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Mão de Lula nas cabeças falhas.

Quem se recorda dos "aloprados"? Do cheque em branco para Roberto Jefferson? E agora do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, dublê de ministro do Trabalho, que concilia as duas funções e não vê contradição ética. Todos esses casos, para citar alguns, tem algo em comum: a aceitação da impunidade pelo presidente Lula da Silva, que diz que nunca sabe de nada e logo passa a mão sobre a cabeça dos que cometeram erros graves, afirmando que as acusações são "bobagens", coisas da oposição que quer retornar ao poder.

Nos últimos dias Lula parece tão feliz quanto pinto no lixo. Brasil credor externo. Brasil arrecadando mais e provando a desnecessidade da CPMF. Brasil descola o mau uso dos cartões corporativos da figura de Lula… As manchetes da semana reforçam uma sensação de que o presidente da República iniciará um período de discursos de improviso, bombando a mídia no horário do jornal Nacional.

Testemunhei a sua aparição recente em duas oportunidades de eventos em São Paulo. Lula compõe mesas e palanques, discursa sobre coisas que o povo quer ouvir da sua boca, mas nos intervalos foca um ponto a 45 graus e fica viajando, ausente deste mundão mortal cheio de bobagens… Lula diz que quer governar e que a oposição não lhe dá trégua. Tanto tempo na oposição e não conseguiu distinguir esse momento.

Para justificar a sua "sorte", embalada pelo planejamento estratégico do Plano Real, por Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso; pela rede de proteção social de FHC que resultou no Bolsa Família; no volume de obras do Avança Brasil coordenado por Martus Tavares também no governo FHC, que deu lugar ao PAC; etc, Lula atribuiu as dificuldades dos governos passados aos pés frios dos seus antecessores.

Este comentário vale para registrar a opinião de FHC, que mais uma vez respondeu à altura da tensão do caso: "Lula passa a mão na cabeça dos desviados de conduta e jamais deveria cuspir no prato que come". Chega de impunidade, Brasil!

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Aécio vê o PT como amigo ?

Será que os diálogos e acordos de Minas Gerais do PSDB com o PT, encampados e defendidos pelo governador Aécio Neves, serão uma boa pedida nacional? Parece que ninguém ousa tocar nesse assunto, apenas porque é o Aécio quem está refletindo em voz alta. Essa questão ocupa periodicamente a imprensa nacional, sempre para cristalizar uma posição do governador mineiro, no momento em que se discute a defesa de candidaturas próprias a prefeito em todos os municípios do país. Em Minas, as regras devem ser flexíveis, porque a especialidade local é resolver tudo na base do diálogo (sic). Ou é porque o governador tucano já precipitou seu apoio à nova proposta de reforma tributária do governo Lula, e isso é apenas um sinal subliminar ? 

Pois é, fica a impressão que ninguém conversa do outro lado da ponte de Minas Gerais com o Brasil. Com isso, localmente, os acordos correm solto, antecipando e desenhando cenários de 2010. Essa história não é nova, porque a combinação do PSDB mineiro para garantir a reeleição de Fernando Pimentel, do PT, para a prefeitura de Belo Horizonte, em 2004, imobilizou candidaturas genuínas tucanas, nascidas apenas para perder e dar lugar à "construção coletiva" de um nome capaz de unificar o tucanato no futuro.

Pelas últimas notícias desta terça-feira (26), o quadro mineiro ficaria assim: o PSDB faz uma aliança municipal com o PT, compartilhando forças num dos maiores colégios eleitorais do país. Daí, "define" a escolha de Pimentel para suceder Aécio no governo do Estado e de Aécio para o lugar de Lula na presidência da República (falta apenas combinar essa manobra estratégica, com os "russos").

FHC entusiasmou vereadores do PSDB de todo o Brasil, quando afirmou que as escolhas de candidaturas não serão mais privilégio das cúpulas partidárias. Já testemunhei e já lí FHC sobre o quê pensa do PT; tucanos ecoaram essas impressões, mas até agora desconheço uma resolução partidária sobre a política de alianças do partido para as eleições deste ano.

