Blog do Raul

A “Era da apatia” !

Como despertar a sociedade para mudanças de verdade no cenário político atual ? Essa pergunta virou lugar comum em qualquer situação. E o pior é que os seus autores quase sempre resistem às respostas, que remetem à democracia e às eleições, porque acham que a maioria escolhe errado na hora certa. Penso diferente e encontrei algumas justificativas coincidentes na leitura do livro “1968: O que fizemos de nós”, de Zuenir Ventura. Votamos em candidatos que são mais capazes na divulgação de suas idéias e que conseguem nos convencer que farão o melhor. Mas também acho que o desconhecimento da história dos pretendentes, por razões ideológicas ou de prioridades atuais, pode ser responsabilizado pelas escolhas superficiais, descomprometidas.

No meu período de militância mais aguerrida pelo socialismo, a opção pelo voto recaía em personagens que se diziam favoráveis àqueles ideais e isso era um bom motivo para lhes dedicar apoio irrestrito. A ditadura militar era suficiente para nos mobilizar contra e, desde o meu primeiro voto em 1978, muita água passou por debaixo da ponte. Agora fico refletindo sobre o que mudou em cada um de nós, com a democracia reconquistada e a mistura de opções políticas.

Zuenir tem uma resposta para explicar, na sua visão, o comportamento de uma parte dos alvos de uma eleição hoje: “Desapegada ideologicamente, essa turma bem de vida e de poder aquisitivo não se interessa pela política, não tem preocupações sociais e não protesta nem contesta, pelo menos da forma como faziam os seus antepassados quarentões e sessentões, anárquicos ou rebeldes. Em vez da militância, ela prefere a abstenção, a renúncia ou a dissidência. Nem mesmo a liberdade sexual se apresenta como reivindicação coletiva, talvez porque já tivesse sido conquistada pelos que vieram antes.”

Mas o foco da política nunca foi exclusivo das elites intelectuais. Convivi nos movimentos comunitários, sindicais e estudantis com pessoas preparadas para lutar por ideais como o fim das desigualdades sociais e pelo direito de conduzir política e administrativamente o seu próprio futuro. Só acho inaceitável a inversão de valores, que de forma crescente virou justificativa para aumentar a importância de quem leva vantagem em tudo. Isso tem sido fatal para quebrar a confiança nos sentimentos autênticos da sociedade, quando alguém ousa vender a idéia de que muda as coisas sem se importar com valores éticos e morais, sacaneados por uma parte significativa dos políticos com mandato.

Votamos em candidatos que são mais capazes na divulgação de suas idéias. Eles saem vitoriosos das disputas eleitorais e se sentem livres das cobranças dessas idéias, porque no Brasil também virou lugar comum saber dos políticos apenas quando os seus nomes aparecem em escândalos no noticiário. O livro de Zuenir Ventura nos permite viajar na evolução do comportamento da sociedade brasileira, relacionando conquistas e tentando explicar essa falta de espírito de luta em nossos dias.

Especialistas em comportamento social mostram pessimismo, quando o tema em debate é a política na sua essência. Definem essa nossa época como a “era da apatia”. Por isso, nesse mundo sem bandeiras e palavras de ordem, o desafio de mobilizar a sociedade para realizar mudanças, que ela nem bem sabe por onde deveria começar, passa obrigatoriamente pela educação. Para um bom começo, Educação é tudo!

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17 comentários em “A “Era da apatia” !”

  1. Raul, muito bom o tema “era a apatia”, pois estamos mesmo passando por isso, que pena. Quanta saudade de Mário Covas; ele não ficaria apático nunca nos dias de hj. Mas, estão surgindo pessoas capazes de mudar o cenário atual, ainda bem. Abçs, Jair Lopes.

  2. Nicola Margiotta Junior

    Amigo Raul,
    Realmente vivemos na “era da apatia”, onde a rapidez e o grande numero de informações parece ter vencido o debate profundo de uma politica mais comprometida com a essencia da sociedade. Sem duvida isso é fruto da ausencia de educação, que acaba por não formar cidadãos.
    Forte abraço Nicola
    http://twitter.com/NicolaMJr

