Não foi a primeira vez que ouvi essa resposta, que se justifica pelo fato do seu trabalho revolucionário no ministério da Saúde e pelas ações na Prefeitura de São Paulo e no Estado no setor do saneamento e da melhoria das condições de vida da população. Sexta-feira à noite, num seminário em Santos, sobre meio ambiente e saúde, quando o professor Fabião Nunes perguntou se os alunos sabiam o nome do governador, tímidos responderam Serra; e qual a sua profissão? A classe, imediatamente e quase unânime, respondeu: médico!
Os temas tratados no seminários diziam respeito ao trabalho do governador, pela recuperação da Serra do Mar, com a transferência dos moradores dos bairros Cotas de Cubatão e pelo Programa Onda Limpa da Sabesp; ao papel do Ibama no licenciamento ambiental; à necessidade de se apoiar mais a separação do lixo para a reciclagem dos seus materiais; a preservação dos manguezais e a aula de ecologia e meio ambiente do vereador e professor Fabião Nunes. O interessante é que todas as conclusões dos vários expositores estimulavam o raciocínio da preservação, da qualidade de vida e da saúde.
Essa preocupação da Escola Politécnica Treinasse, promotora do seminário para os seus alunos, é muito bem vinda; porque há a necessidade de preparar a região da Baixada Santista para o boom de desenvolvimento em curso. Se Serra foi o melhor ministro da Saúde do Mundo, porque não acreditar "nesse médico" que tem o diagnóstico regional e pode aplicar os remédios certos?
Quando foi concluída a segunda pista da rodovia dos Imigrantes, que para muitos seria a redenção regional diante da facilidade do acesso de turistas para aquecer a atividade econômica, os problemas afloraram justamente porque os municípios não prepararam de acordo os seus sistemas viários para receber tantos carros. Da mesma forma em que na década de 50, a pretexto do desenvolvimento e da geração de empregos, o território cubatense foi ocupado aleatóriamente por plantas industriais, sem planejamento e os cuidados necessários, transformando o município por muitas décadas no mais poluído do mundo.
Ficou patente no seminário que a recuperação das encostas da serra, o saneamento de 95% dos municípios pela Sabesp, os cuidados com a dragagem e com a manutenção das áreas de mangues do litoral, aliados à descoberta do gás e do petróleo na Bacia de Santos e às perpectivas do Superporto de Peruíbe e da atração de turistas pelas bandeiras verdes da balneabilidade das praias, que a saúde está em primeiro lugar.
O que fica sempre claro é que a formação não importa, mas sim o polítifco se cercar de técnicos, dos melhores, da área, para que o assessorem. Depois de nem terminar Engenharia, fez Economia. Logo, é economista.E foi um grande ministro da Saúde.