Blog do Raul

O quê esperar de Obama ?

Em meio à crise econômica global, os americanos optaram por um facho de esperança e elegeram o democrata Barack Obama presidente dos EUA. No seu primeiro discurso repetiu que "os Estados Unidos são o lugar onde tudo é possível", mas ele sabe que nem todos os desafios à sua espera serão possíveis de resolver sem uma coalizão política e sem capacidade de gestão. A sua eleição foi uma atitude revolucionária num país conservador, que certamente já torcia pela volta do Super-Homem.

Ficção à parte, a impressão que se coleciona com as manifestações em todo o Mundo, é que a sua vitória eleitoral aconteceu justamente porque ele foi convincente, até como o melhor amigo do maior super-herói de todos os tempos, pregando que, sem mudanças, o futuro é incerto.

Estes comentários parecem óbvios, principalmente quando alerto para o espírito de coalizão política para enfrentar e tentar superar a crise. Obama acena para ter republicanos no seu governo e recebe as primeiras demandas para iniciar a recuperação do seu país, ao mesmo tempo em que poderia estender as mãos para quem não possui alternativa de sobrevivência.

Enfim, a vitória de Barack Obama valoriza a luta de todos aqueles que acreditam e defendem a democracia como o melhor instrumento para realizar a travessia do medo para a esperança. Há uma carga incomensurável de ações à sua espera, nos EUA e nos países que dependem do seu equilíbrio. Com Obama venceu o caminho do sonho sonhado por muitos e juntos, venceu o diálogo, a juventude, a renovação política. Isso é um alento que deve se manter à distância de qualquer frustração.

"Yes, we can" (sim, podemoso slogan de campanha).

Salve, Obama !

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10 comentários em “O quê esperar de Obama ?”

  1. Um fato importante, a eleição de Obama. Ms será que estamos vendo o cair do preconceito racial americano, ou estamos testemunhando o nascer de uma nova tragédia Kennedy? Devemos levar em conta que a cultura americana, não considera racismo preconceito. Pra eles, é parte do social! A Democracia americana, num é plena, e todos nos sabemos disto. Faixada! Lá negro, num tem os direitos que temos aqui. Tem estados, que ate casamento com brancos, num é permitido, por força de lei estadual! Lá, o preconceito, não não é um mal, é modo de vida!!! Faz parte do modo de ser americano. Claro, que o novo presidente é um homem preparado. Claro que sabera lidar com os problemas americanos, pois é um senador da republica, mas será que os problemas internos, não serão obstáculos maiores, a serem enfrentados?
    Vamos aquardar, pois tivemos a honra de ver um fato histórico acontecer. O que vai acontecer depois dele, so o tempo nos mostrará!!!!

  2. Amigo Raul.
    Conconrdo com a sensatez que sempre é conteúdo
    das suas análises, mas espero mais por alguns fatos significativos que transpareceram nas mídias em pleno mundo global,quando o capital tem na paralela o poder da informação e fiel de pleno acordo, com os interesses imperiais capitalistas se trasformam em direcionamentos da maioria dos comportamentos, via perversos condicionamentos nas sucessivas lavagens mentais.
    Teço, sem a menor pretensão de acertar, ou mesmo, sequer tangenciar esses fatos, nas intensidades dos reais acontecimentos que se seguirão pelo mundo, algumas anotações de mudanças importantes, oriundas dessa eleição.

    a) Houve uma manifestação de escolha mundial
    por parte da maioria que aderiu a um perfil
    humanista repelindo veementemente o heroísmo bélico do outro. Uma senda de luz se abriu para que os esforços pela paz do planeta se
    mostrem no inconsciente coletivo doravante.
    b) A crise economica mundial em grande parte, as falcatruas, sem contrapartidas nos lastros
    imperiais tinham o fator psicológico dos medos
    implantados, pelas Indústrias culturais afins dos centros de concentração do poder dominador
    financeiro agindo pelos países dominados, como
    por exemplo a pátria amada, Brasil. Uma séria
    reversão da psiquê do mito americano, como o paraíso terrestre tende a mudar de rumos.
    c) A mudança abrupta da maioria da população americana do norte nos termos da aceitação do “alter” é outro ponto a influenciar usos e costumes sedimentados pela propaganda, através de usos, costumes, religiões e etc…

    Enfim, são apenas algumas considerações que antevejo como o principal fato político do século XXI.
    Preocupações à parte, espero que Barak Obama, os Clintons e as equipes que foram retomadas tragam nvos ventos nos rumos das melhores dstribuições dos valores culturais no nível da Igualdade como princípio e que o fio de prumo marxista, volte a ser o fiel da Justiça a levar o futuro para a trilha do idealismo e no crescimento da gradual sabedoria integrada do gênero humano à harmonia com que a real diversidade da Natureza do planeta, ainda nos brinda a cada dia.
    Espero que não sejam apenas divagações ao cair de uma tarde, quando pássaros cantam em sinfonia à passagem da rápida chuva pela mata atlântica e pelo mar.
    Ivan Alvim

  3. fausto ivan

    Ontem a noite Arnaldo Jabor fez mais uma de suas belas análises. Agradeceu a Bush pois, sintetizando, bush com seu governo desastrado ao longo de 8 anos conseguiu diminuir o preconceito americano, fazer os jovens se interessarem pela política novamente e gerar no mundo todo uma esperança de que os EEUU finalmente acabe se afinando com políticas mais humanistas participativas e de respeito ao meio ambiente. Acho que não devemos esperar muito nos primeiros 6 meses já que as dificuldades serão enormes e isso pode gerar até uma pequena frustração pois a ansiedade e espectativa é grande.Vamos ficar atentos aos primeiros lances do xadrez que será jogado a partir de 20 de janeiro, posse do homem.

