Ainda há muita expectativa sobre os investimentos definidos em pouco mais de R$ 4 bilhões, para a construção do Porto Brasil (Superporto de Peruíbe). As últimas notícias, no mês passado, davam conta que o grupo empresarial de Eike Batista, o homem mais rico do país, havia protocolado o plano de trabalho para a elaboração do Estudo de Impacto Ambiental e do Relatório de Impacto Ambiental (EIA-Rima). No último final de semana, Eike Batista ganhou destaque na mídia e, conforme reportagem na revista Exame, "não esconde o prazer juvenil que sente ao calcular sua fortuna, na ponta do lápis".
Realmente são descabidas as dúvidas que recheavam o noticiário, dando conta que em nenhum momento aparecia uma explicação de onde sairá tanto dinheiro para o empreendimento de Peruíbe. O sucesso empresarial e o lastro econômico e financeiro de Eike Batista são uma garantia, sem dependência do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, sem promessas e protocolos de intenções.
Pelas informações que pude acessar pela Internet, a área comprada é de 24 milhões de metros quadrados, para as construções do superporto e de um complexo industrial denominada Taniguá, que se localizará atrás da faixa de mar.
O projeto é tão ambicioso que, além da atividade portuária, sua retroárea abrigará as seguintes atividades industriais: automobilística, elétrica, centros de distribuição, pátio para contêineres vazios, centros de pesquisa, fabricação de pré-moldados de concreto, fabricação de máquinas e equipamentos, processamento de carnes e de alimentos em geral.
Se o leitor deste blog conhece Peruíbe, sabe que é uma das 15 estâncias balneárias do Estado de São Paulo, dona de inúmeras belezas naturais, espalhadas pelas suas praias, rios, montanhas, cachoeiras, sítios arqueológicos, aldeia indígena; com destaque para a Estação Ecológica da Juréia-Itatins e um povo pacato, estimado em 65 mil habitantes no ano de 2006.
Daqui a 35 meses, conforme as previsões para a liberação da licença prévia do empreendimento, o Superporto de Peruíbe sairá do papel e Eike Batista (detentor de uma fortuna de US$ 16 bilhões) dará mais um passo no seu sonho de alcançar e superar Bill Gates, o homem mais rico do mundo, no alto dos seus US$ 56 bilhões.
A região vive o seu momento de prosperidade e pode parecer contraditório expor as duas faces da moeda de sua própria sorte. Ao mesmo tempo em que este texto é produzido para refletir sobre os impactos econômicos importantes para a Baixada Santista, com o Porto Brasil, quem sabe o governo federal começa a reagir para melhorar a infra-estrutura do Porto de Santos, no momento em que se comemora 200 anos da abertura dos portos e da inserção do país na cena internacional.
Olá Raul,
Muita oportuna a sua opinião a respeito do Porto Brasil. Gostaria de fazer um comentário e ouvir uma opinião sua sobre o que vou expor, para que eu possa tirar a cisma que tenho. Como homem de comunicação sei que saberá avaliar corretamente isso. Desde que foi anunciado o empreendimento Porto Brasil, eu, assim como você santista, percebo que após a notícia de capa estampada pelo jornal A Tribuna houve um tipo de “abafa” neste assunto. Tenho a sensação de que houve uma “reação orquestrada” para colocar alguns obstáculos no caminho do sucesso desse empreendimento. É como se pensassem assim: “este Porto Brasil vai acabar com a economia de Santos e cidades limitrofes e apagar a estrela de primeira grandeza do nosso histórico porto”. Será que estou enganado? Passei a perceber em outros jornais da cidade, o Boqueirão News e o Jornal da Orla, notícias, para mim plantadas, desmerecendo e descreditando a pessoa e a fortuna de Eike Batista. Preste atenção nisso. Coincidentemente, neste dia em que você coloca esta opinião no seu blog, a FUNAI, aliás, o presidente da FUNAI, esteve em Peruíbe para anunciar a demarcação das terras indígenas exatamente aqui em Peruíbe, e só aqui em Peruíbe. Porque será? Porque esta preocupação agora com Peruíbe? É sabido que um dos maiores entraves que Eike Batista enfrentará ou já está enfrentando é exatamente estaquestão das terras indígenas. E agora vem o presidente da FUNAI, depois de 508 anos demarcar terras indígenas em Peruíbe? O Jornal da Tribuna (TV) noticiou o fato. O interessante é que um dos índios responsáveis pela aldeia disse que apesar da demarcação, nada vai mudar, pois aquelas terras já foram devastadas. É como se esta “orquestração do contra”, tivesse subido a serra, subido o planalto e pousado em Brasília para de lá (a coisa fica mais fácil e forte), tentar impedir a implantação do empreendimento em Peruíbe. O Litoral Sul enriquecerá? Santos vai perder recursos? Este pensamento é uma grande besteira e muito arcaico. Ou será que eu é quem estou pensando besteira? Qual sua opinião?