  3. Em tudo fazemos politica, seja em casa ou no botequim da esquina, a politica faz parte desde as primeiras eras de nossos ancestrais. Ela esta no comportamento no dia a dia de cada um de nós, ela esta no acordo com seu filho e até neste breve relato que faço aqui.
    Agora Falando de POLITICA, aquela que vai a URNA e voce é OBRIGADO a Satisfazer a LEI, mesmo sendo contra o voto obrigatório. Esta Politica não tem IDEAL, raramente algum candidato se mostra IDEALIASTA em ver seus compatriotas em um País melhor. Hoje o cenario politico é estremamente profissional como se mostrou o nosso PRESIDENTE da Republica, deixando seus ideais de lado e renunciado a tudo aquilo que ele disse nos palanques deste BRASIL afora, Por falar em Palanque isso ele é especialista.
    Acabou-se o o IDEALISMO.
    abraços

  4. Luiz Paulo Neves Nunes

    Saudações

    Dois pontos me trouxeram à reflexão depois da leitura deste post do blog do Raul:

    A banalização do escândalo, em geral, não choca mais como antes um escândalo. Acaba sendo esperável que alguém que esteja exercendo cargo público seja acusado de favorecimento, desvio de verbas, enriquecimento e quando não existem evidências, mesmo assim acontecem acusações, denúncias, com grande alarde, deixando enlameado todos os participantes da política, mesmo que alguns simplesmente não tenham culpa nenhuma.

    A outra reflexão vêm da observação do cotidiano, nas salas de aula, onde a atividade política é vista com desconfiança e distância, sem a devida relação com todas as situações cotidianas, como a escolha de um lanche, de um refrigerante ou uma camisa, que, assim como a escolha de um candidato está, mesmo inconscientemente, impregnada de política.
    Esse empirismo me dá argumento para entender que essa apatia dos filhos/ netos de 1968 não é apenas brasileira, em geral, no mundo, a atividade política está em crise. Não tenho a resposta, mas alguns indícios são patentes: O que mobiliza a “garotada” (e eu me incluo nisso) é a interatividade, a participação efetiva, coisa que passa longe do atual modelo representativo. Mesmo com as inovações da Constituição de 1988, como a criação de Conselhos Nacionais, Estaduais e Municipais, que supostamente, permitem a participação popular, já temos vícios e “panelinhas”, muito se assemelhando ao modelo representativo.

    Ainda se considerarmos o novo paradigma que está se estruturando no século XXI, sob a forma de organismos supranacionais, que têm a autoridade de deliberar acerca de determinados assuntos, num processo de quebra, ou flexibilização das soberanias nacionais, fica cada vez menos relevante a contribuição desse representante, e cada vez mais importante à formação técnica do burocrata, que atuará nesse organismo supranacional. Sendo assim, para que política? É isso que perguntam esses jovens apáticos.
    Não podemos nos abater! Sabemos a necessidade do exercício da democracia, pois nossos pais e avós sofreram e sangraram para que nós tivéssemos a liberdade de escolher, até que essa escolha seja não escolher nada. Se assim agimos, não escolhendo, devemos ter consciência que isso é também uma opção política.
    Mas, assim como na educação, a democracia é um processo lento, as vezes difícil, mas sempre recompensador.

    Abraço

    Prof. Luiz Paulo Neves Nunes
    PSDB – Guarujá

  5. caro Raul, falemos de Educação sim, é fundamental.
    Mas o fato primordial dessa apatia é a perda de referências. E isso infelizmente ocorre a partir do seio familiar. Afinal o que falar de um estilo de família em que as conversas se dão por flashs de tempo? Em que pela manhã saem de casa pai e mãe, e ficam os filhos a serem educados pela TV, ou agora pelas diversas midias tecnológicas, ou pelo vazio de atividade nas classes mais pobres? Vivemos numa sociedade em que o contato com o Outro perde-se diante à velocidade do cotidiano e das necessidades impostas pelo mercado de consumo. Lembro que meus pais sempre falavam de suas infâncias como um lugar mágico. Nelas, dois momentos pareciam ser de plena felicidade: o fim de tarde à esperar o pai chegar do trabalho (um deles conta da correria que era entre os filhos pra ver quem abria o portão primeiro), e a noite, das conversas as calçadas.
    O mundo que criamos acredite, afasta as pessoas das outras, e de si mesmas. É muita parafernália, é muito “combo”, muita banda larga e canais de tv à cabo. Recorro ao sociólogo Domenico de Masi ao dizer que nós nos educamos tanto mas esquecemos de nos preparar para aquilo em que passams a maior parte de nossas vidas: o nosso “tempo-livre”.
    Contra a apatia penso am algo mais imediato: A redução da jornada de trabalho! E daí quem sabe torcer para que as pessoas ocupem seu tempo livre com outras pessoas. É preciso recriar referenciais, e estes podem estar ao nosso lado.

