar tempo aos americanos do fundo Matlin Patterson, que compraram a VarigLog, de regularizarem a situação de incluir sócios brasileiros no negócio (pois concessionárias de transporte aéreo não podem ser controladas por estrangeiros), sem questionar a origem do capital desses sócios. O gabinete Civil, comandado pela ministra Dilma Rousseff, agiu também para não permitir que os novos donos da Varig assumissem as suas dívidas assombrosas, para não inviabilizar ou falir o negócio novo, deixando-as por conta do Brasil.
No caso Oi/Telemar, o governo Lula foi condescendente ao permitir, contrariamente à lei que regula o assunto, que uma empresa telefônica comprasse outra para ficar, na prática, com o monopólio da telefonia fixa e ter capacidade de disputar mercado em outros países do Mundo. Com essa "ajuda" a Oi/Telemar comprou a Brasil Telecom.
Não há respeito às leis. Neste final de semana, o presidente Lula reclamou que queria poder mais, inclusive para fazer convênios com os municípios durante a campanha eleitoral desde ano. Para ele, não atender as administrações municipais que seguem a sua cartilha de exceção é uma hipocrisia da legislação eleitoral. Até quando será possível viver um país assim ?
Boa Noite, amigo Raul.
Eis a questão, até quando?
Infelismente estamos a deus dará, como em um naufrágio, com uma navegação que se encontra a deriva, essa é a censação que parte da população sente, com relação aos rumos em que o País, está sendo governado, sem controle, igual a uma embarcação desgovernada, digo parte da população, pois grande parte do povo parece estar anestesiados, e as Instituições apáticas.
Só nos resta aguardar até as próximas eleições, para Presidente da República, e que o povo mude radicalmente sua opinião sobre esse gestor que se encontra no poder, e radicalizando por inteiro, escolhendo pessosas que realmente tenham compromisso em salvar o Pais, tanto na Presidência como no Senado e na escolha de nossos deputados Federal. Para deputado ,espero que voce se apresente, quem o conhece sabe que pessoa igual a voce, faz a diferença.
Não aceite isso como elogio, e muito menos como puxa saco de plantão, mais quem o conhece há de concordar.
Um grande abraço.
FORO PRIVILEGIADO.
Este é o problema do nosso país. Um verdadeiro manto de proteção e impunidade dado de presente aos ocupantes de cargos públicos. Assim temos, o Presidente, os Senadores, os Deputados Federais, Estaduais, os Magistrados, os Membros do Ministério Público, os Militares – ranço do passado, das elites e da aristocracia.
Este fato é tão verdadeiro que culturalmente e coloquialmente criamos o “CRIME DO COLARINHO BRANCO”. Estamos sob a égide da Constituição Federal, mais democrática da história (ao menos no papel) – possui como corolário a dignidade da pessoa humana.
Assim, Raul, o princípio da ISONOMIA e a DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA, não podem permitir este tipo de tratamento há uns pouco em detrimento do povo. Alguns dos CRIMINOSOS que se travestem de políticos mereciam estar na CADEIA (lógico que após devolverem o que desviaram, se apropriaram, furtaram, etc., aos cofres públicos – ao povo, que morre na fila dos hospitais, que não têm o que comer, etc.).
Não vejam apenas os casos dos políticos, mas dos juízes e desembargadores (Nicolau e Ernesto Dória) ou promotores (Igor – caso da Riviera), do capitão da polícia militar (preso acusado de pedofilia), etc… Todos devem ir responder pelos seus crimes na chamada JUSTIÇA COMUM (e não em tribunais especiais) – justamente por ser comum aos demais mortais, como nós todos.
A sociedade, precisa voltar a ter vergonha, devemos reformular nossas relações familiares (de base) e todas as demais, com exemplos bons, com um pensamento coletivo verdadeiro. Priorizando ainda, a educação com matérias como filosofia e sociologia, além obviamente de religiosidade – atualmente carecemos disto tudo. Resultado: tudo o que ocorre parece ser percebido como comum – como certo – até que alguém seja pego!!!
Todos somos responsáveis – uns de forma ativa e a grande maioria por aceitarem tudo de forma PASSIVA!!! O que temos feito na prática para mudar tudo isto???
Ernesto Donizete da Silva
PSDB/SANTOS
…Caro Raul,
Monopólio neste País é pratica comum há tempos. Veja o caso das energéticas privatizadas no governo FFHH: poucos grupos ( muitos estrangeiros, o que não é recomendável qdo. se trata de setor estratégico, como é a energia elétrica…), dominam o setor. No estado de São Paulo o grupo Votorantim manda na energia elétrica, por exemplo. Lula segue a mesma cartilha, fazendo do discurso ato inverso à ação. Só lembrando que assim como as privatizações dos setores energéticos e de telefonia, foram financiados a perder de vista pelo BNDES na era FFHH, Lula tb. usou o BNDES para salvar a falida empresa norte-americana dona da Eletropaulo que distribui energia na capital e grande ABC. No Brasil empresários não gostam de correr riscos e a maioria dos governos, burlam leis, facilitam empréstimos, sempre ajudando a turma de cartola e fraque a ter lucros sem correr riscos. Enquando isso, trabalhador, aposentado, micro-empresário vai apenas subvivendo. Acorda Brasil!…Abs.
Equivoco nos cartões corporativos?…
…equivoco foi do povo sofrido que depositou suas esperanças neste cidadão que veio da base da piramide social esperando que aconteceria uma verdadeira revolução moral no país, e deu no que deu!
Parabens! Raul!
Sabem o que é mais doído nisso tudo???
É você ouvir um “pai” dizer que deu papelão para seus filhos comerem pois não tinha “mais nada” em casa. Vivemos num país injusto.
Talvez este comentário não tenha nada com o tema proposto por você, Raul mas…..
Raul, é assim que funciona? O chefão quer, faz birra, abre o berreiro e, como uma criança malcriada, sem limite, consegue tudo o que quer e destrói tudo o que atrapalha seu caminho?
Chamem a Super-Nany.
Raul, parabéns pelo texto e pela coragem.
Tudo o que a gente ouve é bajulação e admiração à malandragem do chefe, cuja estratégia de marketing é uma mistura de auto-ajuda empresarial com lábia de líder de quadrilha.
O primeiro ítem deve-se, provavelmente, aos marqueteiros que recebem salários milionários, pagos por com o nosso dinheiro. A segunda característica deve ser o que os inescrupulosos chamam de carisma.
Meu pai sempre diz que quando o produto não é bom, precisa de muita propaganda para, pelo menos, enganar o consumidor. Assim, fica até a impressão que consegue convencer e agradar a todos.
A Maria comentou sobre a bajulação, mas isso só ocorre na imprensa e no meio político. Nas conversas no meio do povo não é bem assim. Muito pelo contrário, as críticas são severas e legítimas.
Nós, pessoas comuns, muito pouco podemos fazer, a não ser aguardar as próximas eleições e implorar a Deus que ilumine a mente, a alma e o coração da maioria da população.
Então, eu pergunto. Para que servem as oposições? Para que serve o Ministério Público? Para que serve a Justiça?
Quando o PT era oposição, destruía todos os adversários com calúnias, perseguições, dossiês e outros meios mais violentos.
Agora que estão no poder, eles continuam destruindo os adversários, sem dó, nem piedade. Pena que a oposição, assim como a sociedade, seja tão desunida, desorganizada e submissa.
Raul, o povo decente está cansado. Chega de cortesia com esses criminosos que compram a honra dos poderosos e iludem os ignorantes. Tem muita gente no meio desses dois extremos que merecem atenção.