Estamos prestes a votar pela sexta vez para eleger um presidente da República do Brasil, desde o início da redemocratização do país em 1985. E há novos tormentos no cenário político para tentar desgastar personagens do jogo, que aumentam os índices de descrédito das pessoas na própria importância da democracia, o melhor regime de governo, indiscutivelmente. A última sexta-feira foi prodigiosa para os jornais e revistas semanais, com um artigo de César Benjamin, na Folha de São Paulo, a denúncia sobre o genro de Lula, na Veja, e o novo mensalão de Brasília, em todas as mídias. Para onde vamos assim ?
Minha primeira reação ao ler o texto de César Benjamin, contendo revelações tardias de um comentário de baixo nível feito por Lula em 1994, de que tentara "subjugar um rapaz militante do Movimento de Emancipação do Proletariado (MEP)" quando estava na prisão, porque não conseguia ficar tanto tempo sem manter relações sexuais, foi de tristeza e uma certa melancolia. Ato contínuo, descrente nessa verdade de Benjamin, por se tratar de um velho companheiro de lutas do próprio Lula, pensei no destino político do atual presidente da República, se tais revelações fossem conhecidas e confirmadas naquela época.
Com todo cuidado político, longe de turbinar o jogo sujo que muitos fazem nessas horas, mas indignado com o que acabara de ler postei comentário no www.twitter.com/raulchristiano com o seguinte teor: "Se o conteúdo do artigo de Cesar Benjamin, ex-petista, publicado hj p/ Folha, for verdadeiro, p/ dignidade Lula deveria renunciar!" No mesmo instante lí frases de efeito desqualificando Cesar Benjamin, a Folha de São Paulo, a "imprensa golpista do pais" e nenhuma resposta oficial de Lula, além da crítica do seu chefe de gabinete, Gilberto Carvalho, de que era "ato de um psicopata" e o presidente havia ficado "triste, abatido e sem entender" os motivos do ex-parceiro.
Depois, outros participantes do mesmo encontro de Benjamin e Lula em 1994 minimizaram a gravidade do assunto, atribuindo as expressões ao jeito brincalhão do presidente. Aliás, esse jeito tem sido responsável por muitas gafes presidenciais no Brasil e no Exterior, mas essa história do "menino do MEP" (como passou a circular pela Internet e na repercussão do artigo de Cesar Benjamin) é suja e de mau gosto. Lamento muito pela Folha de São Paulo, que parece tão cuidadosa com os conteúdos de todos os artigos que pública, mesmo de textos opinativos e com a assinatura dos seus responsáveis, servir de palanque para diferenças políticas históricas. O jornal precisa e deve publicar a confirmação ou um contraponto dessa história, como defendeu hoje o seu ombudsman Carlos Eduardo Lins e Silva, o mais breve possível.
Sobre o caso do marido de Lurian, a filha mais velha de Lula, o fato é uma repetição de casos da família presidencial, que teve seu irmão Genival Inácio da Silva, o Vavá, denunciado antes ao pedir dinheiro a um empresário do ramo de jogos. Certamente haverá um bilhão de spams invadindo nossas caixas de e-mails a partir de agora, porque nesse governo ninguém fica sabendo o resultado das apurações e ressarcimentos públicos. A reincidência desses acontecimentos demonstra o quanto são vulneráveis os familiares, amigos, "mui amigos" e partidários das autoridades de plantão nesse jogo.
E o quê dizer mais além das imagens gravadas, por colaboradores do antigo governador de Brasília, Joaquim Roriz, durante a campanha de 2006, do ato de entrega de maços de dinheiro ao atual governador José Roberto Arruda (DEM)? Na ocasião, pelo que se observa, Durval Barbosa que era presidente da empresa Codeplan, do Distrito Federal, na gestão Roriz, e que até a última sexta-feira era o secretário de Relações Institucionais de Arruda, e foi o responsável pela gravação do ato divulgado agora durante as primeiras movimentações do ex-governador e ex-senador que renunciou para não ser cassado na atual legislatura. Sem falar de um novo mensalão comandado pelo próprio governador do DF, para lhe garantir a governabilidade…
Uma vergonha sem fim no meio político do Brasil, que tende a nivelar todos por baixo, no momento em que são ensaiados os primeiros passos para a sucessão presidencial, governantes estaduais, dois terços do Senado, deputados federais e estaduais. Percebe-se que o jogo sujo está aberto por muitos políticos sem escrúpulos e também por setores que têm interesses frustrados.