    Abraços,
    D.

  6. Ernesto Donizete da Silva

    A falta de “ação” causa tudo o que estamos vivendo, nesta verdadeira crise social na qual o Brasil está assolado. Não existem mais princípios morais e éticos, orientando a vida em sociedade e a grande maioria possui olhos apenas para sua própria vida. O outro que se dane; o outro serve somente para ser usado para que consigamos o que queremos – tática tão utilizada no meio político – no qual, muitos dos que estão no poder somente “lembram” do eleitorado, alguns meses antes da eleição.

    Acredito que muitos que lêem o blog, ouviram quando crianças, ainda “nos bancos escolares”, que o futuro da Nação eramos nós as crianças. E tenho certeza que muitos de nos, sonharam em fazer a diferença, em defender o próximo, em minimizar as diferenças, em tentar lutar realmente pelas igualdades, etc.

    Uns poucos tentaram, um número ainda menor conseguiu. E hoje, deixamos de acreditar no sonho de criança em tornar o mundo melhor. As obrigações do dia-a-dia, a frenética busca por dinheiro (que sempre cresce), justificam não estarmos atentos ao que ocorre a nossa volta, o fazemos apenas quando somos atingidos por algo; nestes casos a preocupação é apenas uma manifestação do nosso egoísmo e egocentrismo.

    Hoje, muitos de nós, “passamos a bola” e empurramos para as gerações mais novas a responsabilidade pela nossa inércia. Estamos vivos, temos a experiência que a vida nos deu ao longo dos anos, temos conhecimento, temos tempo de vida… então fica a questão, porque não fazemos a nossa parte?

    E a nossa parte não consiste apenas em continuar falando, sem nada fazer. Mas, ao contrário, devemos falar menos e fazer mais… fazer algo… ou senão estaremos adotando a mesma postura de retórica falaciosa adotada por inúmeros políticos e pseudo-intelectuais.

    A importância da educação é indiscutível. Mas, qual é o governo que deseja realmente um povo culto, com senso crítico, com autonomia, capaz justamente de cobrá-lo no exercício de sua cidadania? O melhor é dar muita NOVELA, FUTEBOL E CARNAVAL – pois os “ópios” do povo, aplacam as ações, conduzem a inércia e possibilita o controle das massas.

    Em suma, retrato o que penso com um conhecido adágio popular:

    “UMA AÇÃO VALE MAIS QUE MIL PALAVRAS”. Será que você está fazendo sua parte, ou é apenas mais um que muito fala, muito balbucia, mas também está INERTE?

    Acorda Povo Brasileiro!!!

    Ernesto Donizete da Silva
    PSDB/SANTOS

  7. Parabéns pelo tema, amigo e companheiro Raul.
    Outrossim (Chateaubriand proibiu essa palavra aos “seus” jornalistas nos Diários Assoc.), a solução para a apatia, EDUCAÇÃO. Sim, sim, sim…porém, meto a colher nessa real questão crucial brasileira:

    EDUCAÇÃO NAS ESCOLAS (AGENTES DO ESTADO)
    EDUCAÇÃO NAS INDÚSTRIAS CULTURAIS (AS QUAIS SÃO NADA MAIS NADA MENOS DO QUE CONCESSIONÁRIAS DO ESTADO
    EDUCAÇÃO NAS OUTRAS MÍDIAS DA PROPAGANDA E PUBLICIDADE
    UTILIZAÇÃO INTENSA DA INTERNET NOS NÍVEIS LINGUÍSTICOS ADEQUADOS AOS DIVERSOS PÚBLICOS ALVOS

    EDUCAÇÃO COM OS CONTEÚDOS DOS PRINCÍPIOS UNIVERSAIS DA DEMOCRACIA (NAS ORGIENS E NÃO NOS PERCURSOS CORROMPIDOS)
    LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE

    EDUCAÇÃO PERSUASIVA QUE VENHA NO MAIS CURTO ESPAÇO DE TEMPO A INFLUIR NA CULTURA DO BRASILEIRO (ATUALMENTE SÓ INDIVIDUALISTA E CONSUMISTA) MEDIANTE O *MARKETING* DOS NOSSOS REAIS VALORES COMPORTAMENTAIS;INDÍGENAS; AFRICANOS
    E DAS DIVERSAS IMIGRAÇÕES HISTÓRICAS QUE POR ASSIMILAÇÃO SE FIZERAM COMO *BRASILEIRISMOS* *VALORES HUMANISTAS*

    Desculpe-me pelo teor óbvio, simplório e proselitista.