Aécio diz que o Brasil precisa viver uma fase mais madura: "Precisamos buscar alianças onde existe identidade. Há figuras do PT com as quais tenho identidade". Eu também, Aécio. Velhos amigos do movimento estudantil, sindical e comunitário. Tempos de identidade comum, quando o alvo era a ditadura militar e os seus filhotes-governos autoritários. Quantas vezes buscamos estar juntos em torno de um projeto para as cidades, estados, país!? Vamos passar a régua sobre tudo e cumprimentar o "irmão" do lado, apenas porque ele está mais próximo?

Não somos amigos deles na concepção política, Aécio. Compartilhe o seu projeto local com as definições nacionais do projeto do PSDB, ou valerá na sua estratégia eleger Marta Suplicy em São Paulo e tantos outros lulopetistas no ABCDM, Ceará, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Paraíba… Esta a herança bendita do PT para o PSDB, que não vamos esperar para ver !

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Novos maus exemplos vêm de Alagoas !

Enquanto o Estado de Alagoas mostra a sua impotência diante de uma dívida com a União, considerada impagável, de cerca de R$ 6 bilhões, seus deputados estaduais chafurdam no mar de lama nacional, conforme matéria publicada pelo jornal Folha de São Paulo deste domingo (24) – "Grampo indica megaesquema de corrupção em Alagoas". Mais uma vergonha nacional, iniciada em 2001 e desenvolvida até o ano passado, cujo desvio apurado chega a R$ 280 milhões. Se o leitor deste blog quiser ouvir trechos das gravações de telefonemas dos envolvidos, aconselho que tome um engov antes: – http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u375217.shtml 

A jornalista Milena Andrade comenta em seu excelente blog "Moeda Corrente"http://milenaandrade.wordpress.com/ que Alagoas vive uma triste sina: "Entra e sai governador, a lógica do discurso não muda, soa sempre como se o Estado tivesse caído numa armadilha mortal e inevitável, em que o único salvador é também o seu algoz – o governo federal". Acontece que a dívida alagoana somava R$ 1,5 bilhão e está projetada para este ano em R$ 7 bilhões, conforme acordo com a União em setembro de 2002, inclusive com o apoio do atual governador Teotônio Vilela, na época senador, que avalizou as condições de refinanciamento.

Fora as lindas praias que emolduram o Estado de Alagoas, permanece o retrato da vida precária e pobre, exemplificada nas expressões da imagem extraída do "Moeda Corrente". Agora compreendo a aflição de Teotônio Vilela quando defendia ardorosamente a manutenção da CPMF, achando que o governo Lula seria mais condescendente com as suas dificuldades financeiras, com a disposição dos votos de Renan Calheiros e Fernando Collor no Senado para o que desse e viesse.

Propositadamente mesclei o cenário de dificuldades, para ampliar ainda mais a nossa indignação com a desfaçatez dos deputados estaduais locais, quando encheram a boca para clamar pela sua parte na roubalheira: "Quero meu dinheiro. Eu quero o meu dinheiro certo. Que é dinheiro de roubo, de corrupção… E não venha com desconto do INSS (sic), não, porque é dinheiro roubado…"

Até quando vamos continuar drenando recursos para os ralos da corrupção? De que modo podemos conciliar as necessidades locais com a possibilidade de um novo acordo menos draconiano para o Estado, diante de tantos desvios de conduta? Quem não se recorda do pré-lançamento de Fernando Collor de Mello, então governador de Alagoas, para a presidência da República, na matéria sobre o "Caçador de Marajás" exibida no Globo Repórter em 1989? E das fazendas de Renan Calheiros, com o milagre da multiplicação dos seus bois?

Apesar de tudo isso, Alagoas precisa de ajuda, mas é bom varrer para bem longe esses "representantes do povo" sem dignidade para merecer esse título que a democracia e o voto, às vezes injustamente, lhes garante!

