Blog do Raul

Cubatão

Jogos não tão virtuais

SP inicia campanha entre professores
Entende-se por virtual o que não existe como realidade, mas sim como potencia ou faculdade. Também pode-se afirmar que o virtual é algo inexistente que provoca um efeito, que de tão próximo da verdade, sua existência acaba sendo considerada. Exemplos disso estão escancarados no cotidiano e em especial na comunicação contemporânea por conta dos usos desbragados das redes sociais. E é nesse território, que muita gente acha livre, que o virtual se confunde com a realidade, em especial para os desavisados.
Nesse contexto crescem nos últimos dias as consequências do Desafio Baleia Azul, principalmente entre crianças, adolescentes e jovens. Especialistas pontuaram que “não se pode dar tanta importância para um jogo, mas é hora de falar sobre o assunto”. As ocorrências que derivaram do exterior para o Brasil, foram graças à comunidade global, como preconizou o dito popular sobre um tal de “mundo velho, sem porteiras”.
As primeiras reações da sociedade que tem escrito coisas sem pensar nas redes, motivada pela leitura apressada e sem refletir, indicam uma transferência instantânea das responsabilidades ao sistema educacional brasileiro. Mas é prudente em demasia que se pensem e ajam de forma compartilhada com foco no papel da família, de modo basal e preventivo.
O Governo do Estado de São Paulo já reforçou em boletim extraordinário da Coordenadoria de Gestão da Educação Básica, que deve servir de orientação geral para ações organizadas e gerais, sobre “o compromisso da escola e dos educadores com a diminuição da vulnerabilidade de crianças e adolescentes em situações que possam vir a comprometer a integridade física, psíquica e emocional dos estudantes”.
Há o consenso propagado pela Organização Pan-Americana da Saúde, de que “a adolescência é um período da vida marcado por mudanças, incertezas e experimentações. Uma fase rica em sonhos e aprendizados, mas também carregada de riscos e armadilhas”. Quanto mais amadurecemos parece que nos tornamos menos corajosos e destemidos. Quem consegue dormir enquanto os filhos não estão ainda em casa? Quase todos nós, porque sobra-nos as sensações de medo e insegurança pelo conhecimento das ameaças externas.
Mas a um passo da sala ou do quarto rondam perigos reais, que entraram na sua porta sem tranca. E é nesse sentido que, educadores e corresponsáveis pela geração que ainda depende da educação básica, deve reforçar as ações pedagógicas de conscientização quanto ao uso seguro da internet e temas relacionados à melhoria da convivência no ambiente escolar e na comunidade do entorno real, como o bullying, a pedofilia, a intolerância de toda ordem etc., acolhendo e conversando sempre.
O assunto Desafio Baleia Azul ocupa as mídias e ainda há uma parte de pessoas e instituições que optou por não tratar do jogo ou do tema com os filhos ou alunos, para evitar que eles se inspirem nos relatos. Buscar meios de falar dele, sem medidas extremas como a desconexão virtual e sem parecer uma nova lição de moral ou revelação dos medos que os mais maduros têm do desconhecido, deveria pautar ações de reaproximação pessoal, diálogo, diminuindo o isolamento social reinante.
Que estas reflexões nos estimulem a tratar desses jogos virtuais e de suas implicâncias na sociedade, com inteligência e respeito. Por trás da “brincadeira”, certamente estão hackers, perturbados mentais, que cultuam o mórbido e o macabro. À nossa frente, por exemplo, está uma sofrida mãe de São Carlos, minha conhecida dentre tantas mundo afora, atingida pela torpe experiência a que seu menino se permitiu.

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Cosipa no reino da Dinamarca?

COSIPA ilustraçãoO quê realmente está acontecendo com o complexo Usiminas, nas suas usinas Usiminas de Ipatinga e Cosipa de Cubatão? Crise? Que crise é essa? Qual o tamanho dela? A região da Baixada Santista e São Paulo vão pagar um preço social caro por ela.

Cenários para essa avaliação expõe em primeiro plano, o tamanho da dívida líquida da Usiminas, da ordem de R$ 7,6 bilhões em junho. Comparando, de forma simplista, o seu valor de mercado, que em 31/10 era de R$ 5,32 bilhões, apesar do valor contábil em 30/06 ser de R$ 17,6 bilhões, o valor de mercado da empresa não quita suas dívidas.