Aproveito e pergunto se esta opinião eu posso publicar no Jornal do Esporte em forma de artigo.
Um abraço,
Washington Luiz Jesus dos Reis
Peruíbe
Raul, parabéns pelo artigo, vc está antenado no problema do desenvlvimento da Baixada Santista e Vale do Ribeira e não foge de temas polêmicos.Abraço
Ontem tivemos um representante da LLX na reunião do Conselho da Cidade. A pauta era a exposição do projeto, mas como as perguntas não eram favoráveis o presidente do Conselho encerrou a reunião, mesmo com a presença de vereadores, conselheiros e dezenas de cidadãos.
A reunião era mais um amontoado de besteiras, pois o projeto não tem consistência. Há algum tempo você escreveu – Porto Second Life, referindo-se ao jogo virtual, pois continua igual.
1- O licenciamento é federal e a empresa deu entrada na Secretaria Esdual. A idéia é dizer aos incautos que eles tem preocupação ambiental e seguem a lei. Mentira
2- Sr Washington, o Indígena que deu entrevista n’A Tribuna pode ser visto falando exatamente ao contrário em – http://www.youtube.com/watch?v=T6Rsu7H–1Q . Porque a mudança? Porque o Dr. Salomão, diretor do projeto, ofereceu, em nome da LLX a compra de um Hotel Fazenda, conhecido como Fazenda Bargieri e uma soma em dinheiro para investimento. O sr mudaria de opinião se ganhasse um Hotel Fazenda com 15 chalés e dois mil reais por mes?
3- A terra indígena está sendo demarcada há 6 anos. O Presidente da FUNAI veio até a Aldeia para desfazer as mentiras contadas por este grupo desonesto. O Dr. Salomão infiltrou índios de outras etnias para dizer aos Indígenas que a terra estava vendida e que eles deveriam pegar qualquer oferta para não sair com as mãos abanando.
O Grupo EBX deixa um rastro de destruição, contravenções e crimes ambientais e sociais por onde passa. Não queremos estes sujeitos aqui.
É muito difícil apoiar uma pessoa que tem como único objetivo na vida – MORRER RICO.
Sr Washington, o sr conhece o projeto? Envie um e-mail para [email protected] que enviaremos uma cópia. Enquanto isto clique em http://www.mongue.org.br/blongue
UMA RETIFICAÇÃO: É mentira que a área foi comprada. O espólio deve algo em torno de 300 milhões de reais de IPTU que, com muita sorte pode ser transformado em 100 milhões.
Sabe o que o Dr. Salomão falou sobre o IPTU, na reunião de ontem? QUE ISSO ERA PROBLEMA DO ANTIGO PROPRIETÃRIO…rsrsrsrsrs
Raul, as duas piores profissões neste momento são; Goleiro do Corinthians e Advogado do Eike Batista.
Caro Raul,
Me parece fundamental um plano de desenvolvimento econômico, social e esportivo para a integração da baixada, não?
Parabéns pelo BLOG!
http://www.tucanojovem.wordpress.com
Abço!