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Pobre Brasil sem dívida externa…

Ficou no ar o feito do Brasil deixar de ser devedor, pela primeira vez na história, e se tornar credor externo. O anúncio do Banco Central, nesta semana, não sensibiliza a maioria do povo porque a compreensão se limita a uma operação contábil, explicada pelas aplicações do país no exterior, mais que suficientes para pagar os compromissos externos assumidos por empresas e por governos. A meu ver, esse é o retrato desconfortável de um governo que tenta conciliar os vigorosos números do superávit primário, também responsáveis pela "dívida zero", com o ufanista e desavergonhado discurso sobre os passos de cágado da sua política de crescimento.

Perdoem-me os admiradores do governo Lula, que não reconhecem a verdadeira origem do Plano Real e as turbulências internacionais superadas graças aos governos fortes de FHC, mas a notícia da "dívida zero" soa nova movimentação do marketing lulopetista. Por isso enfatizo a síntese da análise dos principais economistas e comentaristas econômicos brasileiros, que apesar do fato de o país ter se tornado credor não significa a completa eliminação da vulnerabilidade externa. Considere-se que a dívida externa líquida do país foi reduzida em US$ 165,2 bilhões, mas o passivo externo líquido foi aumentado de US$ 297 bilhões para US$ 472 bilhões entre 2004 e junho de 2007.

Mas sob essa ótica, realmente há o que cacarejar, porque são números importantes sobre os investimentos estrangeiros no Brasil e brasileiros no exterior. Reforça ainda a capacidade brasileira de resistir às crises externas, como a turbulência recente envolvendo a economia americana. E, apesar da acumulação de reservas servir para aumentar a dívida interna, os cenários econômicos sopram ventos favoráveis para diminuir o risco do país e podem estimular a redução das taxas de juros.

Esse discurso é parecido com as falas do ministro Guido Mantega (fazenda) e deve encontrar resistência de quem entende mais de economia, como o economista Luiz Carlos Mendonça de Barros, que considerou um presente o ajuste das contas externas, em artigo recente no jornal Folha de São Paulo. Para Mendonça de Barros, esse fato "pode ser comparado ao primeiro estágio de um foguete que pode nos levar ao desenvolvimento. Mas esse primeiro estágio é apenas condição necessária, não suficiente, para que o Brasil consolide um novo patamar de desenvolvimento. Os próximos estágios não cairão do céu. O país precisa construí-los com firme ação do setor privado e do Estado, demandando investimentos colossais em educação, saúde e infra-estrutura".

Qual será a resposta concreta do governo Lula na aceleração do crescimento para valer? Em 2008, ainda não houve um mínimo sinal de reação do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), porque até agora o Congresso Nacional não aprovou o Orçamento Geral da União, impedindo o governo Lula de iniciar legalmente os novos investimentos que ele não cansa de propagar. Nos primeiros 45 dias do ano, apenas R$ 600 mil foram empenhados para as ações do PAC. Isso é uma contrapropaganda mortal para o "sucesso" do lulopetismo em relação às políticas desenvolvimentistas.

Pagamos o dobro da dívida para ficar sem dívida, na medida em que renunciamos involuntariamente aos investimentos públicos em infra-estrutura e educação. Nossa contribuição para essa conquista do governo Lula está na falta de reação à sua prática de superávit primário, que é um grande mal para uma economia que convive com taxas de desemprego da ordem de 11,4%. É um mal porque o setor público destrói recursos que poderiam ser aplicados em investimentos produtivos, gerando empregos e renda.

A revista Veja, deste final de semana, estampa matéria com o título "Lula surfa na supereconomia". Quem diria!? O fantasma da dívida externa é expulso pela porta da frente, sem calote, contra tudo o quê ele disse no passado, quando optava pelos direitos e pela quitação da imensa dívida social, mas sempre contra o pagamento da dívida externa.