No final de outubro, o seu vice-presidente financeiro, Ronald Seckelmann, disse “trabalhar nos próximos 12 a 18 meses para refinanciar próximos vencimentos”, ampliando outra vez os limites de endividamento.

No último dia 12/11, analistas do Credit Suisse opinaram sobre o Plano de Recuperação da Usiminas, que os executivos da empresa não forneceram informações suficientes para mudar a avaliação negativa sobre ela. Aliás, posição idêntica de representantes do BTG Pactual, um de seus acionistas, gerando uma desconfortável e grande dúvida do mercado.

Os seus controladores mantém o discurso do mercado siderúrgico em crise, com os preços do aço em queda, a demanda fraca. Escondem que a disputa de poder entre os grupos Nippon Steel e Ternium/Techint no Conselho de Administração colaborou para essa crise, ao invés de buscarem uma redefinição para os principais rumos da empresa.

Supõe-se erros básicos, já que a economia estava mal o ano passado e poderia piorar. Por exemplo: será que não foi prejudicial em meio à guerra de acusações, de bônus distribuídos e pagos a diretores, sem a autorização do Conselho, e a descoberta de “contratos fantasmas” da ordem de R$ 20 milhões pagos sem a contraprestação de serviços?

Refletem se a “administração mineira” não penalizou a Cosipa, usando-a apenas como “lastro” para financiamentos a Usiminas. Em anos anteriores à sua privatização, a Cosipa bateu recordes de produção, superando sua capacidade nominal instalada. E exportou quando não havia tradição siderúrgica brasileira no segmento exportação.

São dois pesos e duas medidas sobre Ipatinga e Cubatão. Ambas com uma linha de chapas grossas basicamente da mesma época e de mesma tecnologia. Modernizaram Ipatinga; Cubatão, não. Em qual teve a produção suspensa? Cubatão. Na gravíssima crise de caixa, onde demitir mais? De quatro a cinco mil demissões, em Cubatão. Não houve tempo de aumentar a produtividade, diminuir custos, implantar novas tecnologias, tornar a empresa altamente competitiva frente às novas condições de mercado? Qual o destino da usina cubatense?

Qual a concretude das ações políticas e da própria FIESP, esta última, calada, sem dar um pio para fazer valer a importância do maior centro industrial do país – Estado de São Paulo – e garantir a permanência da sua única siderúrgica de porte? Ou será que as indústrias paulistas preferem importar aço quando a economia aquecer? Enfim, entre o céu e a terra, imensas dúvidas…

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Mais segurança, com presença pública!

