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Educação, urgente !

Ziraldo relembra plano de Paulo Renato

Neste 15 de outubro, Dia do Professor, participei de evento em São Paulo, em que o governador Geraldo Alckmin anunciou um amplo programa de ações voltadas à melhoria da Educação, priorizando a valorização da carreira do magistério, para torná-la mais atrativa e procurada pelos jovens. Essa atitude é uma conexão com a história de vida dedicada à Educação, do ex-ministro Paulo Renato Souza, homenageado pelo governador como o patrono da Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Professores, no bairro de Perdizes, na Capital, e que, na mesma semana foi lembrado pelo cartunista Ziraldo, por causa do seu plano durante o governo Fernando Henrique Cardoso, de fazer do Brasil um país de leitores.

Com o programa “Educação – Compromisso de São Paulo”, novas linhas de ação devem conduzir à conquista do objetivo da melhoria da qualidade da Educação em todos os níveis no Estado. O próprio governador Alckmin ressaltou, juntamente com o secretário Herman Voorwald, que essas medidas não seriam possíveis sem os investimentos expressivos realizados em gestões anteriores, no Estado e a nível federal, para a universalização do Ensino Fundamental, o combate à evasão, a grande ampliação da oferta do Ensino Médio (das 545 mil matrículas em 1985, para 1,512 milhão em 2010), a implementação de um novo currículo (com os programas “Ler e Escrever” e “São Paulo Faz Escola”), o desenvolvimento de materiais de apoio a professores e alunos, o Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar (Saresp), a implantação da progressão por mérito e do bônus por desempenho e a criação da Escola de Formação de Professores.

Nessas novas linhas de ação, um novo modelo de escola de Ensino Médio, com a ampliação não só da jornada (de 6 para 8 horas diárias), mas também do currículo, prevendo disciplinas eletivas, laboratórios, salas temáticas e três refeições por dia. O modelo prevê uma diferença em relação às atuais escolas de tempo integral, integrando disciplinas do currículo a um novo regime de trabalho de seus professores. No novo regime de trabalho, haverá dedicação plena e integral, com gratificação que será incorporada para fins de aposentadoria.

Também haverá, a partir de agora, uma atenção maior às 1.206 unidades de ensino consideradas de maior vulnerabilidade, tanto no aspecto socioeconômico, como nos de infraestrutura e de aprendizagem, entre eles o desempenho no Saresp 2010. A Secretaria de Estado da Educação vai intervir e monitorar permanentemente essas escolas, com formação continuada de professores, investimentos em infraestrutura, implantação do programa de professores-mediadores, salas de leituras e projetos especiais de recuperação do aprendizado dos alunos.

O momento é histórico e não tenho dúvida de afirmar que representa um grande e exemplar avanço para todo o Brasil. O escritor e cartunista Ziraldo reclamou da Educação no país, quando convidado a participar e falar durante o seminário “Cinema Infantil Brasileiro: Trajetória e Futuro”. Na oportunidade ele aproveitou para dizer que não iria ficar falando só de cinema não: “O centro da minha preocupação no Brasil é a Educação. Há mais de 30 anos viajo pelo Brasil e conheço todos os tipos de escolas. Sou o ‘não especialista’ em Educação que mais entende do assunto”.

E Ziraldo completou: “O ministro da Educação do governo Fernando Henrique, Paulo Renato, tinha um plano, e era assim: ‘Vamos fazer um país de leitores’. Isso era sensacional. Apesar do Lula ter sido o melhor presidente do Brasil, sua gestão para Educação foi ruim porque desconstruiu essa premissa”.

Não tenho dúvida de que Educação é tudo! Da mesma forma entendo que a sociedade reconhece o valor do professor e transfere aos governos a responsabilidade integral pela qualidade da Educação pública. Nos últimos anos vimos testemunhando investimentos em obras, materiais, equipamentos e na melhoria salarial – graças às instituições do Fundef e Fundeb, desde o governo FHC.

Mas ainda é pouco para se recuperar da defasagem histórica, das boas escolas públicas dos anos 50 e 60.

O esforço do Brasil, que deve ter metas concretas para ter novas gerações melhor educadas, deve ir além do discurso de prioridade dos políticos e seus governos em todas as esferas. A Educação precisa ser tratada como uma urgência, envolvendo a todos, repartindo atribuições e responsabilidades.

