Esse título foi publicado no site da Agência Reuters, nesta data (27 de março de 2007), para destacar matéria assinada pela jornalista Carmen Munari. A iniciativa de inserir o PSDB no Second Life (www.secondlife.com) foi do publicitário paulista Jorge Henrique Singh (avatar Unger Felix), um grande entusiasta da utilização de novas mídias.
Acontece que ainda é muito restrita a participação/navegação pelos espaços criados nesse novo programa de Internet, idealizado em 2003 nos Estados Unidos pela Linden Lab. Nos últimos tempos pudemos ler bastante a respeito no caderno de informática do jornal "O Estado de São Paulo" e, há 10 dias, a revista "Época" destacou o Second Life em sua capa semanal.
O Second Life é um programa acessado hoje por quase 4 milhões de usuários, dos quais aproximadamente 140 mil são brasileiros. Informa Jorge Henrique Singh que pesquisas feitas pela Linden Lab, recentemente, apontam para 10 milhões o número de pessoas que acessarão o programa em junho próximo.
Matéria publicada pela Reuters, dia 27 de março de 2007.
Tucanos fazem política virtual no Second Life
Por Carmen Munari
SÃO PAULO (Reuters) – O PSDB partiu para a política virtual. O diretório do partido nos Second Life (segunda vida), um simulador da vida real na Internet, reproduz uma sala envidraçada, com porta, mesas, cadeiras e, na parede, um manifesto contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Até prova em contrário, o PSDB é a primeira legenda brasileira a atuar no Second Life. PT e PMDB, os maiores partidos do país, informaram que não aderiram a esta nova mídia alternativa, que, para ser visitada, exige equipamento compatível, domínio da língua inglesa e disposição para novidade.
"Temos estimulado as mais variadas formas de comunicação do partido. Internet, Orkut e agora os Second Life", afirmou à Reuters Raul Christiano, membro da Executiva do PSDB em São Paulo que aderiu à idéia sugerida por um filiado.
Por enquanto, o espaço não teve divulgação, talvez por isso estivesse vazio quando a reportagem da Reuters visitou o local, criado no início deste ano. "Sem divulgação, ainda não colou", disse Christiano, que não tem uma data para propagar o novo espaço. Ele mesmo admite falta de tempo para navegar.
Nos Second Life, acessível pela Internet (www.secondlife.com), os usuários podem criar ambientes tridimensionais, liberando a imaginação com o uso da programação gráfica. E há uma grande vantagem: não existe custo para se instalar.
Entrar nesta segunda via exige uma identidade falsa pinçada em uma lista de nomes e sobrenomes. O clone virtual serve para dar liberdade de diálogo no ambiente Second Life.
Mas trata-se de uma navegação elitista, por demandar um computador top de linha, com banda larga e que possa receber e girar um programa de 30 megabites.
Sem levar esses custos em conta, os tucanos querem levar para o diretório virtual fóruns de discussão e trocas de idéias, como aparece no cartaz disponível no espaço, que critica a demora na montagem do ministério pelo presidente Lula.
"Não se pode esperar muito de um governo que começa optando por não começar… Lula não tem pressa, Quer esperar a eleição das presidências da Câmara e do Senado para definir o ministério do segundo mandato. O ano administrativo só vai começar depois do Carnaval. Pode ser batizado de ano Macunaíma (ai que preguiça!)", diz parte do texto, já defasado, colocado próximo de outro que informa que o espaço do partido no Second Life está em construção.
Fundado em 2003 por Philip Rosedale, da Linden Lab, com sede em São Francisco, este mundo virtual já tem cerca de 5 milhões de residentes, de diversas nacionalidades. A partir do final de abril, terá uma versão em português tendo o site IG e a Kaisen Games à frente do projeto.
Se no Brasil o PSDB está sozinho neste mundo, na França, os principais candidatos à Presidência, o conservador Nicolas Sarkozy, a socialista Segolene Royal, François Bayrou, de centro; e Jean-Marie Le Pen, da extrema direita, já fazem campanha lá para as eleições deste ano.