  4. Por que será que a população vem procurando alguém diferente para governar? No Brasil escolheram uma pessoa popular, semi-analfabeto. Nos EUA escolheram um negro, que tem experiência com comunidades é hora de perguntar o que vem acontecendo com a população do mundo?

  5. Raul, vejo coincidência na eleição dos Estados Unidos com a do Brasil.
    A esperança, venceu o medo.
    No Brasil, deu no que deu, ou melhor nada aconteceu de estraordinário, com se esperavam, a grande maioria que votaram no Lula para presidente,tanto para o 1º mandato, como também para o 2º.
    Portanto os americanos não devem acreditar em milagres, pois na política isso não acontece, muito menos sem Super- Heróis.
    Essas escolhas acontecidas no Brasil e agora nos EUA, são apenas expectativas de mudanças do sistema falido de fazer política, em todo o mundo.
    Se os americanos que são a maior potência do mundo, recorrem para mudanças, é mais uma prova que muita coisa está errada.
    Sinceramente, não acredito que o Obama possa modificar a maneira de fazer política, assim como também o Presidente Lula, não o fez.
    Portanto, o melhor é cada um no seu quadrado.

  6. fausto ivan

    Raul, cadê você. Primeiro vicia a gente no seu blog e agora dá um sumiço de quase 10 dias. Assim não dá. Queremos novos artigos. É uma exigência. Abraço
    fausto ivan

  7. “Sempre ouvi dizer que o Brasil era o país do futuro. Agora, pergunto: será que o futuro chegou e já passou, e estamos caminhando de volta para o passado? Quer parecer…

    (…) Cotas universitárias baseadas na cor da pele; delegacias policiais para negros separadas de delegacias para brancos; grupo de deputados afro-descendentes representando o Legislativo brasileiro na posse de Obama; cota racial para cargos de confiança nos órgãos da administração direta e indireta da cidade do Rio; cotas raciais para empresas que pretendam participar de contratos para prestação de serviços com o município carioca; e, coroando isso tudo, a frase da candidata do Lula para substituí-lo: “O século XXI é dos negros e das mulheres e isso vai ser muito bom para o mundo”.

    O trecho acima é do artigo semanal de Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa.

    Raul,

    Eu estou muito preocupada com as medidas que vêm sendo adotadas e que estão transformando o Brasil numa África Tropical. Fatos que já estão sendo superados naquele continente, graças a Deus, estão se acentuando na América Latina.
    Primeiro, segregam-se os diferentes grupos raciais odiando-se entre si, a seguir, incentivarão ações mais contundentes dos “benditos” movimentos sociais, em nome de uma criminosa e desnecessária luta de classes, pois consideram mais fácil conquistar benefícios com a violência do que merecê-los, e por último, certamente teremos a adesão do crime organizado (como o terror protagonizado pelo PCC para desqualificar o então candidato Alckmin), que não terá mais porquê ocultar seu interesse nesta luta pelo domínio de nossas riquezas e promoverá as mais sangrentas batalhas contra a população que trabalha e paga imposto, talvez piores do que as revoltas africanas, até que nada mais se possa fazer para reverter essa tragédia.

    Desculpe-me escrever esses absurdos se o assunto é a eleição do Obama, alguém que tem um currículo brilhante e capacidade de transmitir sua mensagem à população, de forma que agrega e encoraja quem ouve seus discursos, não importa a cor de sua pele.
    O povo americano merece, porque é um povo que tem a mentalidade empreendedora, muita fé e não aceita a miséria com resignação e auto-piedade, com também não aceita ser capacho de qualquer um que lhe ofereça migalhas.

    Agora já foi, mas eu recomendo que você selecione os comentários.

  8. Situações de discriminação só tive no Brasil”

    Do ministro Joaquim Barbosa, 54, do Supremo Tribunal Federal, em entrevista à Folha de S.Paulo:

    O fato de ser “o primeiro negro” no STF traz alguma carga que o incomode? Nos contatos em outros países há alguma distinção?

    JOAQUIM BARBOSA – Na Europa e nos Estados Unidos, as pessoas já estão acostumadas com negros bem posicionados, falam com eles de igual para igual, não demonstram o “estranhamento” tão comum entre nós.

    Certa vez, o geógrafo Milton Santos recusou, num restaurante em Paris, uma mesa escondida. Negro, não aceitou a discriminação. O sr. enfrentou situações iguais?

    BARBOSA – Situações como a experimentada pelo Milton Santos só tive no Brasil, antes de chegar ao Supremo. Hoje, acho que seria impossível, porque me tornei muito conhecido.

    O sr. não faz da sua biografia nem da sua consciência negra uma bandeira, uma causa…

    BARBOSA – Não me sirvo da minha posição para fazer proselitismo racial, social ou coisa que o valha. Seria abuso de poder. Tampouco me deixo instrumentalizar por movimentos, pela mídia ou por quem quer que seja.

    Essa entrevista deveria servir de exemplo à queles que tiram proveito de sua história, nem sempre do jeito que eles contam, para fazer chantagem emocional e tirar proveito dessa situação para conseguir tudo o que querem, inclusive o direito de proibir todo mundo de criticar seus erros.
    E o pior é que a população segue o mau exemplo e não consegue ter a capacidade de admirar e se espelhar num comportamento digno como o do ministro do Supremo e incluo, também, a honra e o caráter do presidente Obama.
    Brasil, chega de miséria, isso não nos faz bem.

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