Blog do Raul

Minha mãe morreu com Alzheimer

Esta semana foi triste para mim. Perdi minha mãe por inteiro, no alto dos seus 80 anos de mulher feliz com as coisas mais simples da vida. Fazia pelo menos 10 anos, que ela lutava para se desvencilhar de um "alemão" degenerativo, Alzheimer, que tomou para si, por mais doces que fossem, as suas lembranças do presente. Para nós, seus filhos, restavam mergulhar nas experiências passadas, para ter a sensação de que continuávamos juntos em algum momento do quê lhe sobrara de vida, de mãe presente.

Sei muito bem que não sou o único filho a conviver com a experiência de pais com a Doença de Alzheimer. Sempre que questionado do seu paradeiro pelos amigos mais próximos, dada a minha relação afetuosa e cúmplice de Dona Dedé (Lygia de Oliveira Sanchez), revelava que ela estava "vivendo" o terceiro estágio da doença e a esta altura cuidada em uma clínica especializada em Santos.

A Doença de Alzheimer se divide em três estágios: leve, moderado e grave. Cada estágio pode durar alguns anos. Conforme explicação dos médicos que acompanharam Dona Dedé, desde o início, e também dos manuais e matérias pela imprensa disponíveis, o Alzheimer "conquista" aos poucos os seus pacientes, dificultando a sua cognição (pensamento), com os padrões de comportamento e com a rotina diária. Esses padrões abrangem a personalidade, o humor, o nível de atividade e as percepções do ambiente. À medida que a doença evolui, "o indivíduo afetado depara-se com mais e mais desafios nessas áreas".

Desse modo fui perdendo a interessada Dedé, que era uma mulher ativa e, apesar da sua pouca escolaridade (sábia como toda mãe foi a responsável pelo início de minha alfabetização em uma cartilha do seu tempo de menina), tinha fome de informação e não escondia o seu prazer com as descobertas e facilidades do mundo além de Brotas (ela nasceu no Interior de São Paulo e vivia em Santos desde 1971).

Quando começou a "trair" meu pai (Christiano Sanchez, falecido em 2004) com Alzheimer, nossa família foi surpreendida pelo seu comportamento. No passado (ainda hoje há quem se confunda no diagnóstico, apesar da elevação dos níveis de informação sobre o tema), o seu novo comportamento lembrava o quê era mais fácil de ser taxado de esclerose; até brincávamos quando ela esquecia de alguns acontecimentos mais recentes (ih, mãe, você precisa tomar "memorioton"). Éramos alegres ignorantes no assunto Doença de Alzheimer.

Então, para compartilhar um pouco as informações sobre a vida de minha família nos últimos dez anos, faço questão de registrar a dedicação de minha irmã Analúcia, que liderou o papel de "cuidadora" de mamãe, na maior parte das vezes impedida de atender à sua própria casa, seu marido e filhos. Para que o leitor "ignorante no assunto Alzheimer" tenha uma noção real dessa parte da vida de minha irmã, só posso confirmar que "cuidar de alguém com esse tipo de demência é física e mentalmente esgotante".

Analucia viveu nesses últimos anos da presença de minha mãe entre nós, num verdadeiro estado de suspensão, sobressalto constante, justamente porque as soluções que se apresentavam para um momento eram impossíveis de considerar como norma para depois. Nada poderia ser programado, além da necessidade de estar presente, à sua mão. Analucia não cuidou mais de si mesma e agora precisa refazer o seu caminho nesta vida. Estamos apoiando o seu renascimento, aos 45 anos de idade.

Por fim, apesar de reconhecer todos os sintomas do Alzheimer em Dedé, responsável pela sua "morte" faz pelo menos três longos anos, pensava que estaria preparado para o final, quando seria uma "libertação" para si mesma. Ingenuamente achava que ela deixaria de sofrer e de nos fazer assistir ao seu sofrimento. Não é bem assim, queria mesmo Dedé perto de mim. Saudades!

Nota: Dedé faleceu no último dia 7 de novembro, em Santos, por insuficiência cardíaca, não de Alzheimer. 