Imagina se a precipitação dos resultados da estabilidade na economia brasileira tivesse ocorrido no próprio governo FHC e a dívida fosse quitada naquele período, entre 1994 e 2002… Faixas de "fora FHC" retomariam as ruas, numa contradição à felicidade de Lula com os banqueiros nacionais e internacionais, hoje em dia.

Enfim, a dívida que parecia eterna, está em suspenso. O Brasil quer ações internas, que o governo Lula não consegue sucesso. É muito cedo para comemorar, não?

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Porque será nada cola no Lula ?

Se você fizer uma composição dos cenários políticos, econômicos e sociais, com uma pitada mínima de radicalização, interpretando os dois lados da moeda (para ir na raíz das coisas), serão enormes as chances de acertar ou de ser confundido com uma pitonisa. No domingo, sem qualquer informação acerca da pesquisa CNT/Sensus, pronta para ser divulgada na segunda-feira, escrevi e postei o texto "O Brasil vai bem, e você?". Exercitei a minha capacidade de análise, reconhecendo que o presidente Lula vai bem, obrigado, mas que é visível a necessidade de se ter governo e um rumo para o país.

Pois então, nessa pesquisa, a avaliação do governo Lula é a melhor desde a sua posse em 2003. Esse resultado, "inesperado" como na época do mensalão, agora com as denúncias sobre o mau uso dos cartões corporativos por alguns membros da sua equipe, passa ao largo da sua figura. Dá até para fazer uma piada com a história do presidente da República que sempre diz que nada sabe, apesar dos indícios à sua volta, com o célebre bordão da comediante do programa "Zorra Total": __Te conheço?

Lula tem o corpo fechado de teflon. Nada cola nele. Dos 64,1% entrevistados que sabem do caso dos cartões corporativos, 74,9% acham que esse fato afeta a imagem do presidente, mas 66,8% aprovam o seu desempenho pessoal. Enfim, os escândalos sucessivos do seu governo interferem na moral da história, mas não são determinantes como os bons resultados da economia e da sua rede de proteção social.

Essa condição favorável contribui para Lula e seus quejandos exorbitarem na soberba, quando em tom irônico e provocativo dizem que "o único legado decente de FHC é o cartão corporativo". Acho impressionante a moleza da oposição, em responder a esse desrespeito com o próprio cidadão brasileiro. Se o "respeito" não vale, que valha então o trabalho e a capacidade de trabalhar por mudanças!

Realmente não posso acreditar nessa tolerância do povo, que parece priorizar outros valores pessoais, diante da nossa impotência para mudar definitivamente esse estado de coisas. Segundo o comportamento social, os valores mais importantes revelados pela pesquisa são, pela ordem, a religião, 25,0%; a responsabilidade, 18,4%; a obediência, 17,7%; as boas maneiras, 9,6%; o compromisso com o trabalho, 8,8%; a determinação e a perseverança, 8,5%; a tolerância, 7,4%; a independência, 2,2% e o valor do dinheiro, 1,5%.

O povo brasileiro é tão bom que deve considerar o presidente Lula a grande vítima da nossa história, por causa da sua origem pobre e sem oportunidades, inclusive de estudar em escolas boas. As "zelites" estão divididas mesmo e isso é um prato cheio, enquanto não há uma alternativa concreta de dar um governo eficiente e eficaz para o Brasil!

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O Brasil vai bem, e você ?

Esse título lhe cai bem? Pois é, para mim em termos, apesar dos números da economia brasileira continuarem muito bons, dos programas sociais atenderem às parcelas de mais pobres em grande escala, dos investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC’s continuarem lentos, dos bancos duplicarem lucros e do Congresso Nacional… Bom, o Congresso Nacional cumpre o seu papel em busca do esclarecimento do que não é transparente, ora com a CPI dos R$ 32 bilhões de verbas públicas para as ONG’s (estagnadíssima!!!!), ora com os ensaios (chantagens!!!!) para uma investigação do mau uso dos cartões corporativos dos funcionários de todos os escalões do governo Lula.