Além de políticas públicas para todos, polícia na comunidade.
A insegurança pública é uma das maiores preocupações da comunidade. E a população está assustada com a onda de assassinatos. Sabe-se que muitos desses crimes têm conexão com a eficiência policial de São Paulo contra o crime organizado e o tráfico de drogas. Policiais ativos e inativos também são alvo de atentados, como uma resposta marginal, e o governo do Estado promete que ampliará cada vez mais a sua presença para controlar e por fim a essa situação de conflito.
A Secretaria da Segurança Pública tenta tranquilizar os cidadãos atormentados com os boatos de toque de recolher, informando a elevação do número de policiais mais próximos das suas casas, bem como do aparelhamento das condições da Polícia para esse combate. Percebo que as pessoas estão com medo e mudando as suas rotinas. Ficam com o coração nas mãos enquanto os seus familiares e mais próximos não retornam do trabalho, da escola, do lazer etc.
O estado de violência é estimulado quando há desigualdade social e carência de recursos públicos em todas as partes das áreas urbanas dos municípios. Tomo como exemplo Cubatão, onde áreas caracterizadamente urbanas ressentem da urbanização de fato, como nos bairros da Vila Esperança e na Vila dos Pescadores.
Foi-se o tempo em que emprego, saúde e educação pontuavam nessa ordem, as maiores preocupações das famílias. Pesquisas de opinião, recentes, elevam a falta de segurança como a prioridade. Eleitores da Capital de São Paulo são quase unânimes na opinião de que um dos principais problemas da cidade é a necessidade de investir em iluminação e espaços públicos bem cuidados para ajudar a inibir a violência.
Em Nova York, a política de “tolerância zero”, bastante propalada desde a época em que Rudolph Giuliani foi seu prefeito, de 1994 a 2002, valeu-se da eliminação da desordem para conseguir reduzir a violência e a criminalidade. O ex-secretário Nacional de Segurança Pública do governo Fernando Henrique Cardoso, José Vicente, aplaude e comenta sobre essa iniciativa nova-iorquina, argumentando que “com a desordem urbana, os infratores se sentem muito confortáveis para praticar pequenos, médios e grandes delitos. Quando o ambiente fica confortável para o cidadão, se torna desconfortável para o criminoso”.
Não faltam políticas públicas de caráter compensatório, como a Bolsa Família Federal e outras iniciativas, inclusive do Estado e do Município. Elas satisfazem por um lado, mas são insuficientes ainda para garantir a diminuição da vulnerabilidade de jovens na periferia, considerado o grupo mais exposto à violência, que necessitam de projetos educacionais, de recreação, qualificação ou requalificação para o emprego, sem contar uma atenção melhor nas necessidades com a saúde e com a educação básica de qualidade.
Cubatão precisa de um choque de gestão em sua infraestrutura. Os números são alarmantes, sempre que buscamos identificar as deficiências na mobilidade das pessoas, quer com os acessos às suas moradias, como com as condições de drenagem das ruas, saneamento, iluminação, endereço certo, fundamentais para dar ao povo a sensação de segurança que tanto precisa. Seus jovens não contam com esses tipos de projetos emancipatórios.
O Poder Público deve mostrar mais a sua presença, com a própria presença, executando políticas públicas que identifiquem e valorizem o caráter emancipatório dos beneficiados, e também estimulem o controle social das suas ações continuadas.
Estou convicto de que a iluminação até a última moradia de uma rua tranquiliza mais. Da mesma forma não tenho dúvida da preocupação do governador Geraldo Alckmin em interagir mais com os atuais e com os próximos prefeitos e prefeitas, para determinar estratégias e presença constante e eficaz do aparato público de proteção à integridade dos cidadãos.
Há muitos exemplos da Baixada Santista afora, de municípios que firmam convênios com as polícias civil e militar, em busca de ações integradas e eficientes com as suas estratégias municipais de segurança pública. Essas parcerias são conhecidas como ‘Operação Delegada’, que permitem aos policiais, especialmente treinados pelo Estado, atuar nos municípios nos seus períodos de folga e com melhorias salariais substantivas.
O Estado deve cumprir o seu papel. E a população precisa sentir essa presença. Assim começaremos a reduzir o estado de violência, fazendo com que as oportunidades sejam conquistadas onde cada um vive e cria as suas pontes com o futuro.

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Cubatão +20.

O Guará-Vermelho é a ave símbolo da regeneração ambiental de Cubatão.
A comparação feita pelo jornal ‘Folha de São Paulo’, em 16 de abril de 2012, entre os municípios de Santa Gertrudes, no Interior do Estado, e Cubatão, como duas vítimas dos males da poluição industrial, serviu para provocar a reação imediata do governo local em defesa do sucesso da recuperação ambiental no início dos anos 1990 e também para alertar a todos sobre o estado atual da poluição em cidades do Estado. De acordo com a atualização de dados dos relatórios de qualidade do ar, pela Cetesb, referentes a 2011, as concentrações de dióxido de enxofre (SO2), monóxido de carbono (CO) e partículas inaláveis (MP10) são bem menores que as observadas no final da década de 1990 e início dos anos 2000, graças aos diversos programas de controle adotados. Mas ainda há cuidados a serem tomados, tanto pelos produtores industriais quanto pelos responsáveis pelo trânsito de veículos nessas áreas e nos sistemas viários municipais e regionais.

O controle das fontes poluidoras é total, graças ao acompanhamento da sociedade e à fiscalização da Cetesb. No caso de Cubatão, os níveis recomendados pela Organização Mundial de Saúde – OMS, de 50 microgramas por metro cúbico normal de ar, ainda estão longe de serem correspondidos, principalmente por conta de questões climáticas no inverno, como inversões térmicas e falta de chuvas, além da emissão veicular de poluentes com a movimentação intensa de caminhões (movimento médio diário de quatro mil veículos pesados) que cruzam o Pólo Industrial e o Porto locais. Em 2011, na região do polo onde havia o núcleo habitacional de Vila Parisi (retirado de lá no fim dos anos 1980), Cubatão registrou um pico de 99 microgramas/m3.