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53 comentários em “Minha mãe morreu com Alzheimer”

  1. Difícil encontrar palavras; apenas tenho a certeza de que você e os demais entes queridos da “dnª Dedé”, embora a perda física, a guardarão eternamente em seus corações e pensamentos. E eternamente ela continuará guardando os seus caminhos.

  2. Délia Guelman

    Queridíssimo,

    Não há palavras que possam lhe consolar, sei disso. O que você escreveu é um alento para você e uma prova do quanto está sofrendo, também.
    Só posso dizer que você conta com meu carinho, sempre e meu apoio no que precisar, agora.
    Fique em paz, com Deus.
    Beijo grande da sua amiga, também Dedé.

  3. Alberto e Maria Candida

    Raul

    Nossos sentimentos a toda sua família, sabemos que este “alemão” vem cada vez mais tomando nossos entes mais queridos, mas seu espirito, com certeza, continua a olhar por vocês.
    A mãe da Candida também esta com Alzheimer há uns 7 a 8 anos.
    Um grande abraço

    Alberto e Candida

  4. Raul, você agora tem um casal de anjos da guarda, os que lhe trouxeram ao mundo das aparências em que você lida e luta muito bem.
    Quando alguém está para morrer, não por acaso se costuma dizer “Está desenganado/a* Aqui e agora é a energia mais condensada que serve para nosso aprendizado ao lidarmos como recptáculos da luz e iluminarmos as sombras que nos cercam e assimilarmos as luzes que nos rodeiam.
    Pode crer que depois dessa cruz física, Dona Dedé está em outro plano superior de vida a lhe apoiar, sempre, como esteve cá, entre nós.Não sou religioso, tampouco filósofo,
    mas algo a vida me deu em troca da “envejuvenescência” ou no social…envelhecimento, e o natural ostracismo: Tolerância,um certo entendimento com a Natureza, suas coisas e loisas que me permitem perceber um pouco da Cosmovisão (Indígena, aliás)
    Ela descansou e sua irmã Analucia por tal dedicação, terá
    a compensação pois essa é a nossa *real-idade* hollística.
    Enfim, mano Raul, essa nova condição física de dona Dedé é invisível, neste plano de vida, porém é perceptível pro seu coração…e do seu sentir aprimorado…Um abração do seu amigo e companheiro das velhas e novas batalhas pelas razões humanistas.
    Ivan Alvim

  5. Cida Salgueiro

    Deixo um abraço, ainda que virtual, ja que as palavras, em momentos como este, sao sempre insuficientes.
    Beijos
    Cida Salgueiro

  6. Raul, somente quem passa pela situação de assistir impotente o Alzheimer ir afastando lentamente nossas pessoas queridas do mundo real, pode entender o doloroso processo do sentimento diário de perda pelo qual passamos. Que a sua dona Dedé, assim como a minha dona Lila, tenham encontrado a paz na outra dimensão onde hoje se encontram e permaneçam para todo sempre em nossas lembranças como grandes mulheres, mães e companheiras que foram.
    Alberto Talauskas

  7. Caro amigo Raul
    Tenho a certeza de que todo o período atravessado por voce face à impossibilidade de mudar um quadro de muita dor, fez a vontade divina trazer a paz para sua querida mãe, embora o desejo maior sempre foi te-la na sua convivencia em melhores condições de qualidade de vida,
    junto aos seus.
    Sinto não ter podido estar a seu lado nesse momento, pois infelizmente não tive noticia do falecimento de sua querida mãe, mas estou da mesma forma rezando para ela com certeza estar no melhor dos mundos.
    Um grande abraço, Fabio.

  8. Rafael Valdivia

    Muito obrigado, Raul, por ter transformado este momento tão dificil em mais uma aula para todos.
    Abraço amigo

    Rafael Valdivia

  9. dulce estevo

    Bom dia querido, eu sinto muito. Sei bem o que voce está sentido, pois tambem perdi meu pai com essa doença a 3 anos atrás. Fica aqui meu abraço e qualquer coisa que precisa me chama. beijosssssssssss

  10. Meus sentimentos caro Raul, sei e sinto,pois passei pela mesma situação com minha saudosa mãezinha levada pelo mesmo Alemão ( Alzheimer )foi muito triste,agora só nos resta as boas lembranças que elas nos deixaram, tenho certeza que D. Irma e D. Dedé estão juntas e algum dia iremos encontra-las. Sem mais palavras só o sentimento pode dizer para nós nesta hora mas Deus nos conforta.