Refleti um pouco mais neste final de semana, se a constatação dos números favoráveis dos principais índices para a sobrevivência do povo não deveriam decidir uma agenda política mais propositiva para o país. Desde 2004, quando estourou o escândalo do mensalão e os seus limitados esclarecimentos à sociedade (de onde veio o dinheiro para o Banco Rural, para a cueca, para as malas de comprar dossiês contra tucanos????), há uma casta social que parece ignorar os discursos inflamados e que silenciosamente decide os rumos do Brasil por meio do voto nas eleições. Em 2006, por exemplo, apesar dos pesares, Lula foi reeleito juntamente com muitos dos seus aliados que haviam renunciado no meio das turbulências políticas. Será que isso, por si só, significou uma anistia e um alerta para buscar uma outra agenda, porque essa não tem importância?

O povo brasileiro não é amoral e tampouco aético, por isso mesmo desacredito naqueles que forçam a interpretação que a sem-vergonhice é tamanha (político é farinha do mesmo saco????) que todos acham normais esses comportamentos e ações de corrupção, roubalheira e usufruto do dinheiro público. Realmente, nunca antes na história deste país a Polícia Federal agiu tanto, porque se me recordo nunca antes houve tantos desvios de conduta para lhe dar esse trabalho de hoje. No entanto, o outro lado deste Brasil que mancha a imagem interna e externa, no rol dos mais corruptos, concentra esperança de dias cada vez melhores. Há urgências que não querem calar, na educação, para consolidar a formação das nossas crianças e jovens para se ter uma geração futura aproveitando todas as oportunidades; na saúde, com os recursos e atendimento de Primeiro Mundo no SUS; na segurança, com maiores investimentos na infra-estrutura urbana e no emprego, que diminuem o estímulo e o próprio medo à violência.

2008 finalmente começou logo após o Carnaval, com um rol de expectativas, renovadas inclusive. Fará bem à saúde moral esclarecer as maracutaias (de qualquer origem e tempo na história, se for o caso!!!!), mas, paralelamente é preciso ter governo e rumo, se consigo me fazer entender!

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Diretora do Estado transforma escola !

Estado convocou a comunidade para o mutirão “Trato na Escola”, com o objetivo de organizar, limpar e recuperar as 5.300 escolas para a volta às aulas nesta segunda-feira. Há uma tradicional escola estadual no município de Cubatão, cuja denominação homenageia um dos artífices do golpe militar de 1964, o Marechal Humberto de Alencar Castello Branco (Castelão) na rua Maria Graziela, s/n, Jardim Casqueiro, que viveu neste final de semana um choque de liberdade e criatividade.

Sob o comando da sua diretora Maísa Costa, que reuniu artistas e outros membros da comunidade escolar para transformar o visual do prédio, o Castelão desperta para o ano letivo de 2008 com cara nova e espera que “as pessoas percebam na visão e na missão da escola, um forte impulso para sua própria motivação”. Acredito que o governador José Serra vai gostar desse fato e de tantos outros diretores que seguiram o mesmo exemplo de Maísa!

A direção escolar cubatense atendeu, de bate-pronto, à orientação da secretária de Estado da Educação de São Paulo, Maria Helena Guimarães de Castro, que na semana passada declarou, em entrevista nas páginas amarelas da revista Veja, que “há um fator comum a todas as escolas nota 10, e ele merece a atenção das demais. Trata-se da presença de um diretor competente, com atributos de liderança semelhantes aos de qualquer chefe numa grande empresa. Sob sua batuta, os professores trabalham estimulados, os alunos desfrutam um clima positivo para o aprendizado e os pais são atraídos para o ambiente escolar. Se tais diretores fossem a maioria, o ensino público não estaria tão mal das pernas”.

A atitude da professora Maísa Costa, diretora do Castelão, se encaixa nos atributos em busca do melhor desempenho e da melhoria da qualidade do ensino. Com certeza, esta segunda-feira encantará parcela significativa da comunidade cubatense, porque entrará numa nova escola, quem sabe aquela que poderá servir de exemplo também nas próximas avaliações do ensino que ela pratica.

