Notícia publicada nos jornais “O Estado de São Paulo” e “Jornal da Tarde” de ontem, praticamente encerram a história do relacionamento de Cubatão com a Escola Politécnica de Engenharia da Universidade de São Paulo (POLI-USP), que agora está a um passo certo de Santos. Pois é, enquanto a professora Márcia Rosa (PT), que antes de ser prefeita era uma fervorosa defensora do retorno da POLI-USP ao município, cria todo tipo de dificuldade para dar as garantias que a universidade precisa para funcionar de fato, o prefeito de Santos, João Paulo Tavares Papa (PMDB) deu xeque-mate: “Vamos oferecer condições para que a USP se firme aqui, pois ela é ferramenta essencial para o nosso desenvolvimento”.
No final dos anos 80 e início de 1990, a POLI-USP oferecia cursos de Engenharia em Cubatão. Para se ter uma ideia da importância desse fato, a unidade de ensino era uma referência e a cidade poderia ganhar muito mais com a sua presença, se os prefeitos não falhassem tanto nas contrapartidas necessárias para se manter em Cubatão. Relembro que o curso começou bem e teve o apoio do Pólo Industrial, que apostava na formação de profissionais para atender às demandas de produção.
Naquela época o cenário era muito mais modesto que as perspectivas reservadas atualmente à região da Baixada Santista. O governador Geraldo Alckmin e o secretário do Desenvolvimento Econômico, deputado Paulo Alexandre, vêm destacando que a Baixada será a região do Estado que terá um dos maiores crescimentos econômicos do país nos próximos anos, com os investimentos já anunciados pela Petrobrás e empresas do setor portuário. A Petrobrás gerará mais de 30 mil empregos diretos e indiretos, para jovens e trabalhadores qualificados e prontos para atuar nas suas atividades técnicas, de exploração, armazenamento e comercialização do petróleo e gás.
Cubatão, historicamente, perde os melhores empregos para trabalhadores de outras cidades e regiões do Brasil. A reinstalação da POLI-USP no município resultaria também na fixação de especialistas e professores mais próximos da comunidade e com grande capacidade de contribuir inclusive com a Prefeitura na realização de projetos e no encaminhamento dos cubatenses para a obtenção das vagas que seriam disponibilizadas.
Infelizmente a prefeita tem uma visão muito pequena da realidade. É prefeita mas age como política de algumas regiões atrasadas do país, pensando que o povo fica feliz com shows, patrocínio de subsídios elevados aos ônibus das linhas municipais e agora com uma Bolsa Família Cubatense. Ela só pensa em palanque, enquanto Papa e os demais prefeitos estão de olho no futuro e na sobrevivência dos seus cidadãos.
Lamento muito pela perda da POLI-USP Cubatão. E reparto com os leitores deste Observatório, a minha expectativa com um outro lado da história, sem meias palavras: logo passarão os 18 meses que ainda restam de desgoverno na Prefeitura. Cubatão merece um destino melhor!
Pois é amigo Raul.
E vocês se decepcionam comigo porque exijo demais, cobro demais, brigo demais. Onde está a força, o respaldo, a pressão que poderia ter sido feita em Cubatão? Acompanhei sua luta “solo”, com alguns poucos apoios!
Isso não está certo!
Não adianta que não tenho paciencia para esperar pelo amanhã.
Não é correto, não está certo, tem que haver meios legais. Tem que haver alternativa!
Eu sou brava mesmo. Muito. Mas jamais me desvio do que considero correto, doa a quem doer!
Abraços amigo.
Sinto muito, mesmo, pela luta inglória!
A imprensa noticiou o comentário do governador à possível instalação de um centro de pesquisa e desenvolvimento da USP na Vila Light em Cubatão. Mas e os moradores da Vila? Serão despejados ou poderão continuar habitando nestas casas? Pois todos eles estimam muito a Vila e querem permanecer lá.