  11. Amigo Raul,
    Receba um abraço de sentimentos pelo momento especial que você passou e está passando juntamente com os seus familiares. Mais uma vez, um “alemão” terrível ataca covardemente a humanidade, não dando chance de defesa. A vida é assim mesmo. Há 30 anos, passamos por momentos muito idênticos, com a perda da nossa mãe em circunstências muito parecidas com as suas. Igualmente semi-alfabetizada, até hoje, sentimos a sua falta, principalmente como ponto de apoio e de orientação para toda a família. Siga em frente e fique com Deus, pois com certeza, a Dona Dedé estará assistindo as inúmeras vitórias de seu filho querido que admiramos tanto.
    Abraços,
    Fiorini e esposa.

  12. Marcelo Pavão de Freitas

    Meu amigo, qualquer palavra é fútil nestas horas, mas tenho certeza que Dona Dedé já voltou a ser aquela mulher ativa e interessa que o menino Raul aprendeu a admirar e seguir os passos. Meu grande abraço.

  13. Jadir Albino

    Caro amigo Raul

    A cada linha de seu texto, senti a dor expressa em palavras, do sofrimento gradativo imposto por esse “alemão” em quem depositamos um amor imensurável.
    Atualmente vivencio esta mesma trajetória junto de minha mãezinha, companheira do Alzheimer em seu estágio intermediário, e numa “xerox” da vida, minha irmã também está depositando parte de seu tempo nos cuidados especiais tão necessários a nossa querida mãezinha.
    ….mas amigo Raul, a vida continua e no fundo todos nós sabemos que o dia de nossa despedida (temporária) com cada um de nossos entes queridos iria ocorrer….a água continua seguindo seu caminho debaixo da ponte.
    Abraços fraternos
    Jadir Albino

  14. Solange Pimentel

    Querido amigo Raul. Nada do quê eu disser vai amenizar sua dor, dor essa a qual nem posso avaliar um milésimo pois, ainda conto com a presença física de meus pais aqui na Terra. Entretanto penso que a missão de dona Dedé, juntamente com Sr Christiano, cumpriu-se de forma bela, na criação e educação que deram aos seus filhos. Acredito estarem agora em justo descanso espiritual. Pois é, para quem fica a vida continua…e vamos à luta. Se puder ajudar em algo, é só me chamar. Um grande abraço a toda sua família.
    Beijão,
    Solange Lee

  15. Raul, sou brotense , e como conterrânea ,guardo nítidos os traços da querida Dedê !
    Aquele sorriso espontâneo, o dinamismo diante de qualquer impasse…E, tudo saqueado por um Alemão intruso?
    É dificil conceber!
    Mas o conforto é grande , crendo que agora ela está com Deus, que é Pai, e Cristo que já venceu o inimigo , proporcionando lhe a “PAZ” merecida !!!
    Abraços , com a “Consolação” do Espírito Santo,

    Nelly

  16. Receba meus sinceros pêsames, caro Raul. Não sei se, na época em que jogávamos bola, nos campos de Brotas, cheguei a conhecer sua mãe. De qualquer forma, já não podemos mais (a não ser em nossas recordações) recuperar os momentos tão bons de nosso início de vida.
    Mas reter esses bons momentos pode nos dar forças para enfrentar nossas dificuldades atuais. Após retornar do futebol, por exemplo, minha mãe repreendia-me pelo adiantado da hora, mas sempre deixava sobre a mesa algum doce.
    Os doces que nossas mães fazem carregam o dom da eternidade. Esses doces acompanharão você, querido amigo.
    Ney Vilela

  17. Caro Raul, não existem palavras para descrever seu sentimento e perda, somente posso afirmar que Dna. Dede e Christiano continuam contigo em espirito, e continuarão em seu coração, e suas almas felicissimas em ver a continuidade de vida plena de bondade de todos seus filhos e netos. Irmanado na dor e no futuro, na alegria que certamente vira. Claudio R. Santana

  18. Irenet Tupiná

    Amigo,

    Com certeza você ganhou mais um anjo no céu para te acompanhar! Agora as lembranças da mãe maravilhosa que a gente “vê” no se texto é o seu maior patrimônio.