Está mais do que na hora de encarar os desafios insuperados da Educação como uma causa nacional. Regras, como a do piso salarial nacional dos professores, precisam ser cumpridas como o mínimo a fazer no quesito vencimentos, mas os profissionais da Educação devem merecer a atenção com a sua qualificação, atualização e avaliação permanentes.

Em resumo, comemorando e refletindo o Dia do Professor em 2011, Educação melhor não se faz apenas com os melhores salários, e sim inclusive com eles. Nossa luta é por esse reconhecimento, suficiente e cada vez mais urgente!

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Juventude em direção perigosa!

É impressão minha ou nos últimos tempos a ocorrência de acidentes de carros, com jovens alcoolizados ao volante, vem aumentando? Como pai de adolescentes-jovens normais e habituados a freqüentar baladas, regularmente regadas a bebidas, confesso a minha preocupação com o perigo rondando e já atingindo colegas e amigos próximos deles.

Apesar de todos os meus alertas e recomendações, sobre os efeitos do álcool e os perigos de assumir a direção nessas ocasiões, sou atendido em parte, porque se não vou buscá-los no fim do divertimento ou eles deixam de lado a opção por um taxi na volta, muitos dos seus convivas oferecem carona e a chance de acidentes com os meus vem por atalho. Só sei que por decreto, puro e simples, fracassarei, fracassaremos.

Os jovens são as maiores vítimas da violência no trânsito do país. Segundo dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) a cada ano tem aumentado o número de mortos e feridos devido a acidentes de trânsito entre pessoas de 18 e 29 anos nas estradas e rodovias. Em dados percentuais, as vítimas fatais do trânsito crescem vertiginosamente nos últimos anos, inclusive ocupam espaços maiores na mídia, porque há um sentimento de alerta geral para coibir isso.

Especialistas acreditam que a mistura de álcool com direção é o maior vilão dessa triste estatística e que o jovem precisa ter mais consciência nas viagens. Entre 65% e 70% dos acidentes de trânsito houve ingestão de álcool. Se você somar isso ao excesso de confiança do jovem e de velocidade, o resultado pode ser um acidente.

O governador Geraldo Alckmin está anunciando uma importante campanha educativa para colher os frutos da redução do consumo de bebida alcoólica por adolescentes. Assim como fez com o cigarro, o governo paulista quer fechar o cerco contra o consumo de álcool, desta feita controlando a comercialização desbragada de bebidas a quem não tem idade para beber.

Resolvi iniciar esta discussão porque estou convencido de que há muitos pais vivendo esse problema. Não deixei para depois da campanha educativa do governo, porque precisamos antecipar em casa a preparação dos nossos filhos para a validade dos recados que estão por vir. Morte prematura, não! Sou pela vida e defendo políticas públicas que protejam a sociedade em todas as suas faixas etárias. Estou consciente de que preciso fazer a minha parte, porque o Estado não é o meu pai!

E essa consciência me atormenta pela aproximação dos fatos relatados e denunciados frequentemente por todas as mídias. Minha apreensão se precipita por causa de um acontecimento recente. Acabo de saber, informado por minha filha, que três amigos seus envolveram-se em acidente grave no último final de semana. E eles não foram os primeiros e muito menos serão os últimos. Há tempo de mudar esse destino, conversando a respeito, além das palavras que substanciam as leis. Os perigos da direção estão em todos os lugares e não vou andar na contramão deles, quando posso alcançar modos preventivos educando!

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Qual o tamanho do número de vereadores?

As Câmaras Municipais de vereadores estão decidindo qual o número de cadeiras deverão ter para a próxima disputa eleitoral em 7 de outubro de 2012. Acompanho com interesse e curiosidade as manifestações das pessoas nas redes sociais, cartas dos leitores de jornais e revistas, bem como do noticiário das votações. Há muita contradição nos argumentos, tanto dos defensores do aumento do número de representantes, quanto daqueles que radicalizam menosprezando a importância dessa representação política local.

Franco Montoro não se cansava de dizer que o “povo não mora no Estado ou na União, mas no Município”, célula dos acontecimentos que dizem respeito ao cotidiano das pessoas e da prática da cidadania. Uma Câmara de Vereadores bem representativa da comunidade significa uma conexão direta com a preparação de cidadãos, de modo que estejam mais prontos para entender e interagir com as demais esferas institucionais.