A meu ver a política não pode ser considerada uma causa suja, hipócrita e desrespeitosa de regras claras para o jogo, a negociação, a disputa, o entendimento e a lealdade. Acredito que através das boas práticas políticas vamos transformar o Brasil e o Mundo; mas é fundamental tentar limpar de uma vez por todas tantas mazelas, antes de propor novas medidas curativas para todos os males que nos atormentam e nos tornam menos crédulos de que é possível mudar para melhor !
O blog está muito bommm!
O tema inicio idem vindo de sua parte tenho a certeza que irei tira muito proveito para a vida!
Muito bom o seu artigo. ponderado e consistente. Vim até aqui via twitter, indicação de mary zaidan que postou assim:
Muito bom o artigo de @raulchristiano: Jogo sujo ou política suja? http://bit.ly/8lw58Q 30 minutes ago from TweetDeck
Como sempre, ótimo artigo.
O que mais desaprovo é a política suja. Critiquei amigos que tentaram usar o filho do ex-presidente FH como bode expiatório. A vida particular dele não deve ser misturada ao seu trabalho político, principalmente pela imensa admiração que tenho pela saudosa Ruthe Cardoso.
Ao ler a matéria acusando o Presidente Lula de subjugador senti vergonha de ver uma matéria deste nível ser publicada em um veículo de comunicação como a Folha.
Interesses políticos é uma coisa, maledicência é outra.
Devemos ter cuidado com nossas interpretações e colocações porque a Soberania do nosso País tem que estar em primeiro lugar.
Como sempre digo a Boa Política não se faz em denegrir a imagem de ninguém e sim em ações que beneficiem a todos em sua volta.
Devemos nos preocupar com o trabalho político e não que os politicos comem, vestem ou falam. Isso fica para a imprensa marrom, feita de sensacionalismo e maledicência.
Abraços!!
Seria esse artigo, publicado pela Folha, uma das centenas das que certamente virão para servir de antídoto do filme Filho do Brasil? Ou seria apenas e tão somente uma verdade? Sendo verdade, que a Folha assuma a responsabilidade de ir até o fim, ou seja, que traga a palavra do “quase vítima”, de testemunhas, etc. etc. etc.
A denúncia que mais enoja e magoa o denunciado é a fabricada. O autor ou autores o fazem atendendo interesses confessáveis ou não e não medem as consequências na sucessão de enredos, muitas vezes absurdos, para validar a vilania. Só quem já foi vítima deste tipo de imundície pode avaliar sua fetidez. Eu já fui.
Caro Raul
Vou tentar comentar…..estou com nojo….desculpe paro por aqui…vou vomitarrrrrrrrrrrrrrrrrrr
Como escrveu o colega Sergio Nicoleti, a Folha tem que assumir a responsabilidade e ir até o fim. A denuncia é gravissíma. Não devemos prejulgar p/ que não se repitam casos como o do colega Sergio Cruz. Com relação ao caso de Brasilia, esse não precisa nem de julgamento. Sai Arruda entra Roriz. Coitado dos brasilienses.
CAro Raul,
Fatos lamentáveis como os narrados no seu ótimo artigo nos fazem perder a fé na política.
Agora são os jovens da UNE que embarcam nos descaminhos da corrupção e dos desvios de dinheiro público (postei no meu Blog http://www.inblogs.com.br/zerubens)
Sem falar do populismo egocêntrico do novo Hugo Chaves em que está se transformando o nosso Presidente Lula…
Ainda bem que 2010 está chegando e os Brasileiros terão a chance de tirar esse bando do poder.
Parabéns pelo post!