    Um grande abraço e ótima semana.
    Ivan Alvim

  8. Amado Raul ,

    A pauta do dia, é bem complexo no seu contexto, por conta da falta de comprometimento por parte dos políticos da atualiadade. Tudo isso se arrasta há muito.
    O grande paradoxo disso tudo, é a pessoa, nao se corromper no meio do caminho; facilidades mil, como vc citou: levar vantasgens em tudo.

    Numa eleição, damos apoio a determinado candidato, que se aproveita de nossa cumplicidade, no sentido propriamente dito, pq te apresenta varios projetos, e nem de longe os cumpre, vc entrega, sua linda carinha a tapa, diante da sociedade que o conhece, e o cara simplesmente te dá as costas, sem ao menos um feedback…(lamentável).

    Afinal, tu emprestou tua imagem, e as pessoas que o conhecem , certamente irao acreditar em vc, pq vc acreditou em alguém, que perdeu o foco no meio caminho.

    Ainda bem, que existem poucos, porém, confiáveis, pessoas de caráter, que podemos dar um ou mais votos de confiança, seres empreendedores, que acreditam num mundo melhor.

    No mais, é marketing..

    Forte abraço e uma semana abençoada por Deus e bonita por natureza…com chuva até aqui.

    Marcela Marta Lima Alves dos Santos

  9. PAULO MATOS

    OLÁ, RAUL. NÃO CONSEGUI ME ENVOVER NESTE TEXTO. O QUE É A “ERA DA APATIA” SENÃO A EXPRESSÃO INDIVIDUAL E INDIVIDUALISTA DE PESSOAS QUE ABSORVERAM IDEAIS TAIS? A CONCEPÇÃO COLETIVA TEM UMA NATUREZA, UMA ESSENCIA, NÃO PODE SER IMPLANTADA POR PROGRAMAS GOVERNAMENTAIS. É DA ÍNDOLE, PESSOAL, IDIOSSINCRÁTICA, PRÓPRIA E AUTÔNOMA, CAPAZ DE SER GERADA E EXPANDIDA PELO GENIO DOS SEUS DETENTORES OU ESMAGADA PELA MEDIOCRIDADE DE SEUS INTERLOCUTORES. SEM A MODIFICAÇÃO DAS FÓRUMULAS ESTRUTURAIS DA DIREÇÃO GOVERNAMENTAL E ADMINISTRATIVA FALAR DOS SISTEMAS ATUAIS É VERSEJAR NO DESERTO… VAMOS SEGUIR OS GRANDES IMPULSOS E TENTAR DAR-LHES COERENCIA, SIGNO E COMPROMISSO. O RESTO É BOBAGEM…

    Paulo Matos

  10. RAIMUNDO ROSA , BRASIL .

    RAUL MEU IRMÃO VOCE TERA SEMPRE TODO MEU APOIO .

  11. florcema bacellar

    A apatia é a falta de emoção, motivação ou entusiasmo. É um termo psicológico para um estado de indiferença, no qual um indivíduo não responde aos estímulos da vida emocional, social ou física.
    O “Dicionário de termos técnicos de medicina e saúde”, de Luís Rey, registra : “Estado caracterizado pelo desinteresse geral, pela indiferença ou insensibilidade aos acontecimentos; falta de interesse ou de desejos”
    .

    O que resulta essa apatia?
    Color Senador..Sarney no congresso…, Paloci se candidatando…
    A ciência poderá ter encontrado a cura para a maioria dos males, mas não achou ainda remédio para o pior de todos: a apatia dos seres humanos. …
    Mas a esperança em pessoas como vc nos abre uma porta…
    para a cura deste mal.
    Flor

