Outro dia relembrava com o atual vereador da Capital paulista, Floriano Pesaro (PSDB), que foi secretário nacional do Programa Bolsa Escola Federal com FHC e Paulo Renato, da inexistência de erros e denúncias sobre o funcionamento e os resultados dessa política compensatória de renda naqueles 21 meses de trabalho pelo Brasil. A Bolsa Escola Federal foi criada no governo FHC para suceder o Programa de Garantia de Renda Mínima pioneiro em Campinas graças à iniciativa do saudoso prefeito Magalhães Teixeira, o "Grama". Hoje ficamos surpresos quase todos os dias com a gestão e os acontecimentos que cercam a atual Bolsa Família. Fraudes nos cadastros, inclusão de beneficiários sem direito, relaxamento da frequência escolar e agora a denúncia que um bichano recebia como se fosse gente, realmente ajudam a desmoralizar o governo Lula.
Certamente petista, Eurico Siqueira da Rosa, que coordenava o programa Bolsa Família na cidade de Antonio João, no Mato Grosso do Sul, incluiu o nome do seu gato como dependente para receber R$ 20 a mais por mês. "Billy", que ganhou o registro de Billy Flores da Rosa, esteve na lista de beneficiários durante cinco meses. Descoberto o golpe, Eurico antecipou o seu afastamento da função e pediu a exoneração do cargo. O gesto foi exemplar logo após a descoberta, mas qual a explicação para isso ?
Esse acontecimento tem uma dose de piada, mas é a revelação da realidade brasileira. Será que a necessidade gera desonestos e oportunistas ? O Brasil estará sujeito aos espertos e seguidores fiéis da lei de Gerson, enquanto houver fragilidade nos controles dos programas sociais do governo e o ufanismo à ignorância. Um gato de estimação pode; filhos que existem apenas no papel também podem (esse mesmo "pai" de Billy havia inscrito outros dois filhos fictícios); mas uma longa fila, de milhares de brasileiros pobres, continua excluída, crente em Lula, mas sem perspectiva real.
João Pedro Stédile, dirigente do Movimento dos Sem-Terra (MST), comentou recentemente que o Bolsa-Família atende 20% dos mais pobres: "Resolve um problema social, porque essas famílias estavam na miséria absoluta; mas de certa forma também acomoda essas famílias. O programa gerou apatia nas famílias pobres. Deveria ser um programa transitório, combinado com outro programa, que gerasse empregos".
Assino embaixo dessa defesa de Stédile, retomo a defesa da necessidade transformadora desse programa, da compensação, da entrega do peixe ao mesmo tempo em que se ensina a pescar, para o caráter emancipatório, de resgate da cidadania e da sobrevivência. Não creio que outros gatos estejam matriculados para receber essa contribuição dos nossos bolsos-cidadãos, mas é lastimável ficar sujeito ao desgoverno social, justamente porque parece o contrário.
Este assunto, ja foi comentado por mim, em minha coluna, no Anacoluto e no Anacoluto Cubatão
é uma vergonha, termos ainda que ter estes sistemas, sem nenhum controle do governo.
Um governo, que não tem como se moralizar, não pode pedir moralidade a ninquem!!!!
Raul,
Filosofando sobre essa “marola”, acredito que o acertado do governo, seria dar à população, o que está distribuindo aleatóriamente aos bancos/instituições financeiras/empresas, que, mesmo assim, continuam a demitir sem nem pestanejarem! Veja, se o governo abrisse a distribuição à todos os eleitores com dívidas até 31/12/2008 vencidas, para que só pudessem sanar seus débitos junto aos antigos credores; a roda voltaria a girar, pois as pessoas passariam a ter mais dignidade, ao menos sem as dívidas, nomes “limpos” e, coragem para continuarem na luta!
Saudações PSDbistas.
Raul, você está sendo muito exigente com o Governo Lula.
Caramba! Não tem problema algum cadastrar o “gatinho Billy” no programa BOLSA FAMÃLIA. É perfeitamente normal, assim como os dois filhos fictícios também incluídos como dependentes do Sr. Eurico Siqueira da Rosa – o mais novo usuário da Lei de Gerson. Raul, não se esqueça, nós estamos no Brasil.
O que vem a ser esta gota de água num oceano de corrupção, “maracutaias”, desvios de dinheiro público, obras superrfaturadas, tapiocas, dinheiro na cueca, escândalos diversos, etc. Poxa! Esta matéria é perseguição.
