PSDB apóia PT na presidência do Senado !
Alguns sites e blogs avaliaram como surpreendente a decisão do PSDB apoiar a candidatura de Tião Viana (PT-AC) para a presidência do Senado. Aproveitei e lí os comentários dos leitores, em grande parte endossando o caráter da novidade da notícia e da possível ligação desse movimento tucano com um acordo de interesses inconfessáveis. Longe disso! Também encontrei posts cumprimentando o comportamento altruísta do partido dos tucanos, enfatizando que a indicação mostra o reconhecimento do partido pela necessidade da direção do Senado ficar em mãos que representam mudanças, justamente porque José Sarney é mais identificado com a linha do PMDB fisiológico e reacionário.
Nessa disputa, tanto da presidência da Câmara dos Deputados como do Senado Federal, sempre emergem considerações sobre a correlação de forças na composição de alianças partidárias para a disputa presidencial de 2010. Já interpretei assim, quando prevalecia o imediatismo nas minhas reflexões. Mas, com o espírito de corpo que sobressai no Congresso Nacional está cada vez mais claro que uma coisa é uma coisa e outra é simplesmente outra.
Os votos dos parlamentares preocupam numa agenda de governabilidade. Entendo que a direção dessas mesas de congressistas passam longe do foco definidor do melhor caminho a seguir para a presidência da República. Vale, a meu ver, a história e os compromissos políticos dos protagonistas envolvidos nessa disputa. Conheci Tião Viana, quando seu irmão, Jorge Viana. elegeu-se governador do Acre numa coligação que unia PT e PSDB e se relacionava com o governo Fernando Henrique Cardoso em 1999. Não posso deixar de citar que sabia do respeito que Ruth Cardoso nutria pelo seu trabalho naquele governo e pela capacidade de priorizar o que era essencial para os seus conterrâneos.
O presidente Fernando Henrique, a exemplo da conduta do PSDB onde governa, atendia o Acre por intermédio de Jorge Viana, sem a discriminação que na maioria das vezes caracteriza os gestos e ações de governantes que tentam passar para a sociedade a justificativa que erros de comportamento político são justificados por causa de preferências partidárias.
Nessas horas, quando você tem o poder de decisão, é fundamenal considerar qual a melhor opção para ocupar e desempenhar a função. Faço política elegendo o interesse público acima das contradições partidárias. Muitas vezes não sou compreendido por isso, até porque minhas posições são transparentes e conhecidas. O PSDB, conforme o seu líder Arthur Virgílio, justificou que Tião Viana é a opção mais adequada para presidir o Legislativo.
Sobrarão posições favoráveis e contra. Isso é da democracia. Faz parte do jogo. No entanto é fundamental entender que algumas contradições aparentes terão consequência quando o Poder Legislativo for realmente valorizado e respeitado pela sociedade. Estamos distantes do momento dos votos desse colégio eleitoral, mas é evidente que a escolha de Tião Viana mantem o equilíbrio de forças necessárias para a consagração da democracia no país.
Por esse equilíbrio e para não emperrar mais as decisões que dependem do Congresso, se fosse habilitado a votar em Brasília, neste final de semana, minha escolha recairia em Michel Temer (PMDB-SP) para a presidência da Câmara e em Tião Viana (PT-AC) para a direção do Senado.
Respeito, antecipadamente, a sua posição sobre este tema !
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Outro dia relembrava com o atual vereador da Capital paulista, Floriano Pesaro (PSDB), que foi secretário nacional do Programa Bolsa Escola Federal com FHC e Paulo Renato, da inexistência de erros e denúncias sobre o funcionamento e os resultados dessa política compensatória de renda naqueles 21 meses de trabalho pelo Brasil. A Bolsa Escola Federal foi criada no governo FHC para suceder o Programa de Garantia de Renda Mínima pioneiro em Campinas graças à iniciativa do saudoso prefeito Magalhães Teixeira, o "Grama". Hoje ficamos surpresos quase todos os dias com a gestão e os acontecimentos que cercam a atual Bolsa Família. Fraudes nos cadastros, inclusão de beneficiários sem direito, relaxamento da frequência escolar e agora a denúncia que um bichano recebia como se fosse gente, realmente ajudam a desmoralizar o governo Lula.
Geraldo Alckmin foi confirmado na tarde desta segunda-feira, pelo governador José Serra, como secretário de Desenvolvimento do Estado. Uma grande notícia para São Paulo e para a atividade pública no país. A somatória de forças políticas com tradição de lutas e trabalhos no território paulista refletirá agora como um recado ao Brasil, pela importância de um governo ainda mais eficaz e pela revelação antecipada, que o PSDB caminha unido no seu projeto de reconquistar a presidência da República em 2010.
O fim da novela "A Favorita", o conflito na Faixa de Gaza, os primeiros números do desemprego no Brasil com a crise econômica e os últimos preparativos para a posse de Barack Obama repercurtem menos na concorrência com o BBB9 – Big Brother Brasil 9, desde a semana passada. Hoje lí que o programa da Rede Globo chega à maturidade, por causa da presença de dois sexagenários dentre belas, belos e vigor físico. Espiei algumas vezes pela manhã deste domingo e agora à noite, mas não consegui distinguir essa diferença de idades. Predomina o deslumbramento, uma nova adolescência e o nada. Enquanto a "marolinha de crise" já diminui o pão de muitos, sobra circo com o BBB, para quem quiser ver.
Ao assumir a prefeitura de São Paulo em 2005, dentre tantas ações administrativas inovadoras, José Serra surpreendeu os velhos costumes políticos da maior cidade do país, entregando a maioria das subprefeituras da sua estrutura de governo a ex-prefeitos do Interior do Estado e a jovens gestores públicos. Serra apostou na experiência administrativa, na renovação de quadros políticos e no compromisso mais autêntico com os problemas locais; fatores que na visão de Filipe Soutello, presidente do Centro de Estudos e Pesquisas de Administração Municipal (Cepam) foram decisivos para inibir e tornar menos frequente a corrupção e o loteamento de cargos, práticas comuns nas antigas administrações regionais, extintas em 2002. Gilberto Kassab foi empossado em 2007 e, desde então, mantém essa orientação aprovada e bem sucedida.