  19. Raul meu primo querido!
    A tia Dé nunca vai sair das nossas vidas!!Nunca!
    Saudades.

  20. Oi Raul , tia Dé foi a outra mãe que eu tive e somos privilegiados por convivermos com ela, na sua casa aconchegante com a mesa sempre posta { herança das Custodinhas } cafezinho passado na hora com os pãezinhos que o tio Cris trazia quentinhos.
    Perdemos a Tia Dé, mas nunca os seus ensinamentos. Agora ela enfeita o céu com a beleza que foi a sua marca à primeira vista. Deus os abençoe.
    Abraços da sua prima
    Norisa

  21. Roberto Francelino da Silva

    Amigo Raul, somente quem tem um ente querido com esta enfermidade, sabe como é. Ser cuidador ou cuidadora, é ser incompreendido pelos chefes e pelo próprio Estado.
    Temos esta situação e sabemos muito bem qual a situação.
    Que Deus e os familiares retribuam a Analucia, grande heroina, que pela condução da tarefa de cuidadora é merecedora do respeito e gratidão de todos.

  22. …Você sabe, amigo, como eu também era ligado à minha querida mãe. Uma colicistite aguda a levou embora em 2003 ( apesar de ir aos médicos cuidar do coração, os mesmos não perceberam que as dores embaixo da costela eram derivadas da vesícula biliar e tb. durante a internação não perceberam que alguns acontecimentos poderiam agravar o quadro, na frieza comum a muitos médicos…Viva Patch Adams!…). Voltando, caro Raul, sei como se sente, querendo que ela mesmo doente, ainda estivesse aqui. Nossos pais, a mãe em especial, são a nossa referência à infância, enquanto vivos, parece que continuamos meninos a brincar em volta da casa esperando o chamado p/ o almoço. Nada que se diga diminui a dor da ausência, mesmo tendo noções espirituais que aqui é só uma pequena parada nesta nossa viagem pelo Cosmos. Então, só posso desejar à vc. força em sua trajetória neste plano e torcer para que um dia a frieza dos laboratórios, na verdade a frieza dos homens acabe e dê espaço p/ uma mentalidade filosófica e espiritual rumo em busca verdadeira e universal p/ a cura de muitos males físicos que existem por aí, incluindo a doença que “roubou” a consciência de sua estimada mãe. O consolo é acreditarmos estar ela, junto com seu pai, em um plano melhor que este. O Tempo nos consola e ensina sempre, amigo. Muita paz à você!

  23. fafi pontes

    querido.
    para um poeta a morte pode virar um poema ou um grande vazio.
    sei que vc transformará esta dolorosa experiêcia em algo maios que ajudará muitas pessoas que passam pelo mesmo problema.
    aqui em casa, meu sogro tb foi atacado ‘pelo alemão alienador’.
    meu primeiro sogro tb.do segundo, cuidei. do primeiro, sofri de longe, com a primeira avó.
    nós os cuidadores perdemos a noção do tempo, navegamos na internet à procura de um milagre, gasatamos os joelhos em oração.mas, quando os perdemos…..envio a AnaLúcia meu amor desconhecido e o conselho de que ela precisa recomeçar. a ficha demora a cair, mas sei que ela é forte.pelo que vc contou, pela dedicação.
    até hj, sinto falta do vô. que egoísta, não?
    compartilho com seu coração e de sua famíla a dor da perda. mas, acreditamos que as famílias poderão ser eternas. se um dia esse preceito cruzar o seu caminho, acredite e siga as setas indicativas. há uma grande chance de estarmos todos reunidos um dia. com nossos amados e amigos.
    não sou dada a cumprimentos oficiais, costumeiros. pura hipocrisia.
    digo a vc, só o tempo. ongo? não sei… para mim, 31 anos ainda não forma suficientes para repensar a vida sem papai.
    porém, vc é outra madeira! tem mais força e tem irmãos!
    Deus o guarde em Sua Luz.
    um bj.
    Fafi e os Pontes

