Blog do Raul

Educação melhor desde FHC

A melhoria da qualidade da educação não está atrelada à criatividade da publicidade institucional dos governos, mas à efetivação de programas estruturados que ofereçam as condições necessárias para isso. Nos últimos dias tenho assistido aos comerciais do MEC – Ministério da Educação apresentando experiências de sucesso em escolas públicas de diversas regiões do país, sem dizer que é obra do PDDE – Programa Dinheiro Direto na Escola, idealizado e executado desde Paulo Renato Souza, a partir de 1995, quando era ministro da Educação durante o governo Fernando Henrique Cardoso. Por uma questão de honestidade histórica e intelectual, governantes de todas as esferas deveriam ter o cuidado de defender a continuidade das políticas públicas bem sucedidas, principalmente quando se referem à Educação.

Hoje o PDDE é uma das ações do Programa Mais Educação, criado em 2007, e é um dos principais ítens para melhorar o IEE – Índice de Efeito Escola, que indica o impacto que a escola pode ter na vida e no aprendizado do estudante, fomentando atividades para melhorar o ambiente escolar. O “guarda-chuva” Mais Educação é uma grande iniciativa do atual governo federal, porque ele responde de maneira global aos resultados dos estudos desenvolvidos pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), com base nos resultados da Prova Brasil, realizada pelo Inep – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira como parte do Saeb – Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica.

Mas quem reestruturou o Inep e consolidou o sistema de avaliação da educação? Quem criou a vantagem do programa Dinheiro Direto na Escola e em seguida o Fundef – Fundo de Desenvolvimento da Educação e Valorização do Magistério? O governo FHC. Governo que é responsável por ações estruturantes nunca antes vistas na história deste país desde Gustavo Capanema, ministro da Educação no Estado Novo com Getúlio Vargas.

Se não fossem essas ações, com toda certeza as imagens positivas de uma significativa parte das escolas brasileiras ainda seriam impossíveis. As escolas públicas precisam de atenção, não só para garantir o sustento da corporação dos seus professores e funcionários, mas também para uma contínua assistência financeira, em caráter suplementar como ocorre com o PDDE. Esse programa bem sucedido, que felizmente não foi interrompido pelo atual governo, engloba várias ações e objetiva a melhora da infra-estrutura física e pedagógica das escolas, bem como reforça a autogestão escolar nos planos financeiro, administrativo e didático, fatores essenciais para elevar os índices de desempenho da educação básica.

O Brasil merece mais. Se durante o governo FHC deixou de ser uma letra morta na constituição, o dispositivo que assegurava a universalização da matrícula nas escolas públicas para as crianças de todo o país, o MEC ainda deve uma vitória na orientação para o desafio da melhoria da qualidade do ensino para todas as crianças brasileiras. Um futuro melhor será garantido com mais educação de qualidade e sem conviver com a coexistência de escolas públicas boas e ruins. Mais governo ajudará muito o MEC!

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8 comentários em “Educação melhor desde FHC”

  1. Raul, quem aboliu o concurso publico nos oito anos de mandadato? Quem por decreto impediu a contratação de funcionarios publico para a educação, não permitindo a reposição nem com a aposentadoria do servidor.Porque fez isso? Para engordar o superavit primário?
    Superávit primário é para:
    a- mais verba para educação
    b- aumentar a oferta de leitos hospitalares
    c- investimento em infraestrutura
    d- N.D.A
    Quem responder certo ganha uma coleção completa dos pensamementos de demotucanos ilustres organizado pelo senador Demostenes Torres, sobre cotas raciais em universidades publicas.Abraços

  2. Em tempo: não deu na Folha de São Paulo: Vox Populi dá 38% a Dilma e 35% para Serra (OESP de 16/05/2010)

  3. Penso que para fazer uma boa propaganda mostrando uma boa escola construída com dinheiro público é mais fácil que construir muitas escolas boas com dinheiro público.
    Para fazer uma boa propaganda basta fazer uma única boa escola e filmá-la, entrevistar os diretores, os professores, os alunos e … todo mundo irá ver que uma boa escola é sempre boa.
    Difícil, como disse, é estender ao país a construção de escolas.
    O Brasil merece, não tenho dúvidas, uma escola boa em cada escola pública.