  12. Raul,meu querido amigo, é mais bonito ser Che Guevara do que ser Fidel Castro eómais facil fazer uma revolução do que consolidar seus objetivos.
    Raul embora vc seja um jovem senhor, no auge dos 51 anos recem conquistados, esta embarcando neste papo de velho da minha geração.Somos uma geração que lutamos na “revolução democratica” agora é o momento de consolida-la.
    Eramos “guevaristas” hoje deveriamos ser mais “fidelistas”,e não é facil não é nada glamuroso.
    Raul, somando a este lamentar de velhos companheiros juntam velhos e novos reacionarios que nunca foram de esquerda, só não digo nunca serão pois minha ideologia não permite, veem cobrar coerencia de ideias e posturas que eles combateram e combatem hoje.
    Raul, apatia onde, poderia descrever longamente o fervilhar da juventude no Brasil e no mundo, das lutas dos povos contra a opressão em lugares onde a midia pouco comenta ou nos lugares de mais visibilidade como o Iraque.Mas o grande problema não são apontar os exemplos, pois os estudiosos afirmam que os fenomenos sociais não são facilmente visíveis, mas continuar lutando para que mais pessoas rompam estas cadeias invisiveis que aprisionam as mentes de gerações e gerações. Abraço

  13. Parece que estamos acordando dispensando a ignorância cega

    Nos tempos atuais e preciso fibra para suportar o pavio, quem deve dar exemplo por ter sido eleito, não pode continuar fraco no palco, e forte na conta bancaria.

    No presente exemplos tem de monte se expor todos quando terminar já estaria em outro planeta seria um fraco, no lugar do forte

    Forte não tem idade Lula, Aécio Neves, Barack Obama Jose Alencar, Ratinho Roberto Carlos Supernnany, Silvio Santos, Edir Macedo, Paulo Coelho, Pele, Maradona, Kaká, Dunga, Ciro Gomes, Dilma, Kassab, Serra, Nelsinho Traad

    Link da superação diz que a idade só atrapalha quem não acredita nela

    http://ultimosegundo.ig.com.br/bbc/2009/09/14/cantora+de+92+anos+chega+ao+topo+da+parada+britanica+8423934.html
    Link Lula adoça a ficção que ta coincidindo com a realidade para o futuro de todos terem educação da barriga da mãe ate a profissionalização nasce com direito isso e a função de todos que administram os recursos dos acionistas

    http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2009/09/14/educacao+e+condicao+basica+para+entrar+no+grupo+dos+desenvolvidos+diz+lula+8424959.html

    Com isso vai chegar o dia em que votar vai ser uma coisa simples sem sair de casa pela internet, mas com a responsabilidade do tamanho da realidade

    Toda informação precisa ficar livre como a liberdade de expressão, num futuro breve a economia vai ficar livre como um passarinho voando em todas as direções

    Porque tudo que diz a respeito em relação ao patrimônio publico, o nome já diz pertence aos sócios do pais, que somos todos nos como investimento coletivo, porque ainda ta amarado no cabresto se já devia estar tudo livre, para ser acessado por quem quiser dar uma mãozinha para melhorar a informação para todos progredir

    Assim acaba com essas novelas que ficam enrolando o dinheiro do povo ficar com transparência e o único caminho que elimina os desvios documentados por dentro

    A desunião dos meios e que facilitam a corrupção, desviando atenção sempre enrolando, mas vai ate quando com essa revolução que começou com a internet vai levar a informação para todos saberem como tudo funciona na pratica

    Na ficção http://www.ficcaoglobalizada2015br.blogspot.com/ tem a indústria do lucro sem capital, que na pratica e a fabrica que desvio por dentro
    Por outro lado foi a primeira vez que o mundo chega a ter tudo nos bancos de dados, provocando um vácuo na economia que gerou essa crise da informação,

    Que passou, mas parece que tão querendo levar outra tacada, por que falta sintonia dos meios cada um de nos ta querendo ser o papa tudo, no tanta faz para ser herói ou vilão, desde que a grana entre não importando como e o resto que se dane

    Como muitos dizem você não tem nada com isso, deixam levarem não e problema seu, se essa filosofia não for dispensada nem os nossos descendentes vão ter escola

    A garantia vem com o resumo do futuro no Projeto Felicidade para Todos, passando todos benéficos para um só, em vida nasce vai para o fundo motivador educacional, morre acaba

    De troco gera todo tipo de transparência, na chega do imposto e moeda única enterra toda burocracia existente do presente