Zé Rubens
uma sugestão para aqueles que defendem o mega investidor, grande empresário etc etc…
Procurem no Google. Vamos acompanhar a “evolução” do capital. Sugiro que começem pelo ano de 1998.
Vejam Trecho de Matéria da Isto É – Dinheiro.
“Na Macal, o capitalismo está acima de tudo. Marca registrada de Jorge Paulo Lemann e Carlos Alberto Sicupira, ex-donos do Banco Garantia e sócios do GP Investimentos, que não estão nada satisfeitos com a confusão. Os dois entraram na Macal pelas mãos do principal acionista, Antônio Dias Leite Neto. “Toninho”, como é conhecido, ganhou de presente do pai, o ex-ministro das Minas e Energia Antônio Dias Leite Filho, uma pequena mineradora no Amapá, a CMA, em sociedade com Eike Batista, filho do ex-presidente da Vale do Rio Doce Eliezer Batista. Quando os negócios começaram a rarear, Dias Leite decidiu mergulhar na tevê a cabo. Criou a Multicanal com a Globo e o pessoal da GP. Em 1997, a Globo comprou a parte dos sócios. Agora o empresário explora um serviço chamado de Metrophone (mistura de celular, rádio e pager no mesmo aparelho)”.
O menino Eike e seu amigo que ganhou um brinquedinho do papai.
Leia na íntegra – http://www.zaz.com.br/istoe/economia/152338.htm
Caro Raul
Temo pelo futuro de Peruíbe. Temo pelo futuro daquele pacato povo. Pois um empreendimento desse naquele lugar irá talvez mais beneficiar migrantes que a própria população.
No entanto, se for mesmo acontecer, tomara que eu esteja errado, pois Peruíbe é uma grande pequena cidade e merece o melhor para si.
Raul, esse projeto do emprezario Eike é muito valido para a atualidade. Se ele tem cacife e meios de formar um grupo dara certo. A iniciativa privada é bastante valida, sem GOVERNO no meio. O porto de Santos surgiu da iniciativa privada (família Guinlei e Graffê) Funcionou muito bem e quando foi estatizada, deram pejuisos.Se Eike tem peito para enfrentar sera um novo GUINLEI.
Parabens Raul!
tomei a libaerdade de colar sua materia na comunidade dos jeepeiros.
entaum…
me pareceu q a materia foi motivada em funçao de uma declaraçao do Eike q declarava alcançar o Bill Gates.
oq realmente tem de novo na historia?
quem conhece a aldeia e os indigenas tem conciencia de q eles sabem q hora sao usados pelos interessados em frear o porto, hora pelos empresarios,uma coisa se pode ter ceteza,lah nas ruinas naum tem caça,palmito,ou alguma forma de mante-los.Essa aldeia chegou lah depois da fepasa,soh para ter uma comparaçao,hj ela dvidida com a tribo do bananal(dizem por questoes religiosas)
Meu medo eh q nao tomemos conhecimento do impacto ambiental q esse porto podera causar,uma vez q as pessoas q optaram em morar na regiao o fizeram por diversas opçoes,menos a de ter um porto ao lado.Porem no aspecto de geraçao de empregos nao tem oq se questionar.
um abraço Raul,um abraço jornal do esporte.
Amigo Raul, realmente sua leitura a respeito do fato é interessante e pertinente. No entanto, me cabe destacar que o Sr. Eike Batista (ex-marido da Sra. Luma de Oliveira), realmente alavancou sua fortuna, principalmente nos últimos dois anos, mas ainda não figura oficialmente em nenhuma edição da Revista Forbes (rol dos homens mais ricos do mundo).
Assim, se considerarmos que sua fortuna realmente seja de US$.16 bi, isto fará dele o homem mais rico do Brasil, bem distante de outros grandes nomes da nossa economia. O bilionário Eike, deve se atualizar, pois apesar de ter mencionado sua intenção de ultrapassar Bill Gates nos próximos cinco anos para ser o mais rico do mundo – deve ele se apressar.
