Eleições com Internet, em livro !
O uso da Internet como ferramenta eleitoral no Brasil será posto a prova em 2010. Posso dizer que ficamos atrasados em relação a isso, porque tanto legisladores, quanto a Justiça Eleitoral impunham muitas restrições, talvez por causa do desconhecimento do assunto em estágio bem avançado em outras democracias no Mundo. A experiência vitoriosa de Barack Obama nos Estados Unidos tornou-se um referencial para as campanhas eleitorais e ainda há pouca bibliografia em livro com os seus exemplos. Essa foi a minha primeira justificativa para escrever “Militante Virtual – Eleições com Internet”, colecionando o novo marco legal eleitoral em nosso país, estratégias, modelos de campanhas e a vontade de usufruir de meios mais acessíveis, baratos, transparentes e eficientes para mobilizar um novo tipo de cabo eleitoral.
Fui candidato a deputado federal por São Paulo, obtendo 83 mil votos, e a prefeito de Santos, terminando a disputa no primeiro turno com 13%. Posso dizer que a organização de uma campanha na forma tradicional ou com os meios virtuais é tudo. No entanto, a vantagem de um competidor em relação ao outro na maioria das vezes se dá pela capacidade de investimento financeiro na produção de peças publicitárias, infra-estrutura de comitês e meios de transportes, além da produção dos programas de rádio e tv, contratação de lideranças sociais e de cabos eleitorais para a propagação das suas idéias ou simplesmente do seu próprio nome.
É frustrante para o objetivo de vencer ter apenas uma idéia e um violão. Com recursos suficientes apenas para atender ao básico numa campanha tradicional e com a limitação anterior imposta para o uso da Internet, os resultados foram óbvios: muita gente nem soube da existência da minha candidatura e os votos conseguidos foram insuficientes para me eleger. Por isso, na minha visão, com a Internet livre nas campanhas, as condições dos candidatos serão menos desiguais, principalmente quando você está familiarizado com antecedência das ferramentas disponíveis.
“Militante Virtual – Eleições com Internet” não será uma receita para vencer eleições em um novo cenário. Mas posso dizer que corresponderá a um manual de experiências exitosas ou não com a web, servindo de base para adaptar técnicas de marketing e publicidade eleitoral em toda a rede de relacionamentos entre pessoas, ideias e votos. Com o novo livro compartilharei descobertas e reacenderei procedimentos que alimentam a interatividade entre quase todos os incluídos digitais.
Para escrever esse livro, há dois anos venho pesquisando em todas as mídias sobre o tema. Nas livrarias de Santos, São Paulo e Brasília, e em livrarias virtuais de publicações de universidades brasileiras, adquiri 65 títulos de livros sobre o uso das ferramentas da web em diversas atividades, em especial nas áreas de marketing, vendas e educação. Também salvei na memória do meu laptop 3 mil páginas de textos e referências sobre o tema, além de 600 links e cerca de 800 matérias e notas em revistas e jornais brasileiros e estrangeiros.
O livro deverá ser lançado na primeira quinzena de abril deste ano, por uma editora que será definida e anunciada brevemente.
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Os feriados da semana do Natal e da travessia para o Ano-Novo são muito bons para descansar e para recarregar as baterias, menos para uma parcela de homens públicos responsáveis diretamente pelo bem-estar das pessoas. Nos últimos anos, essa época é marcada por verdadeiras tragédias em função das chuvas cada vez mais fortes pelo desequilíbrio do clima e pelo fenômeno El Niño. Por isso é quase inimaginável que nesse plantão nacional, além das comissões municipais, estaduais e federal da Defesa Civil, os chefes maiores, prefeitos, governadores e o presidente da República, com seus respectivos secretários e ministros de infra-estrutura comandem suas competências de longe. Ou isso é uma bobagem ?
Estou muito otimista em relação às perspectivas do novo ano. Em primeiro lugar para a Baixada Santista, que já recebe os primeiros sinais do interesse de investidores privados, com os anúncios das descobertas de petróleo e gás na Bacia de Santos e da atenção que o governo do Estado vem dando à infra-estrutura regional. Segundo porque vamos entrar num ano eleitoral e nessa situação as expectativas de mudanças são sempre maiores, embora a credibilidade da classe política brasileira esteja muito crítica. Quando você reflete sobre a renovação da esperança, tem em mente aquilo que não conseguiu até agora, para atender às suas necessidades pessoais ou coletivas e que acabam interferindo na vida de todas as pessoas. Mas não estou otimista apenas porque há motivos concretos econômicos ou político-eleitorais no cenário do Brasil.