  14. Luciano jessu de Araujo

    Este blog se mostra de grande valia por apresentar as pessoas como interlocutores de opiniões formadas com educação de niveis superiores ao comum. Mas Raul,se deixarmos o induzir como caracteristica genetica do gestar publico visando o despertar da sociedade não muito evoluiremos.Se há por um lado o problema da democracia nos anais partidarios e correlatos,por outro há o didatico sendo suprimido do processo evolutivo, mesmo que a reforma politica discutida e debatida por eleitos interessados em um “terceiro mandato” fosse pauta com os caminhos peroridos e os a serem percorridos trouxessem mais cadeiras cargos e funções para que as bancadas mantivessem seu interesse, nada andiantaria se a base desde a filiação primaria não se caracteriza-se por uma educação politica.
    A educação, base decisiva eletiva, deve estar desatrelada do poderio economico como este se encontra, ao inves de se fazerem pedintes os pleiteantes deveriam “passar” porsuas bases necessitadas orientando seus diretorios, respeitando as ultimas eleições e seus numeros, dando a chance de levar informação,etc,utilizando-se de tecnologia como as disponiveis, mas claro que seus custos são transitivos no colher,por isso a democracia Brasileira se encontra pre-historica em relação a chamada sustentabilidade global.
    Se a educação politica esta arcaica, a economica ,tambem conhecida como capitalismo, esta em equivalente degrau, não se pensa uma reforma tributaria datada em um futuro, se por um lado a necessidade fiscal se faz por outro a hereditariedade se perpetua como desigualdade social e privilegiando seres de menor potencial por mecanismo criados por caminhos de poder e supremacia de raças, para isso basta avaliarmos os indices de violencia e o descaso alheio, como se os humanos estivessem em uma batalha contra a vida entre si, cada qual representa sua “familia” os demais os são exterminaveis mesmo que inconcientemente, Raul nossa educação não passa de artificio de status, onde tratamos os demais como se inferiores o fossem.Para não rotular como opinião minha cito os estatutos ,leis e afins que regulamentam os cargos salarios e carreiras publicas. Não se pode continuar com esta oprganização de sociedade em que nos encontramos, estamos eternizando as desigualdades ,aprisionando a todos de alguma forma e mesmo que leve mais tempo, o que a natureza não se mostra feliz, a catastrofe será o resultado, deixemos o tempo dos dinossauros e passemos a de fato utilizar o poder publico como ferramenta, poderiamos ficar aqui ou em qualquer outro meio por anos a debater este tema educação e afins , mas como o “banco” ser duro e a poupança ser de carne, deixo a finalização no campo da “ditadura”, fazer o que for preciso, respeitando o que foi adquirido e extinguindo o que é prejudicial, Justiça,Justiça….Lj.

  15. zeca sadeck

    Raul,
    vou engatar aqui pra falar um pouco sobre o que você disse hoje no twitter sobre os filhos daqueles que colaborarm com a ditadura.
    Isso aconteceu com meu pai nos anos 60. Quando o Covas foi preso e mandado para aquele navio que ficava entre a Ilha Barnabé e o porto, para onde estavam sendo mandados todos os presos políticos aí da região, o Mário Covas PAI foi falar com o meu avô, que era do comércio do café, aí em Santos, e o Covas pai era nosso funcionário. Meu avô, então, foi falar com os conhecidos que tinha no comando da região pois, num primeiro momento, ele apoiou os militares e tinha contatos com alguns deles, e disse que o Mário era bom moço, que era tudo um engano, que isso, que aquilo e acabou por convencê-los. Deram a ordem de soltura, mas alguém teria que ir até o navio para buscá-lo, e o escolhido foi o meu pai.
    Ele falou com um vizinho que tinha um barquinho de pesca e lá foram buscar o Zuza.
    Chegando, meu pai embarcou e o amigo ficou esperando no barco. Meu pai disse que nunca sentiu tanto medo. Achou que os militares podiam encrencar com as ordens de soltura e acabar prendendo a ele por lá, também. Ele entregou uns papéis que tinha recebido e trouxeram o Mário depois de uns minutos. Ele estava barbudo e abatido, e parecia que não tomava banho fazia alguns dias. Desceram correndo até o barco, com medo do oficial mudar de idéia e voltaram para Santos. Chegando em terra foram embora rapidinho, um para cada lado, e o resto a história registra.
    Alguns anos depois, meu pai acabou sendo preso também, quando foi chamado para um depoimento, mas coisa de algumas horas. Ele disse que teve sorte de só receber uns telefones na orelha.
    É isso…
    zeca.

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