Atualmente, o homem mais rico do mundo é o mexicano Carlos Slim, presidente da América Móvil (no Brasil, sua extensão é a Claro), que possui sua fortuna estimada em US$.67,8 bilhões desde o mês de junho de 2007 – ficando Gates em segundo lugar.
A obra Porto Brasil está orçada em US$.4 bi e realmente até o presente momento não foi mencionado de onde virá todo este volume de capital, teremos de esperar para apreciarmos o “milagre da multiplicação”. No entanto, Eike é um empresário de sucesso inegável e conhecido pelo seu arrojo em correr riscos.
Já em relação aos cuidados necessários ao ambiente, para sua preservação sustentável também teremos de aguardar os resultados dos estudos de impacto (EIA/RIMA), pois nada foi mencionado a respeito dos sambaquis de até nove mil anos existentes na região, nem tão pouco a respeito da reserva indígena Piaçaguera.
Cabe destacar ainda o levantamento científico elaborado pelo IPAT – Instituto de Pesquisas A Tribuna, em 21/10/07. Neste 89,9% da população de Peruíbe demonstrou ser favorável a realização do Porto Brasil, tendo como base o aumento nos postos de trabalho. Inclusive, segundo Eike teremos a criação de 10 mil empregos diretos – o que pode sem dúvida alguma causar grande expansão naquela região.
A propósito das demais vertentes (como por ex.: O Porto de Santos ficar em segundo lugar no ranking), acredito que devemos pensar não mais em cidades individualizadas, mas em Região Metropolitana da Baixada Santista existente desde 1996. É hora de mudarmos a maneira de pensar!
Ernesto Donizete da Silva
PSDB/SANTOS
Espero que esse porto que dizem construir em Peruibe, não seja mais um daqueles projetos, que de tanto se falar nos anos eleitorais como os tais aeroportos de : Praia Grande, Itanhaém Guarujá, o tal Túnel que ligaria a Zona Noroeste a Zona Leste até para desafogar o trânsito na Av. Nossa Senhora de Fátima sentido Av, Martins Fontes e vice-versa, principalmente em dias de fortes chuvas , onde as pessoas ficam horas e horas dentro dos ônibus, sem contar o prejuizo de alguns proprietários de veículos que teimam em desafiar o rio em que se transforma este local nos dias chuvosos. Tirando a possibilidade de não passar de mera especulação ópara alguns candidatos. tipos engenheiros de obras prontas que assistimos a cada eleição, acredito que a popução de Peruibe será a mais beneficiada, não devemos temer o progresso e o desenvolvimento até porque o Porto de Santos só não estar mais que sucatiado porque foi arrendado para alguns empresários senão seria até cômico dizer que é o maior Porto da América Latina.
Abs, Machado.
O porto vai mesmo ser construído, quem tem 4 ou 5 bi para investir em um projeto desses com certeza não está nem um pouco preocupado com ecoXatos.
o que estes ecos Xatos conseguiram impedir até agora? rodoanel? imigrantes? duplicação da regis? hidrelétricas no rio madeira? destruição da amazônia? pois é amigos onde tem dinheiro e interesse não tem espaço para ecoXatos!
que venha logo o porto (mesmo com licença ambiental comprada)
abraços
Terra Indígena Piaçaguera, a fatídica repetição da História no Brasil
Próxima as Ruínas do Abarebebê , a mais conhecida atração turística de Peruíbe, no litoral sul de São Paulo, está situada a última aldeia Tupi Guarani na orla do Oceano Atlântico, a aldeia de Piaçaguera.