  24. fafi pontes

    raul.
    eu, de novo.
    subindo a barra do blog, vi seu rosto,a bolsa de café.
    e justo hoje, tô com banzo santista.
    anexo ao e-mail acima um abraço apertado e um bj na testa.
    como 21 anos atrás, qdo a inoc|ência da esperança nos rodeava como um halo protetor.
    sempre, fafi

  25. Raul, que história triste e ao mesmo tempo digna de aplausos pela força de vontade da sua mãe , sua , da sua irmã e de seus familiares.
    Não passei por esta experiência ( perder a minha mãe0 , por isso não poso dizer muita coisa, mas imagino que ela esteja aplaudindo do paraíso o filho querido, famoso, carismático e amigo que é o Raul Christiano.
    As lembraças são dolorosas e ela esta assistindo seu sofrimento ao lado do seu pai. Agora , como é a lei da vida, basta vc saber lidar com a situação e traçar sua trajetória, alias continuar, seu caminho vitorioso que eu tanto admiro.
    Fique com meu abraço e qualquer coisa estamos aí.
    Que Deus te abenções

  26. RUY NOGUEIRA

    Caro Amigo Raul,
    Sábias palavras…
    Mais uma vez aceite nosso forte abraço de pêsames e condolescências.
    A dor que voce agora sente, sem dúvida é de alívio à sua Querida Mãe.
    Abraços,
    RUY e ROBERTA

  27. Sérgio Martins Guerreiro

    Caro Raul:
    Infelizmente não conheci a sua mãe, Dona Dedé, mas com o seu relato, é como se a conhecesse. Aliás, por lhe considerar como um irmão mais velho, Dona Dedé é como se fosse minha mãe também. Aceite a minha solidariedade nesse momento triste, mas que também é de esperança na ressurreição para a eternidade.
    Abraços!

  28. Sueli Correa

    Raul:

    O seu caráter e a sua sensibilidade comprovam que a dona Dedé foi um grande ser humano.
    Imagino a sua dor.
    Abraço fraterno!

  29. Vera Souza Dantas

    Raul querido, vc sempre tem atitudes que me inspiram admiração e respeito. Com este seu depoimento, eu agrego uma grande ternura ao ver vc revelar-se assim, sensível e fiel ao momento de dor que a vida lhe impõe. E a confirmar a índole solidária que tanto o caracteriza, vc exalta sua irmã e rende a ela a homenagem que somente os humildes são capazes. Reconhece-lhe a dedicação e aposta no renascimento que lhe é merecido. E em meio à dor que vc e seus irmãos estão vivendo, fica a admiração por dona Dedé, pois ela certamente foi (e continuará sendo) uma pessoa especial, de valores nobres. Se assim não fosse, Raul, não teria feito crescer um homem como você. Que Deus a guarde no seu reino e acolha você e seus irmãos neste momento de travessia.

  30. Paulo Matos

    Lá se vão os forjadores deste nosso Raul. Primeiro o amável Christiano Sanchez, que não era Raul. Agora, a geradora, a mater heróica que se vai satisfeita pela geração positiva e bem-sucedida que produziu para as letras e para a política. Dupla de heróis aos que se exige homenagem, Dedé e Christiano, passageiros do seu tempo, navegadores precisos de um tempo impreciso.Raul continua a trilha que se fez estrada, propagando e disseminando a memória dos antepassados. Sentimentos pelo episódio.

  31. Paulo Matos Jr.

    grande Raul Christiano Sanchez, melhoras pra você meu camarada, infelizmente a dona Dedé não está mais conosco, concerteza em um lugar melhor, abração pra você meu camarada.

    Paulo Matos Jr.