JOSE RUBENS DOMINGUES FILHO
Enquanto as leis e regras que regem nossa política não mudarem, o jogo sujo vai continuar. Precisamos e muito do voto distrital e de regras que deem estabilidade aos partidos políticos, para poderem estes, trilhar por um caminho ideológico, ético, em que os cidadãos consigam identificar com clareza a linha de cada um. Dessa forma, os partidos também deverão ter cuidados especiais com aqueles que serão seus parlamentares e não este oportunismo mesquinho e interesseiro vigente, onde sempre fala mais alto o dinheiro ou a fama do individuo, para simplesmente ganhar cadeiras, sendo + um para gaudio das cúpulas, de um frio calculismo de obter o maior espaço possível e promover balcão de negócios. Lembraram de algum partido que é useiro e vezeiro nesse comportamento???? É ele mesmo…..
Raul,
Como sempre preciso e arguto nas suas observações. Que a frase existiu não resta mais dúvida confirmada que foi por outros participantes da reunião. Se retratava um fato real ou tratava-se de uma brincadeira de extremo mau gosto nunca saberemos. Afinal não me parece que CBenjamin seja beócio ou mau carater. De qualquer forma expõe e eviscera o caráter homofóbico e machista do cidadão Lula.É penoso e melancólico para os que lutaram pela redemocratização deste País assistir a enorme apagão ético e moral que o PT produziu na política brasileira.Reinventar ou reencrever a política nacional passa a ser o novo desafio dos que em todos os partidos queiram militar num novo Movimento pela Dignidade e Ética na Política.
Milton Flávio
Caro Raul,
Esse clima nojento no meio político reflete a conduta dos atuais ocupantes do Governo Federal, sem ética, sem espírito público, com alianças espúrias, o jogo do “vale-tudo” para se manter no poder. Talvez, Cesar Benjamin resolveu contar essa história devido a indignação com o filme do Lula, uma clara tentativa dos “donos do poder” de criar um mito vivo. Ele mostrou que o Lula tem defeitos e muitos, se for verdade é um criminoso, se foi uma brincadeira é preconceituosa e de mau gosto, não condizente com um lider político.
A solução é unir os bons, nos indignarmos e reagirmos. Só assim vamos mostrarà sociedade que existem políticos bons e preocupados e construir um Brasil mais justo.
Caro Raul,
Excelente artigo!
A partir de hoje estou acompanhando o seu blog!
Você vê, Raul, o quanto um texto sobre questões amplas e genéricas traz comentários tanto quanto? Sobram elogios e alguns até tentam entrar no tema, pelo que vi todos de maneira ética na crítica a esta barbeiragem da “Folha”, grossura pura. Um ou outro tenta atribuir-lhe valor, o que faz o simples retorno ao tema. Que o tiroteio já começou isso não tenha dúvida, desmentidos ou não. Essa da ex-namorada cozinheira e a filha fazendo cafézinho foi desmentida? Eles poderiam fazer um pacto, como o de Von Ribbentrop. Mas ai não teria graça…
ESQUECI:NÃO TENHO ESTOMAGO PARA ISSO. ESSE PESSOAL BATE DURO DEMAIS PARA MILITANTES SINCEROS QUE, SEM QUERER, INGRESSARAM NA POLÃTICA OFICIAL CHEIA DE CANALHAS. EU GOSTO MESMO É DE FAZER REVOLUÇÃO, DEBAIXO DE PORRETE E DE AMEAÇA… É MAIS DIGNO E GUARDA A MEMÓRIA PARA A HISTÓRIA. ESTES PASSARÃO, EU PASSARINHO, DIRIA O POETA.
Eu concordo com fausto ivan. Mas o que me surpreende é que nos ultimos 7 anos de Governo Lula muita coisa mudou. Em primeiro lugar o exemplo que o governo dá na desqualificação das pessoas que o interpõe.A mídia por sua vez dependendo do jornalista vai tb na linha do governo com textos sutilmente jocosos e por vezes tendenciosos onde descaracterizam um fato que deveria ser apurado e tudo fica por isso mesmo. Perdeu-se a moral e a impunidade até pelo jogo sujo que impera.Me entristece pois não vejo mais os movimentos de rua que transpiravam nacionalidade. A UNE está corrompida e a imoralidade atinge jovens tambem.Acabaram-se os líderes. No passado tambem havia corrupção mas não nesse nivel da cooptação das pessoas e de jogo sujo.No twitter qdo li o caso disse:o Lula vai desqualificar o Cesinha e periga em processá-lo.O modos operandi mudou. A ditadura e autoritarismo não se verifica hoje pela forma física mas pela forma moral.Se não for pelas urnas como é possível reverter essa situação? É possível revertê-la? Ou será necessário esperar que “Francelinos” fiquem cada vez mais indignados? O que fazer e como fazer é o que deixo para reflexão.