Acontece que hoje em dia essa questão enfrenta uma resistência maior, inclusive sobre a sua própria razão de ser, em função da corrupção e a farra desbragada com o dinheiro público. A corrupção é uma chaga nacional e vem sendo rechaçada com todas as letras e adjetivos conhecidos. Nesse caso específico, o pior, para os políticos locais, é que a corrupção é associada imediatamente à classe política, recaindo num primeiro plano ao político mais próximo, no caso o vereador.

Está certo que muitas Câmaras são manipuladas pelos prefeitos ou até por partidos que dominam a cena política nas cidades. A desinteligência impera, porque não respondendo às expectativas da população, não faltam palavras de ordem contra a existência do parlamento ou de repulsa quando se emanam palavras sobre a valorização da sua importância. O momento político inclui atualmente o debate sobre a autorização do aumento do número de cadeiras para vereadores, de acordo com a legislação e os números assegurados pelo censo nacional da população. Não haverá mais polêmica se as atuais composições permanecerem inalteradas, mas o grande problema está no custo público da manutenção dessas estruturas legislativas.

Em alguns municípios, quando houve uma orientação para a redução do número de vereadores, os orçamentos se mantiveram e os recursos foram distribuídos entre os que sobraram para cumprir esse papel. Agora, quando se fala no aumento de cadeiras e a sociedade repudia, ninguém justifica que o orçamento precisa ser redistribuído para um número maior sem alteração nos percentuais constitucionais e/ou das leis orgânicas municipais.

Entendo que essa representação é importante e educativa para a cidadania. Acho injusto repudiar apenas para punir uma classe em desgraça, diante da impunidade contra os desmandos e a corrupção. Mas quando é que verdadeiramente teremos uma agenda de urgência cumprida e todo político honrando o seu papel? A instituição do voto distrital, por exemplo, pode oferecer uma contribuição ao eleitor, na medida em que escolherá os conhecidos, comprometidos, cientes das demandas visíveis e/ou sentidas pela sociedade. Haverá uma participação dos eleitores nas escolhas e nos mandados dos eleitos.

Sou favorável à democracia com transparência e a participação da sociedade. Os vereadores precisam cumprir o papel de articulação e mobilização dos cidadãos para entender e valer a sua importância e consideração. Portanto, não é uma questão menor discutir o tamanho das Câmaras de Vereadores. Menor é rejeitar essa discussão e aceitar que o Poder Legislativo, na essência da democracia a voz do povo, se resuma à submissão dos outros dois poderes – Executivo e Judiciário – sem voz e sem eficácia.

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Parlamentarismo, já ?

Não é possível dizer que o atual governo federal é comandado por gente inexperiente. Os erros que estão aflorando graças ao espetáculo de corrupção desvairada em vários ministérios, envolvem políticos e gestores de múltiplos escalões e significam o efeito retardado do estilo luloPTista de governar, desde 2003. Oligarquias políticas brasileiras emprestam jeitos e procedimentos que o PT absorveu e aprimorou. Foi-se a propriedade da ética, e a oposição capitulou no auge do “mensalão”, justificando que mantinha o comportamento responsável ao invés de repetir a aposta no quanto pior melhor. De lá para cá estou cada vez mais convicto da importância de mudar o Sistema de Governo, do Presidencialismo para o Parlamentarismo. Nada a ver com golpismo, como devem interpretar os sujos e também os mal lavados que apóiam cegamente os atuais inquilinos do comando do Brasil.

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Herança de Lula: fora Dilma?

A crise está instalada no governo federal. As revistas semanais reproduzem os efeitos da herança subterrânea de Lula e as segundas-feiras funcionam como choque de realidade num governo técnico-político que mais parece uma barata tonta. Primeiro foi a descoberta do milagre da multiplicação de ganhos com consultoria de Antônio Palloci. Depois a lambança no Ministério dos Transportes, com o superfaturamento de obras e corrupção no Dnit – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Agora o Ministério da Agricultura perde o véu com os negócios em licitações na Conab – Companhia Nacional de Abastecimento e na própria pasta. Não faltam argumentos para sugerir um bom combate à corrupção, com uma faxina de verdade, desta feita incluindo a desgovernabilidade da presidente Dilma Rousseff (PT). O momento é pálido para os herdeiros de Lula, mas eles tergiversam comemorando os resultados do Datafolha sobre os sete meses do atual governo.