  32. Raul,

    Falar o quê diante da dor e da saudade?
    Sem muita explicação, você sabe da minha admiração, respeito e carinho por você. Um abraço amigo é o melhor que posso te oferecer.
    Bjs
    Isa

  33. Caro Sr. Raul, emocio-me ao ler seu texto e sua história. Este patrimônio chamado mãe e pai, que constrói a família e programa assim, quem nós seremos para o resto de nossas vidas, fala amorosamente ao coração diretamente do Altíssimo, e tendo a certeza de que nada é em vão neste Plano de Regeneração, compactuo com seu sentimento, tendo também uma irmã Ana Lucia (um anjo), que se desdobra em cuidados com nossa mãezinha, que aos oitenta anos sofre com a diabetes avançada, tendo meu querido pai Luiz Sôlha já se "libertado" das amarras da carne há alguns anos. Frequento a Casa do Caminho (Rua Harmonia,n.143-Vila Madalena-SP), e hoje dia 12 de novembro, colocarei o nome de sua mamãe, e de seu papai no cesto das preces espirituais, que fazemos lá. O meu abraço, e prece, Luiz Sôlha.

  34. Fausto Ivan

    Raul, seu texto deixa claro quanta dor e sofrimento sua mãezinha, v. e sua família passaram nestes últimos anos. Perdi a minha mãe num mês de novembro há 9 anos em circunstância muito parecida. Lendo sua mensagem relembrei os momentos difíceis que vivi, e é como v. falou, a gente pensa que está preparado para o desenlace mas não é bem assim. Resta-nos o consolo de saber que elas cumpriram suas tarefas por aqui e estarão nos aguardando enquanto tentamos levar nossa missão de promover um melhoramento da humanidade através da política.
    Abraço fraterno
    fausto ivan

  35. Fernando Mauro

    Caro Raul,

    Receba meu abraço e afeto nesta hora tão difícil. Desejo a você toda força do mundo para superar a irreparável perda.
    Abraços,
    Fernando Mauro

  36. Edmilson Ferreira dos Santos

    Meu Amigo Raul, em momentos como este não há muito o que dizer, mas mesmo dizendo-se pouco, vale muito.
    Não tive o prazer de conhecer Dona Dedé e nem Seu Christiano em vida, mas o texto sobre o sofrimento e desaparecimento de Dona Dedé que nos disponibiliza, acrescido dos comentários dos seus amigos, são mais do que suficientes para mostrar quem foram, quanto farão falta e como deixarão saudades.
    Receba e transmita aos seus familiares os meus sentimentos de pezar nesta hora de dor.
    Edmilson

  37. José Rubens Marino Júnior

    Querido Raul

    Que Dona Dedé se encontre num lugar com muita luz e protegido, e que esta luz e proteção se irradie para você, seus irmãos e toda a sua família.
    Minha avó materna(que nos deixou em 2005) conviveu com este mesmo mal, Alzheimer, desde o ano de 1995, e a “cuidadora”, foi minha mãe Nilza, que também teve que se doar por inteiro, comigo como seu assistente direto e imediato, para tarefas compartilhadas, como alimentação, banhos e higiene, não é fácil.
    No último estágio da doença, com medo de deixá-la sozinha no quarto, resolvi partilhar meu quarto com esta “Santa companhia”, uma experiência dura e inesquecível.
    Muita PAZ!!!

    Abração da família Rubens Marino

  38. Raul,sentimos muito,sabemos oq vc ta passando.
    tenha certeza q a dor da perda e bem menor q alegria de ter tido…
    um forte abraço e paz…

  39. João Horta

    Raul, sei o quanto esse momento é difícil. É um pedaço da gente que se vai. Mas com certeza ela agora pode descansar e mesmo estando longe, poderá estar por perto das pessoas que ela tanto amou quando em vida.
    Um forte abraço, meu amigo.

  40. Lucas Tavares e Del

    É meu velho. A vida engendra caminhos que só os caminhantes entendem. Sei que você continuará nesta sua senda especial, com sabedoria. Percorrê-la é o grande mistério da vida – em que pese isso, as vezes, nos desesperar, por conta das incertezas do que vislumbramos encontrar, ao fim e ao cabo. Porém, a vida vale a viagem, o Sol vale a jornada, o ritual justifica o culto. Pessoa e Camões, os dois maiores poetas, sacaram isso, você bem o sabe. Dona Dedé – a quem pouco conheci, mas que sei lhe imbuiu do espírito poético – também sabia que o barato de navegar era ver as velas ao vento, não importando tanto o oriente. Portanto, meu amigo Raul, o barco continua singrando o mar em busca de novos ventos. Que eles soprem e nos conduzam.