Obrigada pelo espaço.
A Folha de S.Paulo mostrou mais uma vez o seu estilo, de abrir espaço para a polêmica. Mas sem avaliar, ao que dá a entender, a repercussão dos fatos mencionados. Como no caso do artigo do cesinha, isto mesmo, com letras minúsculas. Pensar que esse “cientista político” já foi guerrilheiro, preso torturado, exilado. E até candidato a Vice-Presidente da República. E agora toma essa atitude de um ser que passa a não merecer senão o ostracismo. Mas é preciso ir um pouco além, ou seja, fala-se da política muitas vezes com o caráter pejorativo, como se todos os politicos fossem iguais. DEv emos pensar o mesmo dos jornalistas? Ou dos escritores? Ou dos empresários? E que falar do eleitorado, que elege figuras como o Arruda, um parlamentar que renunciou para não ser cassado? E se elege em seguida Governador do Distrito Federal. Alías a própria Folha publicou uma pesquisa onde 18 milhões de eleitores asumiram já ter vendido o seu voto. Como se pode perceber, temos muitas questões que desafiam a tantos que tem uma visão de sociedade onde as divergências devem surgir à partir do debate, da discussão.E este tem de ser um desafio a ser enfrentado de forma mais constante. O que não está acontecendo.Por que não promover um encontro de tantos que escrevem, que mandam cartas para jornais, que emitem opiniões em blogs e twitters. Que tal a idéia? Eu estou disposto a participar dos encaminhamentos.E sem preocupação partidária.
Pessoas sujas fazem jogo sujo, politica suja, vida suja.
Mano Raul.
Depois, quando aparecem aqueles reacionários defendendo a ditadura militar a gente fica bravo; mas, a “esquerda” não tem ajudado em seu comportamento, uma ve no poder.
E o Judiciário, então, também não colabora.
Tenho receio, depois de tanta luta pela redemocratização.
Não foi pra viver com esse lixo (Arruda, Benjamin, genros etc) que tantos lutaram durante tanto tempo
Amigo Raul.
Discordo de um conceito que você expressou no seu artigo, (sic)*a democracia é indiscutívelmente o melhor regime de governo*. Não .Debaixo dessa cultura do capitalismo sem limites éticos. os três poderes, por seus ocupantes dos altos cargos, praticam a corrupçlão “legal”, usando o sagrado em suor e sacrifíciso do amor, o dinheiro publico de forma privada, egoísta e consumista. a salvo honrosas exceções, entre os quais menciono você, porque o conheço e o respeito como político idealista, competente e muito inteligente.
O fator cultural de uma Nação com a sociedade educada nos princípios da igualdade (gradativa),liberdade(por alcance individual) e fraternidade (nos patriotismos alicerçados pela paz tradicional, na verdadeira estima coletiva ao trabalho, arte, esportes e estudos; enfim nos valores positivos ) em todos e quaisquer regimes funcionam, independentemente do formato constitucional e estatutário do Estado (empresa no frigir dos ovos).
Apesar da violência explícita, o Crime Organizado, Estado Paralelo, o qual move uma fratricida guerra civil a nós todos, é uma empresa informal, cuja ideologia capitalista é drástica, porém tem com os mesmíssimos insumos culturais
que estimulam a maioria dos “nossos” políticos e “nossos” empresários poderosos, *O LUCRO RÃPIDO A QUALQUER PREÇO, DA EXPLORAÇÃO DO HOMEM PELO HOMEM*.
Sem as necessárias bases culturais, o SOCIALISMO, também é um regime impossível de atender à Sociedade, quanto as
sua necessidades reais. é outro engodo ideológico que irá transferir a centralização do capital as poucas mãos, e aos muitos desejos dos mandatários, comissários do Estado.
Sem a Educação, desde as famílias, indo as Escolas e aos outros nichos de Cultura das comunidades sociais não há, nem pode haver solução para este País da bandalheira, do futebol, do carnaval, etc… e tal.