Nas Ruínas do Abarebebê, antigo aldeamento jesuítico de São João Batista de Peruíbe que se estendia de uma faixa de 11,5 km entre a Serra do Mar e a praia, encontramos hoje, ao longo do percurso aberto à visitação pública, painéis exibindo aos visitantes transcrições de documentos históricos sobre o secular missionamento dos índios na região. Pode-se ler nos documentos estampados nos painéis que o vasto aldeamento foi extinto em 1802 com o argumento de libertar os índios do mando e dos trabalhos forçados a que eram submetidos pelos jesuítas desde o século XVI. Apregoava-se então, à época da extinção do aldeamento, que os índios, uma vez “livres”, poderiam se misturar em meio à população regional, e assim “civilizar-se”. No entanto, como veio evidenciar-se nos anos seguintes, coube à população indígena, uma vez desterrada, dispersa e repelida dos domínios tomados por particulares, o trabalho forçado nas fazendas e propriedades privadas que se expandiram sobre as terras do antigo aldeamento. Documentos diversos atestam amplamente, após o esbulho daquelas terras por particulares, a utilização generalizada de mão de obra indígena em áreas do aldeamento extinto.
Os índios, “teimosos”, porém, não se integrariam, como chegou-se a apregoar; e prova disso é que mais de cem anos depois, em 1927, foi criada por decreto estadual a reserva Indígena de Peruíbe, também conhecida como aldeia do Bananal, compreendendo numa área de 480 hectares, localizada junto as encostas da serra, já distante do mar, para reunir-se os índios que permaneciam dispersos na região. Tal iniciativa, que, por sua vez, buscava restringir a presença dos índios numa pequena área, veio mostrar-se claramente insuficiente para abrigar toda a população indígena dispersa pela região desde a malfadada operação de 1802 visando a sua assimilação à sociedade regional.
Das várias aldeias formadas pelos Tupi-Guarani na região litorânea, Piaçagüera é a última remanescente à beira-mar, onde ainda, e não por acaso, permanece a vegetação nativa de restinga estendida até a areia da praia. Às famílias Tupi Guarani que viviam na aldeia Piaçagüera vieram juntar-se nos últimos anos parentelas que se encontravam espalhadas por bairros periféricos das cidades próximas, formadas, em parte, por descendentes dos habitantes do antigo aldeamento de São João Batista, e, em parte, por famílias aparentadas vindas da aldeia do Bananal.
Em 2002 a FUNAI delimitou a Terra Indígena Piaçaguera com uma área de 2.795 hectares na divisa do Município de Peruíbe com o Município de Itanhaém. No entanto, durante os trâmites administrativos para a demarcação desta pequena área remanescente em posse dos índios, quando já prestes a receber a sanção definitiva do Ministério da Justiça, interferências políticas retardaram a sua regularização. Assim, esta mesma área que ainda permanece revestida pela restinga nativa, e exatamente por se destacar em toda a faixa litorânea já ocupada por construções, torna-se o alvo prioritário de uma audaciosa articulação de interesses privados: com a motivação atiçada pela perspectiva de auferir vultuoso lucro imobiliário, o conglomerado empresarial LLX toma à frente a velha idéia de remover os índios das terras que habitam para explorar vantajosamente a área, que assim se pretende açambarcar a baixo custo, com a construção de um “moderno” porto marítimo.
Embora identificada e delimitada pelo Estado brasileiro, conforme estipula o Artigo 231 da Constituição Federal, a Terra Indígena Piaçaguera, também protegida pela legislação ambiental, compreendendo uma extensão de 3,5 km à beira-mar, vem instigar a imaginação empresarial com a possibilidade vislumbrada de embolsar o valor correspondente à sua extensão e localização, estimado em alguns bilhões de Reais, convertendo-a em objeto de uma ardilosa transação imobiliária: basta, para tanto, rasgar a Constituição, burlar a legislação ambiental e remover os índios.
A velha e lucrativa prática de expulsar os índios e vender suas terras, implementada ao custo módico de algumas quinquilharias, mirabolantes promessas e ações intimidatórias, está se repetindo, agora, na aldeia Piaçaguera, última porção de terra habitada pelos Tupi-Guarani na costa brasileira.