Raul, o grande lance do Governo do Sr. Inácio são os cartões:
Cartão Corporativo, Cartão do Bolsa Família (recentemente ampliado) e logo, logo, teremos o Cartão do Desempregado, já que o grande economista o “Sr. Inácio”, em mais uma prova da sua capacidade intelectual afirmou estar a economia do Brasil blindada e que a crise aqui não chegaria e se isto acontecesse seria apenas uma marolinha.
Assim, sem mais, peço a você companheiro Raul, “alivia” um pouco pro nosso grande presidente brasileiro – o Sr. “Inácio”, afinal ele e os seus não sabem o que fazem!
Acorda Brasil!
Ernesto Donizete da Silva
PSDB/SANTOS
Os tucanos “aliviam” tanto que desanima. Parece acordo de compadres, mas o PT sempre leva vantagem, porque eles sabem bater com força, enquanto o PSDB ameniza e passa a impressão de que entrega os pontos com facilidade.
O nosso povo não entende nada de altruísmo e grandeza de caráter porque está acostumado a resolver tudo no grito, por isso se indentifica tanto com o PT.
O fenômeno Obama me faz refletir sobre a qualidade de algumas lideranças de nosso país, como FHC, José Serra, Cristovam Buarque, Gabeira e alguns da baixada que tem potencial para alcançar grandes voos.
O que ocorreu com Obama deve-se muito aos grandes debates com uma pessoa tão brilhante e competente quanto ele, Hillary Clinton.
No Brasil corre-se o risco de assistirmos as cenas desses debates serem utilizadas aos propósitos de mais baixo nível, como se aproveitaram dos comentários do Alckmin para esculhambar a gestão Serra/Kassab na prefeitura de São Paulo.
A crítica construtiva é uma prática saudável e natural, pois só fazemos cobranças quando confiamos na seriedade da pessoa cobrada e temos a certeza de que ela vai tomar alguma proviência.
Quando não há cobranças, principalmente quando se trata de alguém que atua de maneira equivocada ou ineficaz, é porque consideramos que tudo está perdido e que não adianta solicitar nada a alguém arrogante ou incompetente.
Por isso, a proposta do senador Cristovam Buarque de se promover grandes debates com pré-candidatos à presidência, propositivos e esclarecedores, é extremamente interessante, principalmente se isso servir para desfazer essas mentiras e enganações em torno desses programas sociais.
O nosso povo não merece ficar eternamente nas mãos de “coronéis”.
Deveriam criar agora o Bolsa Sem Teto. Assim, eu e outras protetoras de animais de rua teríamos o direito de cadastrar as centenas de cães e gatos “sem teto” da Baixada Santista.
Raul, alguem disse que em virtude dos escândalos e maracutais, de dólares na cueca e etc,etc…, essa de cadastrar gato para receber míseros 20,00 mensais , realmente é fichinha.
Mais tambem não podemos esquecer que não importa o valor da fraude ou do roubo, roubo é roubo e tem que punir a todos os culpados.
Agora querer jogar a culpa no presidente Lula é demais, pois não podemos esquecer dos desmatamentos da Amazônia que em todo governo é a mesma ladainha: falta fiscal, em tudo no Brasil qdo. é benefício do povão ou da Nação.
Agora qdo. é para ajudar os Bancos, coitados dos mizeráveis dos banqueiros brasileiros, aí pode!
Me faz lembrar um personagem do Chico Anízio: Vampiro brasileiro TCHU!
Esse gatinho e mais os dois filhos “fajutos” desse senhor certamente não são os únicos casos de fraude nesse programa, deve haver muitas outras, até piores por aí, ainda não denunciadas. O governo aumenta as exigências para se cadastrar no programa, mas as fraudes continuam. O Bolsa Família, além de não passar de uma esmola que acaba acomodando as pessoas que, mesmo tendo saúde, não procuram mais emprego, é enganador, pois deixa milhares de famílias na “fila” por muito tempo, esperando pela merreca, enquanto há gatos e outros benefícios irregulares sendo liberados por aí. O Raul tem toda a razão quando disse que deveria ser um programa transitório, que combinasse uma ajuda emergencial com uma futura geração de emprego e renda, porque os pobres precisam é de TRABALHO, não de ESMOLA. É preciso dar a vara para que a pessoa possa pescar o peixe e não uma piabinha já pescada.
Olá,
Envio um artigo que fiz sobre a relação Bolsa-Família e a criança na escola:
http://diariodoprofessor.com/2011/07/04/bolsa-familia-cortada-mae-de-aluno-no-mesmo-dia-na-escola/
Abraços,
Declev Dib-Ferreira