Blog do Raul

Paulo Barbosa

… Teatro Municipal de portas abertas

Santos retoma seu palco principal.
Santos retoma seu palco principal.
Foi uma feliz notícia da semana, a reabertura das cortinas do Teatro Municipal Braz Cubas. Durante as falas solenes, na noite de quinta-feira (12 de novembro), a soma de esforços de muitos para esse resultado foi realçada. Mas é sempre importante relembrar o quanto é difícil tomar uma decisão de interditar um prédio a serviço da Cultura.
No Brasil é assim, sem uma cultura de conservação e manutenção dos patrimônios materiais, governantes resistem em suspender atividades, porque a revitalização dos espaços não está no rol de prioridades, mesmo com riscos à população. Por isso este artigo e o reconhecimento do apoio do prefeito Paulo Alexandre Barbosa, nas reformas necessárias do Teatro Coliseu e diante da obrigação de fechar o Teatro Municipal.
Nossa primeira atitude, em janeiro de 2013, foi levantar necessidades dos teatros da Prefeitura para ter o AVCB. A resposta não nos surpreendeu. Havia muitos serviços a realizar, só não contávamos com as emergências, alertadas pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas – IPT.
A assistência técnica do IPT foi fundamental, em convênio firmado por meio do Programa de Apoio Tecnológico aos Municípios – Patem, no valor de R$ 180 mil, sendo R$ 134 mil do Governo do Estado e R$ 46 mil da secretaria municipal de Cultura – Secult. Com esse respaldo, houve a inspeção e avaliação das condições estruturais do Teatro Municipal, sobre a sustentação do urdimento na sala de espetáculos e as condições externas do Centro de Cultura Patrícia Galvão, com ferragens e desgaste estrutural aparentes.
De outro lado, uma inspeção extraordinária no Coliseu, às condições denunciadas por servidores e usuários desse teatro, sobre o funcionamento defeituoso do sistema de ar condicionado e do comprometimento das paredes históricas por conta de infiltrações dos telhados, foi determinante para fechá-lo antes, em abril de 2013, reabrindo um ano depois. O Coliseu foi recuperado graças à parceria da Prefeitura com empresas empreendedoras na região, que investiram R$ 2 milhões, como Responsabilidade Cultural.
No Municipal não foi diferente. Em julho de 2014, baseados em laudo crítico, o teatro foi interditado para substituir todos os tirantes do urdimento, e investimos R$ 428 mil até dezembro daquele ano, quando os serviços foram concluídos.
Desde o verão de 2013, o teatro tinha restrições de uso por causa da paralisação dos seus sistemas de ar condicionado. Com a interferência direta do prefeito, conseguimos que empresas doassem materiais e disponibilizassem mão de obra especializada para recuperar o sistema de refrigeração, substituir tubulações e corrigir instalações antigas das torres de resfriamento. Estimamos nesse quesito um empenho de R$ 65 mil, que chegou a R$ 120 mil no final das reformas, com o mesmo exemplo de Responsabilidade Cultural.
O orçamento projetado para as reformas, em julho de 2014, era de R$ 800 mil a R$ 1 milhão, e chegaram a R$ 875 mil. Somando os R$ 46 mil (IPT), R$ 428 mil (tirantes), R$ 65 mil (ar condicionado) – em nossa gestão; mais R$ 250 mil (diversos serviços), R$ 55 mil (complementares de ar condicionado) e R$ 30 mil (emenda parlamentar para Galerias de Arte) – com Fabião Nunes.
Felizes com a reconquista da população santista e com o reconhecimento geral sobre essas iniciativas, conforta manter e reconhecer o espírito público com a transparência republicana dos valores públicos aplicados e resultados para o benefício coletivo. (Re)bem-vindo, Teatro Braz Cubas!

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Responsabilidade Cultural no Teatro Coliseu

Vistorio semanalmente a evolução das obras
Vistorio semanalmente a evolução das obras
A chamada filantropia empresarial substitui a posição de maximização dos lucros dos acionistas por uma postura de envolvimento na solução de questões sociais, culturais e desportivas da sociedade. No Brasil, a responsabilidade social já é uma prática corrente das grandes corporações empresariais públicas e privadas. Hoje, no entanto, é possível observar experiências internacionais que difundem a ideia de que agir em benefício da sociedade é importante para o capitalismo moderno, mas principalmente para a democracia, independentemente dos estímulos criados pelos governos.

Em Santos, para agilizar ações de conservação e manutenção do Teatro Coliseu, o prefeito Paulo Alexandre Barbosa se empenhou na busca de apoio das empresas que prestam serviços e empreendem nas áreas públicas e privadas. A articulação foi pautada no modelo de Responsabilidade Cultural, no qual o desenvolvimento de atividades econômicas está atrelado ao fortalecimento dos vínculos desses empreendedores com a cidade que os acolhe.

Quando assumimos a gestão da Secretaria Municipal de Cultura, recebemos a missão de produzir um profundo levantamento do estado dos equipamentos do setor. E o Teatro Coliseu, pela sua natureza, valor cultural e grande frequência de público nos seus espetáculos, inspirou uma maior atenção. Por ser uma construção histórica, o prédio exige cuidados especiais e permanentes.

Coube à Secretaria de Infraestrutura e Edificações elaborar um laudo de vistoria técnica do Coliseu, com acompanhamento do IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas. O documento registrou as manifestações patológicas aparentes do imóvel, relacionadas a problemas de manutenção em vários itens físicos. A partir desse diagnóstico, priorizamos reformas e restaurações para a sua recuperação e devolução ao uso integral e seguro de atividades em benefício da comunidade local.