    Beijos meus e da Del

  41. Querido Raulzinho, como já ocorrido em minha vida, na da sua esposa, e agora na sua – ficar orfão é muito triste.A lembrança da infância, em que a família era toda presente, retorna à minha mente constantemente e me faz angustiado .Fica em mim a certeza que nossos pais estão em plena harmonia com Deus, pois foram seres humanos maravilhosos.

    Um abraço

    Pita

  42. Raul, é muito triste pensarmos que quase todos os nossos tios já se foram e que só nos resta as lembranças do tempo que convivemos com eles. Seus pais foram muito especiais para mim, e sua irmã Lúcia foi um exemplo de filha, sempre muito presente e cuidando dos dois até o fim, com muito amor, dedicação e carinho.
    Vamos todos sentir saudades da tia Dedé.
    Bjs
    Lurdinha

  43. Marcela Martha

    Querido Raul,

    Quero tb deixar registrado em seu blog, os meus sinceros sentimentos, afinal, apesar de pensarmos que estamos preparados para a morte, com certeza, é um grande choque, ainda mais, quando de nossa progenitora. Também sou orfã de minha amada há 20 anos, quando se foi na mais tenra idade e creio que independente de perder a mãe com 8 anos ( como eu ) ou 49 anos como vc, a dor é insustentável.

    Fica com Deus.

    Estarei em oração por vc e sua família

    bjs e um forte abraço,

    da amiga MM

  44. Maria da Glória

    Minha mãe faleceu em 08/10/2006 com essa doença, somos em 5 irmãos. Mas foi muito dificil de conviver com isso, agitada, teimosa e aos poucos esquecimentos de tudo e pior de todos esquecer que eramos seus filhos. Ficou acamada durante 2 anos,nao falava e só abria os olhos e mexia os braços o restante mais nada.
    Foi muito triste este periodo, sofrimento de ver uma pessoa ativa , ali numa cama até a morte.
    No final deu derrame nela, ficou 20 dias num hospital toda entubada nao mexia mais nada. Tinha que trabalhar ia ao hospital todos os dias ver a minha mãe , sabia que dali nao voltava mais para casa.
    A Saudade é muito grande, sei que nos fizemos tudo que estava ao nosso alcance. Ela teve um lar cuidados especiais, amor e carinho.
    Ate hoje choro muito a falta dela.
    Mas sei que esta bem acompanhada de uma pessoa muito especial DEUS.
    Ate um dia mãe.

  45. celia lopes

    acabo de receber a noticia de que minha avo com 83 anos, faleceu.

    foram muitos anos de luta.

    foi muito dificil acompanhar as etapas da doença e saber que não haveria retorno ao grau anterior.

    só queriamos um olhar, um aperto de mão e por vezes, nada.

    doia muito ver minha mae sem esse conforto.

    ainda tenho que ter forças para acreditar que foi melhor assim.

    restaram muitas lembranças e saudades.

    que Deus a tenha e nos conforte.

  46. Ívina Ker

    Recorri a internet para buscar conforto para o meu sofrimento. Minha mãe faleceu no dia 20 de junho de 2010. Não está sendo fácil. Estou me identificando com muitas pessoas que passaram pelo que estou passando. Ela também estava doente, os médicos diziam ser demência. Mas uma demência que, mesmo no último dia de vida, não a permitiu perder a lucidez para o que realmente importava. Ela nos amou profundamente até o seu último instante. Raul, espero que vc. já esteja plenamente recuperado. Grande abraço, Ívina

  47. Claudia Cardozo

    Perdi minh mãe em 16 de abril de 2011, pouco mais de um mês. Eu e meus irmãos sofremos muito com a sua doença, que lhe roubou a vida de uma forma tão cruel e lenta. Somos impotente perante a ela. Sentimos sua morte com ela ainda viva. Aquela já não era mais a nossa mãe . O sentimento é confuso, uma mistura de alívio e sofrimento. O passado era o único elo que tínhamos com ela

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