A matéria da ‘Folha’ repercurte os números oficiais da Cetesb com um exemplo que relembra a pior condição histórica de Cubatão, que por mais de duas décadas amargou o sinônimo de “Cidade mais poluída do Mundo”. Hoje essa marca é superada por outros países, fruto da mobilização verificada aqui desde os anos 1970, pela sociedade civil organizada na Associação das Vítimas da Poluição e das Más Condições de Vida de Cubatão, da Câmara de Vereadores, da igreja católica liderada pelo saudoso Padre Nivaldo (Matriz Nossa Senhora da Lapa), da CEI – Comissão Especial de Inquérito da Assembléia Legislativa com os deputados Rubens Lara e Emílio Justo, organizações ambientais internacionais e a maior parte da imprensa brasileira e estrangeira.

Essa mobilização crescente resultou no início do Programa de Controle das Fontes Poluidoras da Cetesb, por decisão do governador do Estado na época, Franco Montoro. As indústrias do Polo Industrial apoiaram essa iniciativa e somaram recursos próprios com investimentos vultosos viabilizados pelo governo estadual na instalação de filtros e modernização para evitar a poluição nas suas fábricas cubatenses.

Os resultados positivos foram observados no início de 1990 e a partir daí Cubatão começou a se apresentar com os novos índices, para a comunidade científica internacional, comemorando o controle de praticamente 100% das suas fontes e quantidades de poluentes. Recordo que em 1992, quando eu era o secretário municipal do Meio Ambiente da Prefeitura, durante o evento “Eco-92” no Rio de Janeiro, tivemos a primeira grande oportunidade de expor a nova situação do município, pós-poluição, para visitantes estrangeiros e organismos governamentais e não governamentais de muitas partes do mundo. Muitos destes programaram visitas ‘in loco’ ao Polo, Vila Parisi, encostas da Serra do Mar, manguezais e parques locais, colecionando as melhores impressões sobre a conjugação de esforços de Cubatão.

Desde então a história é conhecida de todos. A ONU reconheceu Cubatão como modelo de recuperação ambiental e o município passou a viver sob um novo ciclo. Agora sobrassaem os esforços pela melhoria da qualidade de vida da população, com moradias dignas e seguras.

Usando uma das expressões da ‘Folha’, de que “a atividade industrial é o principal problema”, registro a minha discordância, da mesma forma que combatia no passado o desenvolvimento e os empregos a qualquer preço. Hoje é possível sintonizar desenvolvimento com o meio ambiente e a saúde das pessoas, a sustentabilidade é uma prática dos novos tempos.

Leio que os vereadores da cidade também acordaram para os números que ainda colocam Cubatão como uma das áreas mais poluídas do Estado. Como disse no início, esses dados são bastante inferiores em relação aos índices do passado, mas exigem a preocupação permanente de todos os setores, principalmente quando o Brasil se prepara para sediar no Rio de Janeiro, neste ano, a ‘Rio +20’. Esse evento mundial não pode servir de publicidade ao retrocesso ou apenas para repicar conquistas que dependem de avanços e manutenção permanentes. Uma nova agenda mundial para o meio ambiente será resultada.

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Do vinho para a água…

Governador Alckmin testemunhou mudança de visão do PT em Cubatão.
Quem esteve no Jardim Casqueiro, na última sexta-feira (6 de janeiro), durante a entrega de mais 784 apartamentos do Conjunto Habitacional Rubens Lara, pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), deve ter ficado espantado com a capacidade da prefeita Márcia Rosa (PT) interpretar o papel de política conciliadora e de colocar Cubatão e o próprio país em primeiro lugar, quando todo mundo estava habituado com o seu esporte preferido – o de criticar as ações do Governo do Estado no município. O quê não faz o sucesso de um empreendimento como o Programa de Recuperação Socioambiental da Serra do Mar, considerado pelos maiores especialistas do país como uma das iniciativas mais bem planejadas e executadas da história do Brasil.