Nestas últimas semanas, denúncias feitas à Procuradoria da República no Município de Santos motivaram a instauração dos Procedimentos Administrativos nºs 1.34.012.000919/2007-13 e 1.34.012.000349/2001-68 para apurar responsabilidades dos representantes da dita empresa que praticam forte assédio aos índios de Piaçaguera, veiculando, enganosamente, a iminência de sua remoção diante da irreversibilidade das obras para instalação do porto. Afirmam ainda que caso não saiam “espontaneamente”, serão desalojados por força de decisão judicial, ou terão que enfrentar a violência de pistoleiros que estão prestes a desembarcar na área.
Assim, a golpes de audácia, faz-se fortunas no Brasil.
SENHORES, COM TODO RESPEITO….
MAIS PERUIBE PRECISA DE UMA AJUDA, MOREI 4 ANOS LÃ E NÃO TIVE CONDIÇÕES DE FICAR POIS ECONOMICAMENTE ERA IMPOSSÃVEL, ABRI UM NEGÓCIO MAIS O TURISMO É FRACO DEMAIS!
SENDO OBJETIVA, DE QUE VALE PRESERVAR MEIO AMBIENTE, SE AS PESSOAS LÃ NÃO SÃO PRESERVADAS ? NÃO TEM UM HOSPITAL, NÃO TEM UMA FACULDADE, COMO AS PESSOAS SOBREVIVEM ECONOMICAMENTE ? PUXA VIDA QUANDO É QUE ALGUÉM VAI FAZER ALGUMA COISA PARA COLOCAR ESSA CIDADE PARA FRENTE ?
DEVEMOS E REZAR E TORCER PARA QUE ESSE EMPRESÃRIO TENHA VITÓRIAS NESSE PROJETO , ASSIM A CIDADE TERÃ EMPREGOS E MELHORIAS.
Respeito as opiniões colocadas e gostaria de adicionar a minha:
1. Orçamento para o porto 4 bilhoes de dolares. Pergunta: qual é o orçamento de Peruíbe?
2. Com 4bi de US$ pode-se fazer muito estrago, literalmente.
3. Concordo que as oportunidades de emprego em Peruibe são parcas. Mas será que com um planejamento público esse cenário não se reverte? Será que Peruibe precisa de um mega-investidor para sair dessa situação?
4. Já pensaram nos acidentes ambientais com cargas e navios? Já pensaram que os navios têm que lavar seus tanques ? Já ouviram falar da introdução de espécies estrangeiras vindas nos tanques de navios ? No primeiro acidente com tanque de um navio, a população (não toda, é claro) vai sentir o que é estar ao lado de um empreendimento desse porte. Isso não é conversa de ecoXato, é realidade.
5. Qual é a dimensão do empreendimento que a população imagina que 4bi de US$ irão produzir? Não será um portinho. O projeto deve ser muito bem analisado, pois mesmo que seja longe da costa, não se pode prever com certeza as implicações das alterações (obras civis???) no ambiente ao redor. CONHECEM O CASO DO CANAL DE IGUAPE?
6.Acho que Peruibe precisa de investimentos, com certeza. Mas uma região como esta, preservada, uma das poucas áreas no estado e no país com mata atlântica original, com um ecossistema de mangue, acho eu, que não precisa de bilhoes de dolares para se desenvolver (a população local, principalmente).
7. Pensem que, mesmo a instalação de um hipotético Resort, demandaria um EIA/RIMA complexo para que o impacto fosse mínimo.
Obrigado por lerem as minhas considerações
Por isso que você entrou na rota da decadência, seu Raul. Fica defendendo interesses de construtores de portos. Você não sabe que Peruíbe não tem competência nem para regularizar o tráfego de bicicletas, o que dirá organizar o entorno de um porto?
Para conhecer tudo sobre a cidade de Peruíbe acesse agora: http://www.peruibe.com. Guia turístico, guia comercial, passeios, baladas, eventos, praias, cachoeiras, enfim, absolutamente tudo sobre a cidade. Deixe seu recado e informe sobre sua balada, festa, evento.