O Castelão também sido pioneiro na abertura das suas portas para a comunidade e para o conhecimento da agenda de desenvolvimento de Cubatão e dos demais municípios da Baixada Santista. Parabéns, comunidade do Castelão! Quando puder, professora Maria Helena Guimarães de Castro, visite essa escola e constate que as suas idéias começam a frutificar!

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Saúde melhorou na era FHC !

Há nesse mundão virtual afora uma quantidade significativa de especialistas na crítica pela crítica aos governos do PSDB e do presidente Fernando Henrique Cardoso. Como ninguém é perfeito, todas são consideradas importantes, mas é impossível submergir quando é preciso reconhecer os seus avanços e conquistas para o Brasil e o seu povo. Outro dia ouvi o slogan da rádio CBN, que inteligência atrai gente inteligente. Este blog, que é um espaço democrático, pronto para o debate das idéias, pode ser também um depositário de contraposições, mas acho que a crítica contumaz, sem a apresentação de uma proposta que justifique uma perspectiva de melhorar as coisas, sem dúvida apenas ocupa espaço na memória do provedor. Acreditar que não houve melhora na saúde, durante os governos de FHC, pode estar restrita à oftalmologia, talvez.

Publiquei na sexta-feira, algumas sugestões para se rascunhar boas causas e as enumerei, seguindo orientação das palavras de FHC num seminário para vereadores de todo o Brasil. Não citei, contudo, que três das principais leis de iniciativa do seu governo tiveram a oposição e o voto contrário das oposições, inclusive do PT, com a orientação do seu maior comandante de então, Luiz Ignácio Lula da Silva: o FUNDEF – Fundo de Desenvolvimento da Educação e Valorização do Magistério; a LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal e a CPMF – Contribuição Provisória sobre a Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira.

Em qualquer balanço que se faça do período FHC, as conquistas decorrentes do FUNDEF, da LRF e da CPMF, foram essenciais, respectivamente, para a universalização do acesso ao ensino fundamental (97% das crianças de 7 a 14 foram matriculadas até 2002), para a responsabilidade dos administradores públicos em observar maior eficiência na aplicação dos recursos públicos sob sua gestão (também para não gastar além da própria arrecadação) e para tirar do papel o Sistema Único de Saúde – SUS.

Toda a dificuldade de obter verbas para a saúde em um contexto de dificuldades econômicas (no final de 1997, eclode a crise asiática; no ano seguinte, seria a vez da crise russa), obrigou o então ministro da Saúde, José Serra, a explicar sua posição favorável à não-vinculação orçamentária para o setor, se não tivessem aparecido três dezenas de vinculações constitucionais, em particular as que dizem respeito à Previdência Social e às aposentadorias governamentais.

Nesse contexto, o orçamento da saúde – o maior da federação – torna-se o favorito para os cortes. Por isso, para Serra, a vinculação passou a ser condição importante para que a saúde deixasse de ser a válvula de escape das crises, condição que, em certas condições, como em 1991 e em 1993, implicou aumentar as mortes de pessoas humildes em virtude da desassistência médica que decorreu de colapsos espetaculares dos recursos do SUS.

Segundo análise de André Singer sobre o tema "Saúde", no livro "A Era FHC um balanço", publicado em 2002, o governo Fernando Henrique "aumentou em cerca de 30% o gasto com saúde, quando o necessário seria aumentá-lo em 80%; com isso, impediu que o setor continuasse a se deteriorar. Na implantação do SUS, ocorreu efetiva descentralização do sistema, com mais de 90% dos municípios passando a se encarregar pelo menos do atendimento básico aos seus habitantes. A aceleração, a partir do segundo mandato, dos programas de Saúde da Família e de Agentes Comunitários, deve ser registrada também como esforço importante no sentido de deslocar a ênfase da ação estatal da cura para a prevenção".