  4. Fafi Pontes

    Raul,
    educação, e eu como educadora sei bem disso, acolhe vários tipos de ensinamentos.
    Creio ser o mais valioso o da Alteridade.
    Hj, 18 de Maio, Dia Nacional da Luta Anti-Manicomial, nem figura no site da Secretaria de Saúde, que vetou a IV Conferência Estadual de saúde Mental. São Paulo foi o único estado a não realizar a fase. O estado que mais investe em saúde e tecnologia e tem o maior número de delegados para pleitear reformas em psiquiatria e em caráter de urgência.
    Que tempos são esses em que a saúde mental é relegada a Idade Média?
    Acontece na saúde, reflete na educação e…na eleição!!!!
    O dinheiro público investido em educação está na mídia, mas nunca vi um nada para a saúde mental.
    Educação sem alteridade não vai: nem com toda a verba do planeta!!!!!!
    E a campanha tem que ser pensada: ou lutamos todos juntos ou vamos para o beleléu!
    E pesquisa não ganha eleição. Ganha sim a atitude correta do governo que quer mudar a situação ‘marolística’ em que vivemos.
    Abraços.

  5. joão Inocencio

    Exmo. Sr.
    Presidente da Comissão de Finanças e Orçamento da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo.

    Audiência Publica realizada na Câmara Municipal de Santos, no dia 24 de agosto de 2009, as 10:00 horas para debater o Orçamento Estadual pra o ano de 2010.

    Educação é Prioridade.

    Por muitos anos em Santos e Região, havia grande oferta de empregos, não havia tanta exigência de estudo e qualificação, no entanto a escola publica era de boa qualidade.

    Os filhos dos trabalhadores se quisessem, davam continuidade ao trabalho dos pais formado famílias de: Petroleiros, Metalúrgicos, Portuários, Estivadores… Hoje as condições são outras, os trabalhadores não tem certeza da garantia do emprego e os seus filhos tem dificuldades de entrar no mercado de trabalho.

    É importante que se crie cursos profissionalizantes e técnicos, juntamente com o ensino fundamental e médio, cuja qualidade precisa melhorar, para atender os jovens da Zona Noroeste de Santos, morros e outras periferias da região, para que estes possam ter mais oportunidades e competir em condições de igualdade no mercado de trabalho.

    Oferecer alternativas para os jovens descobrirem suas vocações e talentos, incentivar e dar condições para praticas esportivas e culturais, ou seja, ensinar a fazer e criar oportunidades deveria ser prioridade.

    Escola Estadual, Padre Bartolomeu de Gusmão, Bairro do Saboó, Santos.

    Para esta solicitamos:

    Cursos técnicos e profissionalizantes.

    Projeto na estrutura física da escola que atenda demandas e amplie oportunidades.

    Profissionais especializados que atenda alunos com dificuldades. Ex. disciplina, relacionamento, aprendizado, saúde e outras

    Ginásio com toda infra-estrutura, que ofereça espaço para atividades culturais, esportivas, sociais, educativas.

    http://blig.ig.com.br/joaoinocencio/

  6. Raul, está sobrando educação no Senado da Republica, o douto Demóstenes Torres e o mais novo filólogo da lingua portuguêsa Francisco Dornelles tentam inviabilizar o projeto de Ficha Limpa com uma emenda de redação para aprimorar a “harmonia gramatical” do texto.
    Raul, assim fica cada vez mais dificil apresentar DEMOstemes Torres,Francisco Dornelles, o amigão do Maluf, e quejandos como paladinos da moralidade pública. Abraço

  7. Maisa Costa

    ” Caso não continuamos um coletivo nas escolas que resolva apropriar-se dos problemas destas, no sentido bilateral de responsabilização (do Estado e da escola), e não estabeleçamos um elo entre as avaliações externas e o ensino e a avalição que o professor conduz em sala de aula, passando pelo controle social local do coletivo da escola, na forma de avaliação instituicional, sob o olhar atento do poder público, corremos o risco de ocultar a má qualidade das escolas, inclusive para continuar a eleger os prefeitos, governadores e, é claro, até presidentes.”

  8. E o “movimento estudantil” quando soube que o ex-reitor da UFPA Alex tinha recebido uma verba extra polpuda e que iria fazer alojamento estudantil no campus do guamá, invadiram o seu gabinete e exigiram que fosse auditório de luxo, como de fato aconteceu, posto que, isso serviria mais para acoitar vagabundo, Ainda essa semana na UFPA encontrei um bando fazendo campanha para que uma professora doutora pela França fosse eleita para um cargo, porquanto, se eleita, não ministraria mais aula. Ao indagá-los do por que faziam isso, esses disseram que o bom é ter professor o mais imprestável possível e não falia a pena gastar gente tão qualificada com um bando de imprestáveis. Além disso, o docente que não fizer isso vai morrer de fome.

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