Blog do Raul

Redes Sociais

Capital humano nas redes sociais!

Capital Humano em rede.

A criação de uma plataforma para discussão de temas importantes do presente e do futuro para a Capital de São Paulo, com o portal “Sua Metrópole” – http://www.suametropole.com.br – revela o espírito inovador no modo de fazer política partidária no país. Recordo que ouvi essa intenção de FHC, num evento partidário logo após o fim do seu mandato na presidência da República, em 2003, alertando militantes e dirigentes do PSDB para o uso da Internet no conceito de redes e horizontes mais largos.

Com muito atraso, melhor do que nunca, o PSDB vem construindo a sua militância virtual. Nas eleições de 2010, quando Xico Graziano coordenou os grupos de discussão na plataforma “Proposta Serra”, observamos a primeira reação favorável da sociedade, inclusive despartidarizada, no debate de ideias por um Brasil melhor.

FHC falava sobre sair do “nós com nós” e partir para a extensão do partido junto de todos os segmentos da sociedade. As estruturas partidárias são viciadas num modelo cartorial, onde prevalecem dirigentes resistentes em abrir a legenda à participação geral, talvez com receio de perder o controle da máquina política. No PSDB essas diferenças começam a ser corrigidas.

“Sua Metrópole” surge impulsionada pelo passo decisivo do PSDB-SP com a aprovação das prévias para escolher os seus candidatos a prefeitos, nos municípios onde tiver mais de um pretendente. E considero bastante feliz a análise do presidente FHC, nesse momento, ao sintetizar o papel das redes sociais nesse novo contexto e de olho no capital humano das grandes comunidades urbanas: as redes sociais são capazes de aumentar a participação da sociedade, ampliando o debate. Isso gerará forças suficientes para influir nos setores e locais onde as decisões são tomadas.

Captei isso com a câmera de vídeo do meu celular: FHC Democracia 2.0

Capital humano nas redes sociais! Read More »

Militância polí­tica virtual em 2010

Chegamos ao futuro com a Internet. Orkut, Facebook, LinkedIn, MySpace, Windows Live, Twitter, Blogs, Flickr e muitas outras ferramentas foram criadas e formam as chamadas redes sociais, que ampliaram a comunicação humana e são responsáveis pela integração global, com as suas formas de produção, distribuição e consumo do conhecimento. O Brasil registra número crescente de internautas e acessos, e neste ano a Internet vai experimentar essas ferramentas com maior liberdade nas eleições. Os exemplos e resultados positivos com a vitória de Barack Obama na campanha americana animam especialistas brasileiros em marketing eleitoral, partidos e candidatos em todos os níveis.

Essa experimentação ocorre com atraso, porque as regras em nosso país sempre foram muito rigorosas, dado que legisladores e o Judiciário não dispunham de referências de segurança para o uso político e eleitoral. O debate no Congresso Nacional revelou a preocupação com limites que são praticamente impossíveis de identificar no mundo virtual global. Houve quem defendesse uma isonomia dessas novas regras com os limites dos meios de comunicação tradicional. Esse paradigma mudou quando houve interatividade dos parlamentares com os eleitores, convictos pelo seu uso livre.

Os candidatos potenciais em 2010 se movimentam e tentam aproximar as suas ideias dos eleitores e os eleitores para as suas próprias campanhas. Contudo, a experiência eleitoral de Barack Obama ainda não serve totalmente ao Brasil, porque os americanos têm hábitos muito diferentes na Internet. No caso de Obama, os seus simpatizantes produziram vídeos manifestando apoio ao candidato, independentemente do partido ou da sua campanha. No Brasil, embora cerca de 37 milhões de usuários estejam conectados, em casa ou no trabalho, que somam 64,8 milhões quando consideramos os acessos em lan houses, bibliotecas, escolas e telecentros, os conteúdos políticos ainda têm interesse restrito.

A audiência na Internet configura hoje numa das maiores em comparação com os demais meios de comunicação, somando todos os tipos de veículos. Isso aumenta a relevância desse instrumento pela classe política, que necessitará muita criatividade para mobilizar o eleitorado na Internet no seu dia a dia. Internautas e eleitores não restringem o exercício da interatividade crítica somente no período de quase 90 dias das campanhas. Os conteúdos farão a diferença na percepção desses eleitores, que rejeitam as obviedades dos contatos pelos mecanismos tradicionais de comunicação.

O eleitor virtual vai ser atingido pelo político e pelas suas redes de militância virtual, desde que o uso da Internet observe uma comunicação em via de mão dupla e, ao mesmo tempo, convençam que as suas mensagens são também individuais, pessoais e abertas à troca de informações, ideias, propostas. Não acredito na massificação das mensagens eleitorais, justamente porque hoje há uma verdadeira repugnância às toneladas de lixo eletrônico e propagandas intrometidas. O sentido da propaganda eleitoral virtual, do emissor ao receptor, como a “entrega” de um panfleto eletrônico, sem interatividade e chance de contribuir para os conteúdos é um indicativo do fracasso nesse meio.

A Internet fará diferença nos custos das campanhas, que reduzirá materiais e agregará valor aos que compreendem a força de instrumentos virtuais. O seu uso adequado e inteligente mesclará eleitores que acreditam na política como meio de transformação da sociedade e a comunidade que busca conscientemente, credibilidade, confiança e envolvimento para mudar.

Militância polí­tica virtual em 2010 Read More »