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Prévias, no partido dos outros ?

Prévias ou primárias são temas recorrentes nos partidos políticos, quando se aproximam as escolhas de candidatos para o Legislativo e Executivo. O poder de decidir é restrito à comissão diretora executiva da máquina partidária, que quase sempre contempla fatores como a força de grupos majoritários, fila de lideranças e desempenho em pesquisas internas ou exposição na mídia. O historiador Marco Antonio Villa publicou artigo sobre o assunto no Caderno Aliás, do jornal “O Estado de São Paulo”, enfatizando uma crença minha também, de que “as prévias podem oxigenar o debate político extrapartidário. Com a cobertura da imprensa e o interesse das lideranças de ganhar espaço, os grandes temas estarão presentes muito antes do início da campanha” (http://bit.ly/pBWbQ0). Ora, apesar de defender como militante a abertura de canais de participação e decisão dos rumos e projetos do PSDB, no meu caso, é evidente, historicamente, confrontar que só não apóia o instituto de prévias partidárias quem já ganhou nas convenções, com a participação de todos os filiados aptos a votar, a direção do processo político e o poder de decisão.

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Amy nos enluta

27 anos de idade hoje em dia significa mais de 1/3 da nossa expectativa de vida. Dói testemunhar perdas prematuras como a da morte da cantora Amy Whinehouse. Surpreenderia se Amy conseguisse viver muito mais com os seus usos e costumes, mas ninguém torcia pela sua vida breve. Não foi o melhor exemplo para os nossos filhos, tal qual ídolos nossos que tiveram o mesmo destino e também se foram aos 27 anos, como Janis Joplin, Kurt Cobain, Jim Morrison e Jimi Hendrix. Compreendo a realidade. Incluo-me entre aqueles que não optaram pelo uso das drogas, atento às informações e percepção do meu meio ambiente. Por isso acho que faz todo sentido FHC despertar o Brasil e o mundo para a organização e tratamento desse destino. Vida breve não faz sentido!

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PT na contramão da ONU

Notícia divulgada na edição de quarta-feira (13), do jornal “O Estado de São Paulo”, pelas repórteres Andrea Vialli e Rejane Lima, revela o reconhecimento das construções da CDHU – Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano em Cubatão, pela ONU – Organização das Nações Unidas, como exemplares na prática sustentável e que podem ser replicadas em outros países. Curiosamente, a bem sucedida iniciativa do Governo do Estado, na época comandado pelo governador José Serra, que decidiu criar e começar a executar o Programa de Recuperação Socioambiental da Serra do Mar, foi vista como uma promessa de políticos no início – a bem da verdade, só no início.

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O ‘bolo’ do Congresso Nacional

A oposição tem uma representação menor no Congresso Nacional, quando se fala em quantidade. Hoje, PSDB, DEM, PPS e PV contam com cerca de 120 parlamentares na Câmara dos Deputados, enquanto o rolo-compressor, comandado pelo PT e PMDB, detém 393 deputados federais. A democracia proporcionou esse cenário nas eleições de 2010, mas a atual conjuntura, que exige decisões que importem um país mais transparente e justo, pode não ser modificada por causa do rumo avassalador do governo PTista, que herdou um passivo de comportamentos duvidosos desde Lula e que, aos poucos, a sociedade só conhece graças às vozes firmes de Duarte Nogueira (deputado federal, líder do PSDB), Álvaro Dias (senador, líder do PSDB), Antonio Carlos Magalhães Neto (deputado federal, DEM) e Roberto Freire (deputado federal, PPS).

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Prisão de mensaleiros educa País!

O relatório final do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, sobre o mensalão do PT no governo Lula, pode encerrar uma etapa dessa lufada sobre o patrimônio ético e moral do partido, mas arremete para um novo pouso sobre as expectativas depositadas na decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Os empréstimos fraudulentos aos bancos Rural e BMG ao grupo do publicitário Marcos Valério e ao PT ultrapassam R$ 75 milhões, agora 25% maior do que vinha sendo divulgado desde a explosão do escândalo impune.

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