Blog do Raul

Marcia Rosa

Do vinho para a água…

Governador Alckmin testemunhou mudança de visão do PT em Cubatão.
Quem esteve no Jardim Casqueiro, na última sexta-feira (6 de janeiro), durante a entrega de mais 784 apartamentos do Conjunto Habitacional Rubens Lara, pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), deve ter ficado espantado com a capacidade da prefeita Márcia Rosa (PT) interpretar o papel de política conciliadora e de colocar Cubatão e o próprio país em primeiro lugar, quando todo mundo estava habituado com o seu esporte preferido – o de criticar as ações do Governo do Estado no município. O quê não faz o sucesso de um empreendimento como o Programa de Recuperação Socioambiental da Serra do Mar, considerado pelos maiores especialistas do país como uma das iniciativas mais bem planejadas e executadas da história do Brasil.

Quantas vezes cobrei neste espaço, que a prefeita deveria facilitar as ações do então governador José Serra e depois de Geraldo Alckmin, com o trabalho importante da CDHU, da Sabesp e da Secretaria de Estado do Meio Ambiente? Quem se esqueceu dos meus textos alertando a prefeita petista para a boa convivência política, mesmo com os partidos contrários às suas ideias e modelos de gestão, enfatizando que Cubatão nunca foi uma ilha isolada ou uma Cuba ultrapassada e caquética?

O quê provocou essa mudança de comportamento da prefeita do PT? A qualidade dos projetos habitacionais desde José Serra? Ora, os conjuntos entregues nos últimos tempos pelo governador Alckmin não tiveram os seus projetos melhorados além do que já estava previsto para acontecer.

A prefeita, que agora enche a boca para parabenizar as obras dos conjuntos habitacionais realizadas pelo Estado, há pouco mais de seis meses incitava a população do Jardim Casqueiro, Parque São Luis e da Ponte Nova, contra a vinda dos moradores dos bairros Cota para junto da “elite cubatense”. Ela vai jurar de pés juntos que nunca teve qualquer objeção a um choque de classes e que sempre quis garantir a infraestrutura de acordo com a multiplicação de gente no mesmo bairro em que mora desde antes de ser prefeita.

Os resultados positivos dessas obras da CDHU já estavam previstos antes, porque o Programa Serra do Mar previa a qualidade e o menor impacto da multiplicação da população do Jardim Casqueiro. E a professora Márcia Rosa quer se aproveitar agora, quando não pensa em outra coisa senão na tentativa de se reeleger para o cargo de prefeita, da ação bem sucedida do governo do Estado.

Esse é o jeito do PT governar. Quando um projeto é reconhecido pela população, o petista não perde tempo e se apropria dele, como se fosse iniciativa sua. O petista acha que somente os petistas são capazes de produzir coisas boas para o povo. Recentemente li os resultados de um trabalho da socióloga Lourdes Sola, da Universidade de São Paulo, que a propaganda dos governos do PT é tão intensa que ela consegue que as pessoas acreditem que as melhores iniciativas são sempre dos petistas, sem perceber a falta de verdade dos fatos nas campanhas.

Nessa pesquisa, até o Plano Real de Estabilização da Moeda é considerado uma criação de Lula, quando na verdade foi dos ex-presidentes Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso. Sem falar na Bolsa Família de hoje, que é apenas a mudança do nome do programa iniciado durante o governo FHC, com a denominação de Bolsa Escola.

Com essa natureza, metamorfoseante da prefeita Rosa, vale mais uma vez alertar o povo cubatense sobre o quê está por vir. Na contagem regressiva do ano eleitoral, obviamente o PT não ficará vermelho em assumir para si tudo o quê acontecer em benefício de Cubatão, exceto o que pode não dar certo, como a maioria das suas próprias falhas e a capacidade limitada de gerir pensando no todo. Todo governante municipal precisa buscar parcerias com outras esferas de poder, principalmente com o governador Geraldo Alckmin, que é muito querido pela população e será um importante fator de decisão, para os que se preocupam com o futuro de Cubatão, da Baixada Santista e preferem acreditar na verdade.

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Cubatão bem vista!