Desde Cabral, o mercantilismo abastece a nossa “Cultura” de ingredientes, antes artesanais, hoje mais globais do que nunca, dos falsos valores e das mentiras oficiais, e cada vez mais, “graças” Ã tecnologia atual, fortaleceu “ad
infinitum” as Indústrias de Comunicação de Massa com os seus “merchandisings” e “marketings” especializados em promover necessidades inexistentes ao Ser humano, o tonto
público alvo que se entrega na real”pax romana”ao assalto descarado das suas emoções à moeda do César (de plantão)
Abração, mano Raul, e grato por suas ponderações sempre equilibradas e altruístas como objetivos político-sociais.
Ivan Alvim
Raul, não vejo problema no artigo do César na Folha. Ele expôs um fato de que se lembra em um momento que um filme propaganda está as portas.
César sabe que poderia ter sido ( e ainda pode ser) processado, intimado a provar o que diz. A folha arriscou a publicação de um de seus colunistas sujeita a mesma penalidade. Entendo que isso não é jogo sujo, é o contraditório ao misticismo do filme.
Parabéns pelo artigo. Vim até aqui por indicação no Twitter.
Seu texto é muito ponderado. É claro que, antes de tudo, é preciso uma reformulação geral no mundo político e nas regras políticas (eleições, financiamentos, etc.)
Mas é preciso reconhecer que além do jogo sujo político, há sujeira real na política. E muita.
Quanto ao fato denunciado por César Benjamin, ultrapassa os limites do simples jogo político. É fato tão grave que não pode ficar no “limbo”. Tem que ser apurado até ao fim. Só é estranho, muito estranho que o Presidente não o queira esclarecer…
Realmente, de todos os fatos, o mais grave é a denúncia de César Benjamin.
Corrupção, desvio de dinheiro, pagamento de propina, caixa dois que lula também confessou e ficou impune, tudo isso causa muito sofrimento porque deixa-se de atender muita gente que precisa dos serviços públicos.
Mas eu insisto nos meus comentários sobre a degradação de nossa sociedade que se acostumou a banalizar o crime a tal ponto que se revolta contra quem o denuncia.
A denúncia é execrável, como disse um religioso importante?
Sim, se não for verdadeira.
Porém, como os fatos evidenciam pelos comentários desencontrados, execrável foi o ato cometido, jamais a denúncia.
Além disso, muitas manifestações do presidente, relatos no livro sobre sua vida, reportagens na Playboy, o ponto G do Bush, o jantar onde detonou outros presidentes (eu guardei a matéria do jornal), o doente que SIFU e mais algumas indecências, conspiram contra qualquer tentativa de contemporização.
Para quem ainda tenta colocar panos quentes, sinceramente, fanatismo tem limites.
JÁ QUE A MALADIA PARECE NÃO TER CURA, QUE DEEM AO MENOS UMA PASSADINHA ALI NA CHAMPS-ELYSEES E ENCOMENDEM UMA VALISE, QUANDO MAIS NÃO SEJA PARA QUE NOSSO DINHEIRO POSSA SER LEVADO COM DIGNIDADE. VÃO TANTO PARIS…
ABRAÇOS
É uma pena que contra o lula temos que ser sutis, politicamente corretos, cautelosos, piedosos.
Quanta diferença com o PT que dispara a metralhadora, seja verdade ou mentira. Critica, divulga, espalha a notícia, promove a polêmica, julga e condena sem dó, nem piedade.
Há de haver um consenso nessas práticas.
Exigir esclarecimentos, sim.
No caso de crimes comprovados ou confessados, como fez o presidente em relação ao caixa dois de sua campanha, que é sua responsabilidade responder por isso, a justiça deve funcionar, assim como funciona com qualquer criminoso, e não somente os subalternos devem ser punidos, mas, principalmente, os comandantes que lideram essas pessoas que apenas cumprem ordens.
Pena que a população releva tudo isso, desde que o acusado derrame algumas lágrimas ou seja uma celebridade popular, enquanto que a onda de boataria plantada pelos poderosos do partido dominante corre solta e tem crédito, pois fica difícil contestar sem ser destroçado, parece lavagem cerebral.
Concordo plenamente com quem afirma que a grande vilã da corrupção é a “IMPUNIDADE”, tão glorificada por lula em seus comentários indecentes.