Quantas vezes cobrei neste espaço, que a prefeita deveria facilitar as ações do então governador José Serra e depois de Geraldo Alckmin, com o trabalho importante da CDHU, da Sabesp e da Secretaria de Estado do Meio Ambiente? Quem se esqueceu dos meus textos alertando a prefeita petista para a boa convivência política, mesmo com os partidos contrários às suas ideias e modelos de gestão, enfatizando que Cubatão nunca foi uma ilha isolada ou uma Cuba ultrapassada e caquética?

O quê provocou essa mudança de comportamento da prefeita do PT? A qualidade dos projetos habitacionais desde José Serra? Ora, os conjuntos entregues nos últimos tempos pelo governador Alckmin não tiveram os seus projetos melhorados além do que já estava previsto para acontecer.

A prefeita, que agora enche a boca para parabenizar as obras dos conjuntos habitacionais realizadas pelo Estado, há pouco mais de seis meses incitava a população do Jardim Casqueiro, Parque São Luis e da Ponte Nova, contra a vinda dos moradores dos bairros Cota para junto da “elite cubatense”. Ela vai jurar de pés juntos que nunca teve qualquer objeção a um choque de classes e que sempre quis garantir a infraestrutura de acordo com a multiplicação de gente no mesmo bairro em que mora desde antes de ser prefeita.

Os resultados positivos dessas obras da CDHU já estavam previstos antes, porque o Programa Serra do Mar previa a qualidade e o menor impacto da multiplicação da população do Jardim Casqueiro. E a professora Márcia Rosa quer se aproveitar agora, quando não pensa em outra coisa senão na tentativa de se reeleger para o cargo de prefeita, da ação bem sucedida do governo do Estado.

Esse é o jeito do PT governar. Quando um projeto é reconhecido pela população, o petista não perde tempo e se apropria dele, como se fosse iniciativa sua. O petista acha que somente os petistas são capazes de produzir coisas boas para o povo. Recentemente li os resultados de um trabalho da socióloga Lourdes Sola, da Universidade de São Paulo, que a propaganda dos governos do PT é tão intensa que ela consegue que as pessoas acreditem que as melhores iniciativas são sempre dos petistas, sem perceber a falta de verdade dos fatos nas campanhas.

Nessa pesquisa, até o Plano Real de Estabilização da Moeda é considerado uma criação de Lula, quando na verdade foi dos ex-presidentes Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso. Sem falar na Bolsa Família de hoje, que é apenas a mudança do nome do programa iniciado durante o governo FHC, com a denominação de Bolsa Escola.

Com essa natureza, metamorfoseante da prefeita Rosa, vale mais uma vez alertar o povo cubatense sobre o quê está por vir. Na contagem regressiva do ano eleitoral, obviamente o PT não ficará vermelho em assumir para si tudo o quê acontecer em benefício de Cubatão, exceto o que pode não dar certo, como a maioria das suas próprias falhas e a capacidade limitada de gerir pensando no todo. Todo governante municipal precisa buscar parcerias com outras esferas de poder, principalmente com o governador Geraldo Alckmin, que é muito querido pela população e será um importante fator de decisão, para os que se preocupam com o futuro de Cubatão, da Baixada Santista e preferem acreditar na verdade.

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Cubatão bem vista!

Festival “Danado de Bom” 2011

As chuvas sobre a Baixada Santista, desde o início do feriado prolongado, foram satisfatórias além da conta para as intenções da prefeita Márcia Rosa (PT), de propagar o “Festival Cubatão Danado de Bom”. Costuma-se dizer que, no Litoral, quando o mar está indisponível para banho e frequência nas praias, os bares estão disponíveis. Isso para usar esse trocadilho contra a ausência de programação na maioria dos municípios da região e pela felicidade alcançada pela prefeita com o evento cubatense deste ano, que repercutiu como a sensação de todas as mídias, tanto pela programação bem selecionada, quanto pela quantidade de público que ele levou todos os dias ao kartódromo municipal.

Os investimentos foram elevados, como exigem eventos dessa natureza, com a qualidade que ele mereceu. Mesmo sem dispor dos números conquistados na medição da mídia espontânea para o Festival, nos momentos em que me dediquei a ver a programação da TV regional e ler os jornais, posso afirmar que o sucesso passou por aqui e Cubatão saiu ganhando no mínimo cinco vezes mais o valor investido na sua organização.