Festival “Danado de Bom” 2011

As chuvas sobre a Baixada Santista, desde o início do feriado prolongado, foram satisfatórias além da conta para as intenções da prefeita Márcia Rosa (PT), de propagar o “Festival Cubatão Danado de Bom”. Costuma-se dizer que, no Litoral, quando o mar está indisponível para banho e frequência nas praias, os bares estão disponíveis. Isso para usar esse trocadilho contra a ausência de programação na maioria dos municípios da região e pela felicidade alcançada pela prefeita com o evento cubatense deste ano, que repercutiu como a sensação de todas as mídias, tanto pela programação bem selecionada, quanto pela quantidade de público que ele levou todos os dias ao kartódromo municipal.

Os investimentos foram elevados, como exigem eventos dessa natureza, com a qualidade que ele mereceu. Mesmo sem dispor dos números conquistados na medição da mídia espontânea para o Festival, nos momentos em que me dediquei a ver a programação da TV regional e ler os jornais, posso afirmar que o sucesso passou por aqui e Cubatão saiu ganhando no mínimo cinco vezes mais o valor investido na sua organização.

A Baixada Santista recebeu milhares de turistas de outras regiões do Estado e eles também foram atingidos pelos efeitos do festival, como uma marca interessante agora no calendário oficial de eventos do Estado de São Paulo. Pode ser até que Cubatão não consiga ser considerada uma Estância Balneária, como pretende um projeto de lei em tramitação na Assembleia Legislativa de São Paulo, mas definitivamente está inserida no roteiro de atividades obrigatórias para os visitantes da Baixada.

No ano passado fui à apresentação da encenação dos “Caminhos da Independência”, no Jardim Casqueiro, e naquela ocasião elogiei a capacidade de organização de eventos pela área cultural do município. Comentei inclusive neste espaço, a associação do talento dos nossos atores com a infraestrutura destinada àquela apresentação ao ar livre, um espetáculo e tanto.

Esses acontecimentos são importantes para valorizar a produção cultural e artística regionais. A Baixada Santista está no olho do furacão, quando se revelam as evidências do crescimento econômico que será proporcionado com a exploração do petróleo e gás na Bacia de Santos. Tudo vem evoluindo de maneira muito rápida e ainda vamos pagar o preço da desatenção com o planejamento, a exemplo do que tivemos quando o Pólo Industrial começou a se instalar em Cubatão nos anos 50. As ocupações foram aleatórias e sem qualquer preocupação com o meio ambiente e com a sustentabilidade das novas plantas e destinações, e pagamos caro por isso.

Estamos ainda muito longe de atingir o melhor estágio de desenvolvimento em sintonia com a melhoria da qualidade de vida para todos. Ao mesmo tempo em que Cubatão se destacou no feriado pela sua grandiosa capacidade de organização de eventos profissionais, os resultados apresentados do IBGE – Censo 2010 – serviram de ducha de água fria para nos alertar que ainda há muito a fazer pelo povo.

Alegria é bom, mas o bem estar do povo cubatense precisa ser inserido com destaque maior na próxima década. Os governantes desta cidade, de hoje e do futuro não podem perder de vista essa constatação, aparentemente óbvia, mas vital para sorrir mais amanhã, sem culpa!

Foto: Jordana Lima Duarte (Jornal Povo de Cubatão).

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Colorindo de PT.

O PT marca posse da coisa pública.

Durante uma polêmica política sobre o uso e abuso de tintas vermelhas nas paredes das escolas do município de Cubatão, pelo atual governo do PT na Prefeitura, a prefeita Márcia Rosa ironizou o fato com um escapismo, dizendo que daqui a pouco a oposição local vai “proibi-la de plantar rosas na Cidade”. Achei debochada a sua manifestação, porque os vereadores apenas cobram o cumprimento da Lei Orgânica, que determina que as cores oficiais do município sejam o verde e o branco. E, além do mais, o quê falta aos fiscalizadores da aplicação da Constituição Federal para agir contra o aparelhamento do Estado e favoravelmente aos princípios da moralidade, da probidade e da impessoalidade?

O PT está acima da lei? Há um conforto ou sensação de impunidade, apenas porque o presidente da República do PT nomeou a maioria dos atuais ministros do Supremo Tribunal Federal? Nos últimos dias, o Tribunal Superior Eleitoral decidiu punir o PSDB, cassando-lhe o direito de expor as suas ideias em programas e comerciais de rádio e TV durante o próximo ano, condenando-o pela interpretação do uso eleitoral desse horário político como campanha antecipada de José Serra em 2010.