Melhor do que expor uma análise pessoal de um simples anônimo, reescrevo alguns trechos de matérias de “O Globo”.
Recordar é viver – Lula fala por si
O jornal O Globo resgatou, em sua edição de hoje, algumas declarações no mínimo polêmicas feitas por Lula. Elas ajudam a compreender melhor o homem que nos preside e suas circunstâncias.
Sobre o mensalão do PT em 2005
“O que o PT fez, do ponto de vista eleitoral, é o que é feito no Brasil sistematicamente”.
Sobre Severino Cavalcanti, que renunciou ao mandato de deputado e à presidência da Câmara porque foi subornado pelo dono de um restaurante
“Quando perceberam que ele não seria oposição ao meu governo, derrubaram ele. Parte da elite paulista, se encontrar com ele, não cumprimenta. Eu cumprimenmto Severino onde o encontrar”.
Sobre José Sarney, acusado de empregar parentes e amigos no Senado
“Ele tem história suficiente para que não seja tratado como uma pessoa comum”.
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A impunidade é combustível infalível do cinismo e da prática continuada de crimes, todos eles. Nesse sentido é de se lamentar que o presidente Lula tenha demonstrando sua proverbial condescendência diante de malfeitorias na política.
Lula já desculpou os mensaleiros petistas e agora considera que as cenas gravadas em Brasília talvez não sejam aquilo que todos entenderam. Se não quisesse parecer incoerente, silenciasse. Mas admitir que dinheiro de origem no mínimo desconhecida escondido dentro de meias, cuecas, embolsado sem pudor, pode ser algo diferente de um acerto entre corruptos e corruptores chega a ser ofensivo à capacidade de discernimento da nação.
O rapaz pode ter sido guerrilheiro, assaltante, sequestrador, tudo o que a sociedade abomina.
Mas tem o direito de se arrepender, ser perdoado e tentar reescrever sua biografia, corrigindo os erros com os quais foi colaborador.
Nosso povo pede paz e justiça, e isso significa que a opção pela violência não prospera por aqui.
Agora só resta resolver a questão da malandragem e da mentira, pois o povo ainda não se deu conta de quanto mal isso provoca.
Talvez seja essa a indignação de alguém que um dia se iludiu com a contundência de quem só queria o poder para submeter a sociedade e as pesquisas revelam que está conseguindo.
Transformaram em mito alguém que é um fiasco como história de vida, porque sempre teve o cenário armado e pronto para representar o papel que lhe designaram, um Jeca Tatu que deu certo.
Eu não sei quem foi mais cruel nessa armação, pois ceifaram-lhe qualquer possibilidade de uma evolução pessoal, porque a falta de estudo do personagem ignorante que se identifica com o povo fazia parte do esquema.
O seu sim a esse engodo significou a renúncia aos seus projetos pessoais, que se revelam na frustração de ter sido impedido de se tornar um doutor e na sua fixação em Fernando Henrique, como se refletisse o que poderia ter sido se dependesse de sua vontade, que foi reprimida pelos criadores do personagem.
Por outro lado, imagino a cegueira daqueles que estavam envolvidos nesse propósito, o sofrimento dos que realmente foram perseguidos e, de repente, os louros da glória vão para a criatura, enquanto os verdadeiros guerreiros são execrados por uma sociedade que clama por paz e justiça, pois qualquer luta, por mais nobres que sejam seus fins, por aqui não prosperam se utilizarem a violência como método, pelo menos por enquanto.
Agora dá para entender porque o presidente correu para defender o governador do DF.
Sexta-Feira, 04 de Dezembro de 2009
ESTADÃO
Flagrado com dinheiro na cueca é suspeito de golpe
Empresário Alcyr Collaço é alvo de processo por suposto crime financeiro que provocou prejuízos de cerca de US$ 10 milhões ao banco Santander
Vannildo Mendes, BRASÃLIA
Flagrado em vídeo colocando maços de dinheiro na cueca, o empresário Alcyr Collaço tem um histórico de crimes financeiros e negócios engendrados à sombra do poder político. Ex-operador credenciado na Bolsa de Valores de São Paulo, ele foi alvo de denúncias sobre aplicações suspeitas de fundos de pensão, investigadas em 2005 pela CPI dos Correios………………
Com a ficha suja e os negócios prejudicados em São Paulo, Collaço transferiu-se para Brasília em 2003. Veio pelas mãos do petista Marcelo Sereno, ex-membro da Executiva Nacional do PT e assessor da Casa Civil da Presidência na primeira fase do governo Luiz Inácio Lula da Silva.
