São Paulo vive um novo capítulo no seu desenvolvimento econômico. Recentemente o governador José Serra anunciou que a Sabesp duplicará os seus investimentos no período 2007-2010, chegando à casa dos R$ 6 bilhões, e que o trecho Sul do Rodoanel já iniciado consumirá pelo menos R$ 3,5 bilhões. Nesta semana, depois da publicação de notas especulativas pela imprensa sobre um grande empreendimento portuário em São Paulo, a resposta partiu da iniciativa privada: um forte grupo empresarial brasileiro saiu do anonimato para anunciar a construção de um moderníssimo porto no município de Peruíbe, a 70 quilômetros de Santos.
Suas obras envolverão cerca de R$ 5 bilhões, numa planta de 53 milhões de metros quadrados, para movimentar no futuro até 50 milhões de toneladas anuais, entre contêineres, carga geral, fertilizantes, grãos, minério-de-ferro e etanol. O "Porto Brasil", como já foi denominado pelos seus empreendedores, vai gerar 10 mil empregos diretos e vai fazer com que Peruíbe fique "de cabeça para baixo", segundo o empresário do Grupo EBX, Eike Batista. Seu sócio, da LLX, Ricardo Antunes, diz que a oferta de empregos indiretos é espantosa: "para cada emprego indireto criado, entre três e quatro postos serão gerados indiretamente".
Conforme as aplicações de maquetes preliminares sobre o mapa do Litoral Sul paulista é possível dizer que fica decretada a redenção econômica das regiões da Baixada Santista e do Vale do Ribeira. Tudo parece tão soberbo que chego a pensar que tudo não passa de um sonho. Ou melhor, virtualmente falando, que estou hipnotizado feito avatar no Second Life (ambiente virtual e tridimensional que simula em alguns aspectos a vida real e social do ser humano. Conforme explica a Wikipédia, dependendo do tipo de uso pode ser encarado como um jogo, um mero simulador, um comércio virtual).
Os estudos ambientais já foram contratados pelos empresários, que não escondem o desejo de começar as obras em 2010. Pensando o desenvolvimento regional em voz alta, porque as reações são positivas de todas as frentes para a concretização do "Porto Brasil", acabo de lembrar que as autoridades ambientais rejeitaram há poucos anos a implantação do "Parque da Xuxa", em Itanhaém. E os projetos são incomparáveis. É sempre bom lembrar que o Litoral Sul, apesar de mais descampado que o Litoral Norte, é entrecortado de áreas de proteção ambiental, Parque Estadual da Serra do Mar, reserva da Juréia-Itatins etc.
Por outro lado, faz pouco tempo que a rodovia Padre Manoel da Nóbrega foi duplicada, depois de anos de espera, e precisará de reforço em sua infra-estrutura, por conta do tráfego pesado de caminhões. Mas há sinais fortes e decididos emitidos pelo próprio governador José Serra, conhecedor desse cenário e na hipótese do empreendimento se confirmar: é possível retomar o plano de ter um acesso rodoviário direto entre o Litoral Sul e a Região Metropolitana de São Paulo, com a encantada Estrada de Parelheiros.
Além disso, conforme as previsões e dentro do seu leque de possibilidades, o "Porto Brasil" exigirá o prolongamento da duplicação da rodovia Padre Manoel da Nóbrega, de Peruíbe até a BR-116; sem falar no sistema ferroviário de Peruíbe até o Porto de Santos, com uso misto, ora de cargas, ora de passageiros. Não podemos esquecer que o prefeito de Praia Grande, Alberto Mourão, também revelou um projeto importante para a Baixada e que poderia se integrar ao novo complexo econômico: o aeroporto regional de cargas.
Para as principais cabeças locais do planejamento, a Baixada sempre teve no turismo a sua vocação natural – mar, praias, recantos históricos, lazer. Entretanto, sempre tratou com muito desleixo e amadorismo esse setor; porque a arrecadação tributária e os melhores empregos eram restritos ao Porto de Santos e ao Pólo Industrial de Cubatão, verdadeiras molas propulsoras da economia regional.
Se o "Porto Brasil" sair do Second Life, onde parece que ele está mais consolidado hoje, a Baixada Santista entrará num mundo novo, numa outra dimensão. Sempre considerada a "porta aberta para o mundo", experimentará de fato e de direito esse momento de prosperidade.
Raul, mais uma audiência pública foi cassada da atual Sra.Prefeita e/ou ex-prefeita e cia., agora para tentarem mudar o plano diretor(PD) e assim beneficiar os empreendimentos portuários e industriais, menos em reserva indígena ou ecológico, na área do Taniguá, aquela mesma onde o Eike quer ou queria construir o porto brasil, sendo que este mesmo PD foi aprovado na mesma gestão destes que agora querem o mudar…, atitude um tanto que ESTRANHA desses “Legisladores” não???…
Parece que nosso amigo Luciano está certo,no second life levanto-se capital para porto virtual,o dr.herdeiro do espólio Leão Novaes já recebeu a primeira parcela referente a compra da fazenda,o resultado das sondagens confirmaram o que estava no “mapa da mina” (presente de pai para filho)areia rica em urânio.Peruíbe assistira mais uma novela,e ficará mais difícil os ecochatos tentarem interferir no sinal pela segunda vez.