Singer também destaca como fator positivo da ação governamental, o combate à Aids e a política de remédios. O então ministro José Serra estimulou a produção de medicamentos genéricos, em média 40% mais baratos do que os de marca e no começo de 2001, previa-se que 70% das necessidades da população pudessem ser preenchidas pelos genéricos, com grande impacto junto à população de menor renda.

Para quê ficar de olho no retrovisor eternamente? Olhar no retrovisor sem ter passado por um bom oftalmologista antes? Pior, sem querer enxergar e reconhecer os avanços num país que enfrentou problemas e gestões descomprometidas com o povo durante décadas!? Há pontos de partida, na economia, na educação, na rede de proteção social, na saúde, nas políticas agrícolas, na segurança… O quê falta para se tomar uma iniciativa? INICIATIVA, VONTADE POLÍTICA!

Entramos no sexto ano do governo Lula, agora sem a CPMF e sem qualquer outra fonte extra de recursos para o setor da Saúde, de volta à UTI, à espera de um governo que se preocupe verdadeiramente com ela. Se José Serra, pelo seu trabalho no governo FHC conquistou o título de "Melhor Ministro da Saúde do Mundo", não seria então o caso de considerar desde já a eleição de José Serra para a presidência da República em 2010. Reflitam comigo!

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“Segredos” da Petrobrás num contêiner ?

Era uma vez uma linda carochinha, que encontrou cinco réis enquanto varria a cozinha… Será que o governo Lula acha que somos ingênuos ou nos vêem mesmo com a cara de palhaço? As manchetes do dia sobre os dados furtados da Petrobrás são sérias, mas os conteúdos – versões e interpretações das autoridades lulopetistas – são inverossímeis, aparentemente formulados para propositadamente e de modo sistemático nos enganar e, ao mesmo tempo, rir da nossa cara de espanto.

Quem pode acreditar na versão de que a Petrobrás despachou num contêiner quatro notebooks e dois discos rígidos, contendo informações sigilosas da empresa sobre pesquisas na região do pré-sal da Bacia de Santos? Ultimamente o desgoverno Lula usa a descoberta do gás e do petróleo para turbinar pesquisas de satisfação popular e para abafar as suas notícias negativas. Acho que desta vez exagerou!

Inacreditável essa história de furto e dos desdobramentos das investigações para elucidar o caso. O contêiner de onde os notebooks foram furtados estava em um navio que partiu do porto de Santos, no dia 18 de janeiro, em direção a Macaé, onde a Petrobrás tem sua base de operações na Bacia de Campos. O contêiner chegou 12 dias depois, quando seguranças perceberam que o cadeado tinha sido violado. E a Petrobrás registrou a ocorrência uma semana depois!?

A delegada Carla de Melo Dolinksi, presidente interina do inquérito da Polícia Federal que apura o caso, afirmou ao jornal Folha de São Paulo que o contêiner de onde foram roubados os computadores não foi preservado e pode prejudicar as investigações, mas admitiu duas possibilidades: furto simples e espionagem industrial.

A ministra-chefe da Casa Civil, Dima Roussef, ocupou a cena em São Paulo, precipitando as conclusões das investigações para dizer olimpicamente que "há indícios de espionagem" e que o furto das informações não deve prejudicar a exploração das reservas: "Como quem pegou estes dados vai chegar ao petróleo? Não tem jeito" (sic).

Realmente, se nem mesmo a Petrobrás tem o cronograma do início efetivo da exploração dos campos Tupi e Júpiter, imagina o "ladrão" prospectando… Faltou apenas uma alusão de que o furto dos computadores pessoais deve ser coisa do PSDB e do DEM, que querem desestabilizar o governo Lula e ficam "inventando" coisas.

Por meio de nota oficial, a Petrobrás "esclareceu" que o material não estava sob a sua guarda (pasmem!!!), mas da empresa que presta serviços especializados para ela. Curioso é que essas informações, de importância gigantesca para a economia nacional, relevantes para os investidores em todo o Mundo, estavam de posse de terceiros (deve ser difícil para o PT aceitar que a jóia da corôa brasileira tem os seus segredos guardados por terceirizados). Será comum para a Petrobrás dispor de dados estratégicos sem nenhum controle? Despachar notebooks de uso pessoal, formatados e alimentados de conteúdo importante num contêiner, mercê do manuseio de qualquer um?