Ora, como concluem os mesmos ministros em relação à transformação dos atos de anúncio de obras do PAC em comício, dois anos antes e durante 2010, com recursos públicos e opinião política e eleitoral do então presidente Lula? Acho inaceitável o uso de dois pesos e duas medidas.

O PT tem mania de se usar os espaços públicos para personificar as suas marcas. No governo federal, a mulher de Lula, dona Marisa Letícia, decorou os jardins do Palácio da Alvorada com um canteiro de flores vermelhas construído em formato de estrela. Aparentemente, um pequeno gesto doméstico e de abuso da família do ex-presidente, que se apossou de espaço público, importante também pelo fato de que é uma área tombada por representar o paisagismo desenhado por Burle Marx quando da construção da residência oficial dos presidentes da República.

Em Cubatão, o espírito do PT é o mesmo, identificado com os maus exemplos gerais do partido, repete a apropriação partidária do que pertence a todo o povo daquela cidade. Além de usar o vermelho nas pinturas de prédios públicos, pintou de vermelho as faixas de segurança das ruas e avenidas, a fachada do portal de um parque público em reformas (Parque Anilinas) e, incrivelmente, os ônibus das linhas municipais tiveram, além do vermelho, a identificação do prefixo dos veículos, iniciando com o número 13.

Esses fatos não são uma provocação política, partidária ou anedota. É o retrato do abuso de poder. Não me cabe julgar, além de registrar essas observações, mas é preciso registrar e alertar que as atitudes desses governantes vão muito além das pinturas, jardins, prefixos partidários. Desde o início do governo Lula, em 2003, o país vem mergulhando na maior crise moral da história da República, uma vez que se apossam de todos os órgãos públicos, estatais, verbas públicas, cargos e posições da máquina administrativa. Em Brasília ou em Cubatão há indícios de que os petistas avançam sobre as leis para ameaçar, intimidar e perseguir, por meio de dossiês ilegais e todo tipo de constrangimento, os líderes da oposição.

Em 2008, o PT aproveitou em Cubatão a mesma estratégia que deu certo para a primeira eleição da Presidência da República em 2002. O PT venceu com um discurso comprometido em florescer uma cidade rica e cinzenta, deixando bem clara a sua independência em relação a todas as lideranças políticas que um dia ocuparam a gestão da Prefeitura cubatense. No nível nacional defendeu a renovação publicamente e estabeleceu alianças bastante conservadoras privadamente.

Estamos a um ano das eleições municipais. E a três anos das eleições presidenciais. O sentimento de frustração com o descumprimento de promessas mudancistas tem sentido educativo, pelo imperativo de provocar a população à reflexão sobre o comportamento dos políticos, duvidando que não sejam todos “farinha do mesmo saco”.

A Câmara de Vereadores de Cubatão e o Congresso Nacional precisam ter posicionamento independente e responsável. Não é possível aceitar o oportunismo, a apropriação indébita e a negação de valores fundamentais de uma República de cidadãos.

Nunca é demais clamar com um alerta: reaja Brasil!

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Cidade rica e pobre Cidade

Ninguém pode contestar a estima da prefeita Márcia Rosa (PT) por Cubatão. Ela já demonstrou isso de muitas maneiras como moradora nascida na cidade, como professora de várias gerações de cubatenses, como vereadora e até como prefeita, embora pudesse, nessa última e atual condição, ter atitudes mais concretas para melhorar as coisas por aqui, do que declarações de amor ou discursos de ocasião.

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Adeus à Poli-USP de Cubatão?

Nunca antes na história deste país tive tanta certeza de que o campus de Cubatão da Escola Politécnica de Engenharia da Universidade de São Paulo, a Poli-USP Cubatão, ficará apenas no sonho da juventude e das suas famílias. Parece novela da Globo, daquelas em que todo mundo quer o casamento de um personagem e o contador da história insiste em matar um dos protagonistas. Sim, porque quando é para ter o ibope em alta, a defesa é geral pelo melhor destino dos mocinhos, mas, quando a audiência está em baixa, outros argumentos são utilizados para se recuperar na trama principal.

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