………………………… Chegou a integrar o núcleo operacional de um esquema, engendrado no Palácio do Planalto, para montar uma estrutura de poder destinada a durar décadas, com o PT na cabeça.
Idealizado pelos ex-ministros José Dirceu (Casa Civil) e Luiz Gushiken (Comunicação), com o qual Collaço se encontrou algumas vezes, o esquema incluía a construção de uma rede nacional de comunicação, integrada por mídias regionais, financiadas por recursos captados junto a fundos de pensão, entre outras fontes.
Pouco antes de cair em desgraça, Collaço chegou a integrar a diretoria da Bolsa Mercantil e de Futuros de São Paulo. Num primeiro momento, ele atuou na captação de recursos do fundo de pensão Portus, para o qual chegou a indicar diretores.
O fundo Portus é mantido por 13 companhias Docas dos Estados, entre elas a do porto de Santos. Collaço, além de indicar diretores, influenciou em negócios que deram prejuízos ao fundo.
“Esqueçam o que escrevi
Em baixa depois do mensalão, o governador José Arruda (DF) já foi muito festejado. Em 2008, foi editado o livro “Brasília: Preservação e Legalidade. Desafios do Governo”. A orelha da publicação é recheada de elogios. 1. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso: “Pela boa administração que exerce no DF, José Roberto Arruda é hoje uma das principais lideranças do cenário político nacional”. 2. O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM): “Arruda serve para ser candidato a presidente da República pelo Democratas”. 3. O senador Ãlvaro Dias (PSDB-PR): “Arruda não fez barganha. Não instalou um balcão de negócios para oferecer a este ou à quele partido”. Que coisa! ” -(Blog do Rodrigo Viana)
Um reconhecimento que certamente não foi comprado.
FHC é 11º em lista dos 100 pensadores globais do ano
Escolha foi feita por conta dos comentários que o ex-presidente brasileiro fez sobre a guerra contra as drogas.
Lista ainda inclui o americano Barack Obama e a iraniana Zahra Rahnavard
REDAÇÃO ÉPOCA
Prestígio
Como pensador, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso é bastante admirado no exterior
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ficou em 11º na lista dos 100 Pensadores Globais de 2009 feita pela revista Foreign Policy, publicação americana especializada em temas internacionais.
A escolha, segundo a revista, se deve aos comentários e discussões fomentadas por FHC ao longo de 2009 sobre drogas.
Em fevereiro, o brasileiro, com apoio de outras personalidades latino-americanas, atacou a política de guerra contra as drogas, mantida principalmente pelo governo dos Estados Unidos.
No Wall Street Journal, em um artigo assinado com os ex-presidentes e economistas César Gaviria, da Colômbia, e Ernesto Zedillo, do México, FHC afirmou que a guerra contra as drogas é um “fracasso”. “Políticas proibicionistas baseadas em erradicação, interdição e criminalização do consumo simplesmente não funcionaram.” FHC, junto com os outros membros da Comissão Latino-Americana sobre Drogas e Democracia, defende que a questão deve ser encarada como um problema global de saúde, e não somente como caso de polícia.
Lembrando da carreira política de FHC, a Foreign Policy afirma que, quando foi presidente do Brasil, ele “balançou o enorme porém letárgico mercado brasileiro de volta à vida com uma política fiscal dura e programas sociais pioneiros”.
Raul, a tentativa da dupla de aloprados Cesinha/Otavinho de difamar o presidente deu em “águas de batata”. Já vimos este filme.
Com a ponte que cai, o indiciamento de Azeredo, o mar de lama do governo Arruda e quejandos e São Paulo-Capital debaixo d’água, a oposição vai comer o PANETONE que o diabo amassou neste Natal. A coligação DEMOtucana está indo por água abaixo neste final de 2009. Ou seria apenas um castelo de areia? Abraço