A notícia veiculada nesta semana, sobre o novo lugar para o "Museu" das coisas e conquistas do rei do futebol, Edson Arantes do Nacimento "Pelé", é muito bem-vinda. Mas, com toda segurança e firmeza de um dos principais atores dessa novidade, o prefeito de Santos, João Paulo Tavares Papa, ainda resta uma legião de céticos. Afinal, o "Museu" fora cogitado antes na Plataforma do Emissário Submarino (José Menino), no terreno do empresário Armênio Mendes (Aparecida) e até fora de Santos, aliás, uma solução inaceitável.
Com o apoio decidido do governador José Serra, o casarão do Valongo que já foi sede da Prefeitura será transferido do Estado para o Município. Nesse local, o prefeito Papa, acordado com Pelé e Serra, cuidará de todos os detalhes necessários à implantação do "Museu Pelé". No rol de investimentos estaduais em Santos e região, esse empreendimento é aguardado faz muito tempo, principalmente por conta dos seus dividendos para a atividade turística.
Santos tem sido o porto de cruzeiros internacionais, mas tem sido incapaz de manter os seus viajantes 30 minutos além do embarque e desembarque nesses navios. Os pacotes turísticos importam transportes e roteiros exclusivos que deixam Santos, literalmente, à ver navios. Com o "Museu Pelé" essa realidade pode ser mudada, justamente porque esse equipamento no centro da Cidade será um grande atrativo para turistas nacionais e estrangeiros, por conta da localização próxima do terminal de passageiros do Porto.
Ainda bem que o novo lugar foi definido fora do ano de eleições municipais e garantido por palmeirenses de carteirinha (Serra e Papa), com o aceite do coração alvinegro Pelé.
Esperamos que a novela do Museu Pelé acabe bem. Depois de passar tanto tempo rodando de um lugar para o outro, ter maquetes divulgadas e tudo o mais, finalmente parece que foi marcado um verdadeiro gol de placa.
Eu, como corinthiano confesso (sofro desta doença), fico satisfeito. Para o Pelé a gente perdia feliz.