Uma pergunta que não quer calar pode ser dirigida a Petrobrás, a ministra Dilma Roussef ou ao presidente Lula: se o furto realmente existiu, se não for mais um conto da carochinha para desviar a atenção da mídia que só fala em CPI da Tapióca, quem mais foi negligente com as informações estratégicas para o país?

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FHC sugere rascunhar boas causas.

Na manhã de hoje, Fernando Henrique Cardoso participou em São Paulo de um encontro nacional de vereadores e relacionou os quatro pontos fundamentais, que os candidatos tucanos a prefeito e a vereador precisam considerar nas suas propostas para as cidades e os seus eleitores: primeiro, Educação; segundo, Saúde; terceiro, Segurança; e quarto (inevitável nas palavras do presidente), ACABAR COM A ROUBALHEIRA! Na sua receita eleitoral voltou a afirmar que é importante considerar o para quê das candidaturas e a capacidade de mostrar concretamente às pessoas que pode lhes oferecer o melhor caminho para um futuro de mudanças!

Seria óbvio ouvir do presidente FHC, que o PSDB deixa a desejar quando é posta em questão o seu poder de apropriação dos feitos de governos tucanos. As experiências bem sucedidas não são defendidas com convicção e, em diversas oportunidades, sempre houve uma avaliação comum que isso vitamina o governo Lula, por exemplo, que se apodera dos programas de sucesso e os rebatiza na maior desfaçatez. Já os relacionei em várias oportunidades, o Bolsa Família que "sucedeu" o Bolsa Escola; Fundeb / Fundef; Programa de Aceleração do Crescimento – PAC / Avança Brasil, e por aí afora.

Nesse encontro, com a representação de vereadores de 23 estados brasileiros, mais uma vez a comunicação foi tratada como o grande bode expiatório do PSDB, desta feita com uma luz ao final do túnel. A direção nacional, por meio do secretário-geral Rodrigo de Castro, revelou que o partido pensa e formula uma proposta para ser compartilhada em todo o país, a partir das eleições municipais deste ano. Penso, entretanto, que essa nova proposta tenha capilaridade nas experiências vividas pelo PSDB em todo o Brasil, nos seus governos estaduais e municipais, afastando-se do lugar comum de algumas mentes iluminadas, que não se cansam de vender idéias mirabolantes, custosas, e que apenas reeditam o fracasso desse setor vital para o partido.

Fernando Henrique fez um diagnóstico em relação à agenda política nacional e ofereceu argumentos fortes para o discurso eleitoral em 2008. Na sua receita para candidatos tucanos, afirmou que o Congresso não fará sozinho a reforma política, porque estrategicamente ela precisa começar no município. Em relação à violência e à segurança, associou o quanto é determinante a conduta do prefeito para a sua redução.

Mas foi nos quatros pontos das propostas para as candidaturas municipais em construção, que FHC acentuou a sua preocupação, levando em conta que o tucano tem estilo próprio. Estilo, aliás, que a oposição ao PSDB interpreta e difunde como fruto de indecisão, em cima do muro. O estilo tucano, enaltecido por FHC, é sóbrio, porque as posições são refletidas e exibem cobrança pessoal de convencimento, certeza do melhor caminho para o futuro e para a sociedade.

As eleições municipais deste ano mostrarão as diferenças entre o PSDB e o PT. Acho que servirão para ampliar o fosso que já os separa também entre o grau de governança responsável e o bem-estar da população. Nesse sentido, reconhecendo o comprometimento doutrinário e ideológico plural deste blog, arrisco dizer que todos os homens, que sonham um mundo da boa política, precisam ter à mão um rascunho das suas promessas para o futuro! Como diz FHC, rascunhar boas causas em 2008, que valerão ainda para 2010!

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