A Baixada Santista recebeu milhares de turistas de outras regiões do Estado e eles também foram atingidos pelos efeitos do festival, como uma marca interessante agora no calendário oficial de eventos do Estado de São Paulo. Pode ser até que Cubatão não consiga ser considerada uma Estância Balneária, como pretende um projeto de lei em tramitação na Assembleia Legislativa de São Paulo, mas definitivamente está inserida no roteiro de atividades obrigatórias para os visitantes da Baixada.

No ano passado fui à apresentação da encenação dos “Caminhos da Independência”, no Jardim Casqueiro, e naquela ocasião elogiei a capacidade de organização de eventos pela área cultural do município. Comentei inclusive neste espaço, a associação do talento dos nossos atores com a infraestrutura destinada àquela apresentação ao ar livre, um espetáculo e tanto.

Esses acontecimentos são importantes para valorizar a produção cultural e artística regionais. A Baixada Santista está no olho do furacão, quando se revelam as evidências do crescimento econômico que será proporcionado com a exploração do petróleo e gás na Bacia de Santos. Tudo vem evoluindo de maneira muito rápida e ainda vamos pagar o preço da desatenção com o planejamento, a exemplo do que tivemos quando o Pólo Industrial começou a se instalar em Cubatão nos anos 50. As ocupações foram aleatórias e sem qualquer preocupação com o meio ambiente e com a sustentabilidade das novas plantas e destinações, e pagamos caro por isso.

Estamos ainda muito longe de atingir o melhor estágio de desenvolvimento em sintonia com a melhoria da qualidade de vida para todos. Ao mesmo tempo em que Cubatão se destacou no feriado pela sua grandiosa capacidade de organização de eventos profissionais, os resultados apresentados do IBGE – Censo 2010 – serviram de ducha de água fria para nos alertar que ainda há muito a fazer pelo povo.

Alegria é bom, mas o bem estar do povo cubatense precisa ser inserido com destaque maior na próxima década. Os governantes desta cidade, de hoje e do futuro não podem perder de vista essa constatação, aparentemente óbvia, mas vital para sorrir mais amanhã, sem culpa!

Foto: Jordana Lima Duarte (Jornal Povo de Cubatão).

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Colorindo de PT.

O PT marca posse da coisa pública.

Durante uma polêmica política sobre o uso e abuso de tintas vermelhas nas paredes das escolas do município de Cubatão, pelo atual governo do PT na Prefeitura, a prefeita Márcia Rosa ironizou o fato com um escapismo, dizendo que daqui a pouco a oposição local vai “proibi-la de plantar rosas na Cidade”. Achei debochada a sua manifestação, porque os vereadores apenas cobram o cumprimento da Lei Orgânica, que determina que as cores oficiais do município sejam o verde e o branco. E, além do mais, o quê falta aos fiscalizadores da aplicação da Constituição Federal para agir contra o aparelhamento do Estado e favoravelmente aos princípios da moralidade, da probidade e da impessoalidade?

O PT está acima da lei? Há um conforto ou sensação de impunidade, apenas porque o presidente da República do PT nomeou a maioria dos atuais ministros do Supremo Tribunal Federal? Nos últimos dias, o Tribunal Superior Eleitoral decidiu punir o PSDB, cassando-lhe o direito de expor as suas ideias em programas e comerciais de rádio e TV durante o próximo ano, condenando-o pela interpretação do uso eleitoral desse horário político como campanha antecipada de José Serra em 2010.

Ora, como concluem os mesmos ministros em relação à transformação dos atos de anúncio de obras do PAC em comício, dois anos antes e durante 2010, com recursos públicos e opinião política e eleitoral do então presidente Lula? Acho inaceitável o uso de dois pesos e duas medidas.

O PT tem mania de se usar os espaços públicos para personificar as suas marcas. No governo federal, a mulher de Lula, dona Marisa Letícia, decorou os jardins do Palácio da Alvorada com um canteiro de flores vermelhas construído em formato de estrela. Aparentemente, um pequeno gesto doméstico e de abuso da família do ex-presidente, que se apossou de espaço público, importante também pelo fato de que é uma área tombada por representar o paisagismo desenhado por Burle Marx quando da construção da residência oficial dos presidentes da República.