O balanço do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento (sic) indica que das cerca de 12.500 obras anunciadas pelo atual governo federal, 1.530 foram concluídas. Pouco mais de 10%. Isso é uma demonstração de que falta gerência ao lulopetismo e essa é justamente a qualidade que os seus marqueteiros querem emplacar na candidata do PT, Dilma Rousseff. Mas como isso pode dar certo num país que têm urgências ante as perspectivas da exploração das descobertas de petróleo e gás no Pré-Sal, e dos bons sinais da economia brasileira para 2010 ?
melhores para todos. Acredito muito na capacidade dos homens e mulheres de boa vontade, em mudar e fazer a diferença. Muitas vezes as estratégias e planos de caminhadas não coincidem, mas os objetivos são comuns com educação, democracia, liberdade e respeito à pluralidade de pensamentos e opiniões. Novamente chegamos juntos à celebração do NATAL, momento renovado de reflexão, paz e amor. E, com muita alegria, desejo a você e a seus familiares um FELIZ E SOLIDÁRIO NATAL! Boas Festas! Um forte abraço!
O Governo Lula está festejando o registro de superávit primário recorde, com uma estratégia de divulgação que explicita um desavergonhado auto-elogio pelos seus "esforços de economizar recursos para pagar os juros da dívida pública". Quer parecer competente na gestão econômica do país, mas na verdade quando anuncia sobra de dinheiro em caixa, isso acontece porque é incompetente na execução dos investimentos anunciados Brasil afora nos palanques da candidata do PT a presidência da República. Como prevalecem sempre as primeiras notícias e imagens tuteladas por Lula, o povo ainda não consegue perceber que o PAC é para inglês ver, que os programas sociais consomem parcialmente os recursos do Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza, que o "minha casa, minha vida" está aquém da grande meta de 1 milhão de casas, que os serviços públicos de saúde e educação se mostram insuficientes na oferta e na qualidade.
O PSDB sempre se saiu melhor governando do que fazendo propaganda dos seus feitos. Essa é uma das principais explicações para a perda da paternidade de programas estruturantes do país, como o Plano Real de Estabilização Econômica, o Avança Brasil e a Rede de Proteção Social, para citar os principais, que segundo estudos divulgados pela pesquisadora Lourdes Sola indicam que essas realizações podem ser facilmente apropriadas pelo lulopetismo porque os tucanos acham que não é importante comunicar. Pior que isso, além da apropriação dessas ações, o PT é useiro e vezeiro em manipular e mentir dados estatísticos, transformando-os em uma verdade absoluta pela massificação da sua propaganda enganosa.
O anúncio da desistência da pré-candidatura a Presidência da República, pelo governador Aécio Neves (PSDB-MG), não precipita nada na estratégia do partido em relação à definição do seu nome para 2010. Neste domingo o Instituto Datafolha revelou novos números de pesquisa realizada após o programa de televisão do PT, que "atormentou" até alguns tucanos pela eficiência da comunicação dos lulopetistas, mas reforçou a liderança do nome do governador José Serra, com 37% (14% na frente de Dilma Rousseff). Esse resultado pareceu óbvio para todos, porém o destino de Aécio no processo eleitoral do ano que vem está gerando todo tipo de comentário, principalmente de quem torce pela divisão do PSDB e por uma suposta oposição de Minas Gerais a uma candidatura tucana que não seja de lá.
Na teoria da comunicação e na experiência da minha própria vida, sempre compreendi algumas mensagens em escala, como a de que uma imagem vale mais do que mil palavras. Que um governo considerado ético é aquele que não rouba e não deixa roubar. Ou que, em relação ao espírito de solidariedade, um erro não induz nem justifica a conivência com outro erro ou com o ato infringente de norma ética ou legal. Mas, nos últimos anos, a inversão de valores é tamanha que fico pensando se terei sucesso na pregação do que sempre aprendi e entendi como o melhor para viver em dignidade.
Estamos prestes a votar pela sexta vez para eleger um presidente da República do Brasil, desde o início da redemocratização do país em 1985. E há novos tormentos no cenário político para tentar desgastar personagens do jogo, que aumentam os índices de descrédito das pessoas na própria importância da democracia, o melhor regime de governo, indiscutivelmente. A última sexta-feira foi prodigiosa para os jornais e revistas semanais, com um artigo de César Benjamin, na Folha de São Paulo, a denúncia sobre o genro de Lula, na Veja, e o novo mensalão de Brasília, em todas as mídias. Para onde vamos assim ?