Foi muito difícil interditar, preventivamente, o Coliseu, porque se trata de uma atração ímpar aos eventos da cidade e da Baixada Santista. Em funcionamento há seis anos, após um longo processo de reformas, que impediu a sua utilização durante 10 anos, o teatro é um símbolo da cultura caiçara. Uma solução abreviada, dependente de verbas extra-orçamentárias municipais e do rito licitatório público da Lei Federal 8666, demandaria no mínimo 12 meses, com previsão otimista da sua reabertura no 2.º semestre de 2014.

A chance de uma nova e longa privação do acesso às atividades artísticas e culturais nesse teatro levou o prefeito a efetivar parcerias com duas empresas privadas. A iniciativa gerou investimento de R$ 2 milhões no Coliseu, sem qualquer ônus para os cofres da Prefeitura de Santos.

As intervenções devem estar concluídas em abril de 2014, de acordo com o cronograma fixado. Na fiscalização semanal dos trabalhos, o sucesso da ação é perceptível e crescente. Podemos afirmar que essa parceria é inovadora na relação entre o poder público e a iniciativa privada em ações de cidadania, no qual cada parte cumpre o seu papel social.

A classe empresarial tem hoje novos atributos de cidadania, fundamentados em direitos específicos e obrigações correspondentes. Como todo bom cidadão, o empreendedor deve se interessar por problemas comunitários e efetivamente contribuir para as suas soluções. É esse o novo papel que a sociedade espera dos seus gestores.

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“Novo PSDB” com Paulo Alexandre

Paulo Alexandre, o 1.º prefeito de Santos pelo PSDB
A vitória no primeiro turno das eleições para prefeito de Santos, do deputado estadual Paulo Alexandre Barbosa, é histórica para o PSDB. Ela acontece pela primeira vez desde a fundação do partido em 1988 e há fatores políticos exemplares que trago à discussão, principalmente aos simpatizantes, filiados e dirigentes tucanos em todos os níveis e localizações.
Inicialmente é preciso situar o Paulo Alexandre no cenário político atual, tanto em Santos, na região metropolitana da Baixada Santista e no Estado de São Paulo. Deputado estadual, no exercício do seu segundo mandato, entre os mais votados em 2006 e 2010, Paulo foi convocado pelo governador Geraldo Alckmin para missões estratégicas na sua atual gestão: inicialmente na Secretaria de Desenvolvimento Social, transformou em medalha governamental a rede de proteção das pessoas; depois, na Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, elevou os índices de novos empregos e de trabalhadores qualificados para a ocupação dessas vagas.
O mesmo Paulo, na gestão anterior de Alckmin, foi secretário adjunto da Educação e responsável pela implantação e execução do Programa Estadual “Escola da Família”. Os resultados de ontem e os mais recentes foram bastante exitosos, fortalecendo ainda mais o projeto político do PSDB, que construiu o seu nome como virtual candidato a prefeito de Santos, desde o dia seguinte das eleições municipais de 2008.
É sabido que o PSDB em Santos, que teve um dos primeiros diretórios políticos organizados no país, também é conhecido pela diversidade de correntes internas, que em eleições passadas colheu insucessos eleitorais, por sua desunião política. Foi assim logo em 1988, com a candidatura de Nelson Fabiano; em 1992, com Koyu Iha; em 1996 e 2000, com Edmur Mesquita; e em 2004, comigo Raul Christiano.
Em 2008 esse quadro começou a se modificar, quando o partido decidiu pela composição com o prefeito e então candidato a reeleição pelo PMDB, João Paulo Papa, ocupando a vice Prefeitura.
Rubens Lara, falecido antes das convenções que homologaram essa decisão, não conseguiu testemunhar os resultados advindos desse momento novo. Também não imaginou que Paulo Alexandre, um jovem e mais recente quadro político tucano, se aprofundasse na busca da convergência de objetivos com todas as lideranças das suas correntes, para fortalecer o PSDB com a união necessária de todos os seus pares.
Nessa nova fase do PSDB, testemunhei e participei de incontáveis encontros entre Edmur Mesquita, Bruno Covas e Paulo Alexandre. Os projetos políticos foram planejados nos níveis municipal (Santos) e regional (Baixada Santista), respeitando-se as vocações e disposições de candidaturas a deputado e às prefeituras, com base no empenho e construção de consensos.
Foi desse modo que, pela primeira vez na história do PSDB, Paulo Alexandre concorreu a Prefeitura de Santos com o apoio de todas as correntes internas. Louve-se que Paulo contribuiu para essa tendência harmônica durante todo o processo, desde as ações pré-eleitorais à elaboração de um programa de governo participativo e à consagradora vitória no dia 7 de outubro de 2012.
Essa atitude vitoriosa representa um exemplo para o PSDB, que ainda enfrenta dificuldades em muitos locais no território nacional, por conta da ambição de projetos pessoais e da falta de capacidade de buscar o diálogo, o entendimento e a convergência de objetivos políticos, antes mesmo de se utilizar os meios democráticos de participação e decisão partidárias, com primárias, prévias e convenções municipais.
Paulo Alexandre venceu a eleição municipal no primeiro turno, com 57,9% dos votos válidos. Disputa das mais difíceis, porque aconteceu com as participações de dois ex-prefeitos, de um candidato apoiado pelo prefeito mais bem avaliado da história de Santos e por um político com grande inserção nos meios estudantis da cidade. Sua campanha terminou do mesmo jeito em que se iniciou, exalando unidade e força internas do PSDB e dos 10 partidos que se uniram também para elegê-lo.
Leio que o presidente Fernando Henrique reafirma a avaliação de sacudir o PSDB com a renovação de ideias e para escapar da fadiga de material na maioria dos partidos hoje em dia. A intenção deste artigo é ratificar o ditado de que “uma andorinha só não faz verão!”

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