Em Cubatão, o espírito do PT é o mesmo, identificado com os maus exemplos gerais do partido, repete a apropriação partidária do que pertence a todo o povo daquela cidade. Além de usar o vermelho nas pinturas de prédios públicos, pintou de vermelho as faixas de segurança das ruas e avenidas, a fachada do portal de um parque público em reformas (Parque Anilinas) e, incrivelmente, os ônibus das linhas municipais tiveram, além do vermelho, a identificação do prefixo dos veículos, iniciando com o número 13.

Esses fatos não são uma provocação política, partidária ou anedota. É o retrato do abuso de poder. Não me cabe julgar, além de registrar essas observações, mas é preciso registrar e alertar que as atitudes desses governantes vão muito além das pinturas, jardins, prefixos partidários. Desde o início do governo Lula, em 2003, o país vem mergulhando na maior crise moral da história da República, uma vez que se apossam de todos os órgãos públicos, estatais, verbas públicas, cargos e posições da máquina administrativa. Em Brasília ou em Cubatão há indícios de que os petistas avançam sobre as leis para ameaçar, intimidar e perseguir, por meio de dossiês ilegais e todo tipo de constrangimento, os líderes da oposição.

Em 2008, o PT aproveitou em Cubatão a mesma estratégia que deu certo para a primeira eleição da Presidência da República em 2002. O PT venceu com um discurso comprometido em florescer uma cidade rica e cinzenta, deixando bem clara a sua independência em relação a todas as lideranças políticas que um dia ocuparam a gestão da Prefeitura cubatense. No nível nacional defendeu a renovação publicamente e estabeleceu alianças bastante conservadoras privadamente.

Estamos a um ano das eleições municipais. E a três anos das eleições presidenciais. O sentimento de frustração com o descumprimento de promessas mudancistas tem sentido educativo, pelo imperativo de provocar a população à reflexão sobre o comportamento dos políticos, duvidando que não sejam todos “farinha do mesmo saco”.

A Câmara de Vereadores de Cubatão e o Congresso Nacional precisam ter posicionamento independente e responsável. Não é possível aceitar o oportunismo, a apropriação indébita e a negação de valores fundamentais de uma República de cidadãos.

Nunca é demais clamar com um alerta: reaja Brasil!

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PT na contramão da ONU

Notícia divulgada na edição de quarta-feira (13), do jornal “O Estado de São Paulo”, pelas repórteres Andrea Vialli e Rejane Lima, revela o reconhecimento das construções da CDHU – Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano em Cubatão, pela ONU – Organização das Nações Unidas, como exemplares na prática sustentável e que podem ser replicadas em outros países. Curiosamente, a bem sucedida iniciativa do Governo do Estado, na época comandado pelo governador José Serra, que decidiu criar e começar a executar o Programa de Recuperação Socioambiental da Serra do Mar, foi vista como uma promessa de políticos no início – a bem da verdade, só no início.

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Diálogo sobre a Serra do Mar !

Semana passada, as principais lideranças políticas de Cubatão, envolvidas com o andamento do Programa de Recuperação Socioambiental da Serra do Mar, viveram um momento histórico, de diálogo com um dos principais dirigentes dessa ação governamental no Governo Geraldo Alckmin: o secretário de Estado do Meio Ambiente, deputado estadual Bruno Covas. Ele tem uma tarefa das mais árduas na visão de grande parcela da população cubatense: continuar o processo de realocação das famílias que vivem em áreas de risco e de proteção dos mananciais de água da Baixada Santista, dos bairros Cota e Água Fria, compreendendo as características de cada lugar e da sua gente.

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Cubatão perde POLI-USP !

Notícia publicada nos jornais “O Estado de São Paulo” e “Jornal da Tarde” de ontem, praticamente encerram a história do relacionamento de Cubatão com a Escola Politécnica de Engenharia da Universidade de São Paulo (POLI-USP), que agora está a um passo certo de Santos. Pois é, enquanto a professora Márcia Rosa (PT), que antes de ser prefeita era uma fervorosa defensora do retorno da POLI-USP ao município, cria todo tipo de dificuldade para dar as garantias que a universidade precisa para funcionar de fato, o prefeito de Santos, João Paulo Tavares Papa (PMDB) deu xeque-mate: “Vamos oferecer condições para que a USP se firme aqui, pois ela é ferramenta essencial para o nosso desenvolvimento”.

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